Gustavo Barroso

Gustavo Adolfo Luiz Guilherme Dodt da Cunha Barroso nasceu em Fortaleza, no dia 29 de dezembro de 1888 e faleceu no Rio de Janeiro, no dia 03 de dezembro de 1959. Foi advogado, professor, museólogo, político, contista, folclorista, cronista, ensaísta e romancista. Foi um dos líderes nacionais da Ação Integralista Brasileira e um dos seus mais destacados ideólogos. É considerado por muitos o mais antissemita intelectual brasileiro, cujas ideias se aproximavam das dos teóricos nazistas. Foi eleito para a Academia Brasileira de Letras em 8 de março de 1923, para a cadeira 19, na sucessão de Dom Silvério Gomes Pimenta, Continue lendo Gustavo Barroso

Jean-Baptiste Debret

Jean-Baptiste Debret ou De Bret, nasceu em Paris, no dia 18 de abril de 1768 e faleceu também em Paris, no dia 28 de junho de 1848. Foi pintor, desenhista e professor. Integrou a Missão Artística Francesa (1817), que fundou, no Rio de Janeiro, uma academia de Artes e Ofícios, mais tarde Academia Imperial de Belas Artes, onde lecionou. De volta à França (1831) publicou Viagem Pitoresca e Histórica ao Brasil (1834-1839), documentando aspectos da natureza, do homem e da sociedade brasileira no início do século XIX. Uma de suas obras serviu como base para definir as cores e formas Continue lendo Jean-Baptiste Debret

Coronha e Mucunã

Cipó de imbiri, olho de boi, micunã, pó de mico e mucunã assú. Estes são os nomes dados a uma mesma planta rica em benefícios à saúde humana, a coronha. Cientificamente chamada de Dioclea violacea, a erva pertence à família das Papilionaceae e além de ser considerada ornamental, possui ainda propriedades medicinais importantes para o organismo. Essa planta, uma arvoreta de pequeno porte, adora nascer na beira de rios e córregos, aonde as suas sementes chegam, navegando. Essas sementes são muito resistentes à água e duram bastante, mesmo na água salgada do mar. A coronha tem flores lilases, ou violáceas Continue lendo Coronha e Mucunã

Pedro Pereira

Pedro Pereira da Silva Guimarães nasceu em Aracati, no dia 26 de junho de 1814 e faleceu em Fortaleza, no dia 13 de abril de 1876. Era filho de João Pereira da Silva Guimarães e de Ana Rodrigues Pereira. Formado em Ciências Jurídicas pela Academia de Direito de Olinda/PE, em 1837. Promotor Público de Fortaleza (nomeado por decreto de 11 de abril de 1839); Deputado Geral (nas legislaturas de 1850-1852 e 1853-1854); Professor catedrático de Geometria (do Liceu do Ceará, nomeado por ato de 09.12.1852); Jornalista; Juiz Municipal; Membro efetivo do Conselho Diretor de Instrução Pública da Província (26.02.1855). Notabilizou-se Continue lendo Pedro Pereira

A indústria têxtil no Ceará

Importante indústria para o desenvolvimento econômico do Ceará, o setor têxtil começou a se desenvolver no Estado impulsionado pela cultura do algodão, ainda no período colonial. A fibra natural brotava em abundância em solo cearense. Foi o primeiro produto de exportação do Estado, considerado o “ouro branco” da lavoura. O salto do algodão na região ocorreu no período da Guerra de Secessão (1861-1865), nos Estados Unidos, quando aumentou a procura pelo produto. A Revolução Industrial (1760-1900) favoreceu ainda mais o consumo do algodão com o crescimento das indústrias têxteis no País e no Estado. Mas essa história nem sempre esteve Continue lendo A indústria têxtil no Ceará

Guilherme Rocha

Guilherme Cesar da Rocha nasceu em Fortaleza a 16 de Agosto de 1846 e faleceu em julho de 1928. Era filho de Manoel Antonio da Rocha Júnior, negociante e Cônsul da Bélgica, falecido em 20 de Agosto de 1871, e de Joaquina Mendes da Rocha, nascida em Canindé no dia 04 de Março de 1819 e falecida em Fortaleza a 10 de Março de 1882, irmã dos Coronéis Joaquim e José Mendes da Cruz Guimarães. Depois de ter feito os estudos preparatórios no Colégio dos Padres Paiva, no Rio Comprido, Rio de Janeiro, para onde foi em 1856, matriculou-se na Continue lendo Guilherme Rocha

Jerônimo Martiniano Figueira de Melo

Jerônimo Martiniano Figueira de Melo (grafia original: Jeronymo Martiniano Figueira de Mello) nasceu em Sobral, no dia 19 de abril de 1809 e faleceu no Rio de Janeiro, 20 de agosto de 1878. Foi o primogênito dos oito filhos do capitão pernambucano Jerônimo José Figueira de Melo e de Maria do Livramento Monte. Irmão de João Capistrano Bandeira de Melo e tio do ex-senador Viriato de Medeiros e do Visconde de Saboia, dentre outros. Figura entre os primeiros bacharéis formados pela Faculdade de Direito de Olinda, em 1832, sendo seus condiscípulos Nabuco, Ferreira de Aguiar e Eusébio de Queirós. Iniciou Continue lendo Jerônimo Martiniano Figueira de Melo

