A origem das garrafinhas de areia colorida

https://youtu.be/AU3i1vAfJyw

Chama-se ciclogravura a produção artesanal de desenhos com areia colorida em garrafas. A história tradicional aponta Joana Carneiro como a iniciadora do engarrafamento de areias coloridas para fazer desenhos.

Há outros registros que apontam a existência da atividade em países árabes, como a Jordânia, mas não é possível dizer se lá começaram, uma vez que as areias naturalmente coloridas são mais encontradas no litoral de Aracati e Beberibe. Antes, as figuras eram simples, apenas variações geométricas de cores sobrepostas.

Depois a atividade foi aperfeiçoada pelos próprios filhos de dona Joana. Antônio Carneiro, o “Toinho da areia colorida”, é o filho mais conhecido a seguir a arte desbravada pela mãe. Mesmo idoso, ainda desenha e também cria belas esculturas nas areias das falésias, o que chama a atenção de quem passa pelo lugar. Paisagens do litoral são a ilustração mais comum nas garrafas (também são usadas taças, tulipas e copos de vidro). Para uma paisagem em garrafa de