Engenhos de cana-de-açúcar

Uma usina (do francês usine), engenho de açúcar ou simplesmente engenho (do latim ingeniu) é, stricto sensu, a moenda de cana-de-açúcar. Lato sensu, designa todo o estabelecimento agroindustrial especializado na transformação da cana-sacarina em açúcar, melaço, aguardente de cana e etanol. Os modelos de engenho central e usina passaram a ser utilizados no final do século XIX quando houve necessidade de desativar os antigos engenhos das fazendas e produzir açúcar em uma planta industrial moderna com economia de escala e controle de qualidade rigoroso. O primeiro engenho de açúcar registrado em território português pertenceu a Diogo Vaz de Teive, escudeiro Continue lendo Engenhos de cana-de-açúcar

Paçoca de carne de sol

O termo “paçoca” procede do termo tupi pa’soka, termo este formado pela junção de paba, terminar, com soka, socar, numa alusão ao modo como era originalmente feita: enfiando a paçoca (farinha com carne) com carne em um moinho. No Nordeste é um prato tradicional, em alguns casos, ainda feito da forma primitiva, socando a carne de sol e a farinha de mandioca no pilão. Está presente no dia a dia do mesa do cearense e é encontrada em todos os restaurantes regionais, respeitando a receita original, feita com a carne de sol frita, temperada com cebola, alho e sal. Pode Continue lendo Paçoca de carne de sol

Casimiro Ribeiro Brasil Montenegro

Casimiro Ribeiro Brasil Montenegro nasceu em Parangaba, no dia 03 de janeiro de 1864 e faleceu em Fortaleza, no dia 30 de março de 1947. Foi o último intendente e o primeiro prefeito da cidade de Fortaleza, tendo exercido seu mandato de 1914 a 1918. Foi também coronel da Guarda Nacional. Estudou no Liceu do Ceará e foi um importante maçom cearense, tendo sido iniciado em 1899 na Loja Fraternidade Cearense. Em 1905 foi um dos fundadores e primeiro Venerável da Loja Porangaba nº2, uma das lojas fundadoras da Grande Loja Maçônica do Ceará. Foi casado com Maria Emília Pio Continue lendo Casimiro Ribeiro Brasil Montenegro

Banabuiú

Banabuiú está localizado no sertão central do Ceará e fica a 225 km de Fortaleza. O topônimo banabuiú vem do tupi guarani: bana (borboleta) e buy ou puyú (brejo), que significa brejo das borboletas. De acordo com Tomás Pompeu de Sousa Brasil, banabuiú significa “rio que tem muitas voltas”: bana (que torce, volteia) bui (muito, em excesso), e u (água, rio). Sua denominação original era Poço Preto, depois Laranjeira e desde 1943, Banabuiú. Boa parte do desenvolvimento da cidade, que fica distante 228 Km de Fortaleza, deve-se à construção do Açude Arrojado Lisboa, pelo Departamento Nacional de Obras Contra às Continue lendo Banabuiú

Ildefonso Albano

Ildefonso Albano nasceu em Fortaleza, no dia 12 de fevereiro de 1885 e faleceu no Rio de Janeiro, em 22 de dezembro de 1957. Era filho de José Albano Filho e de Maria de Abreu Albano. Era neto de José Francisco da Silva Albano, o Barão de Aratanha. Estudou no Seminário de Fortaleza, tendo completado sua formação escolar na Inglaterra e na Áustria. Ao voltar da Europa, onde se dedicara ao estudo do algodão e da tecelagem, assumiu o cargo de gerente da firma Albano & Irmão. Cursou até o terceiro ano da Faculdade de Direito do Ceará, mas não Continue lendo Ildefonso Albano

Cariré

Cariré é uma cidade cearense e está localizada a 500 km de Fortaleza. O topônimo Cariré, segundo Pompeu Sobrinho, vem do Tupi Guarani e pode ter dois significados: – CARI (peixe) e RÉ (diferente) que significa: pseudo cari ou cari diferente; – CA ou CAI (queimada) e RIRÉ (depois), que significa: depois da mata ou terra depois da zona da mata. Sua denominação original não sofreu nenhuma variação desde a sua criação. As terras as margens do rio Acaraú eram habitadas por diversas etnias indígenas, como os Tupinambás e os Areriús. Com a expansão da Estrada de Ferro de Sobral-Camocim Continue lendo Cariré

Mestra Margarida Guerreiro

Nome: Maria Margarida da Conceição (Mestra Margarida Guerreiro) Data de nascimento: 21/06/1935 em Alagoas Atividade: Reisado Cidade: Juazeiro do Norte (CE) Ano da nomeação: 2004 Da sua infância em Alagoas, trouxe influência para fundar em Juazeiro o grupo “As Guerreiras de Joana d’Arc”, reisado formado exclusivamente por mulheres, e três treme-terra. Os blocos de moças com espadas resistem, cantando e dançando a arte do povo nordestino. Maria Margarida da Conceição é natural de Alagoas, Maceió. Conhecida como Margarida Guerreiro, ela chegou ao Cariri aos oito anos. Havia vivenciado as artes populares na terra natal e, residindo em Juazeiro do Norte, Continue lendo Mestra Margarida Guerreiro

As Benzedeiras ou Rezadeiras

O ritual se reveste de mistérios. Símbolos sagrados, rezas, rosários, sal, água benta, cordão e nomes de santos envolvem o solo sagrado da casa das rezadeiras. Nos remete às divindades protetoras de origem africana, indígena e europeia. Imagens de santos espalhadas pelas paredes mostram o sincretismo religioso. Mãos ágeis sustentam ramos verdes e pequenos. Traçam no ar cruzes sobre a cabeça do doente. Tecem um fio invisível, poderoso, unindo as dores dos homens, mazelas sem fim à magia do benzimento. Ramos murcham, absorvem o espírito da doença. As orações invocam a santíssima trindade, não permitem cruzar pés e mãos para Continue lendo As Benzedeiras ou Rezadeiras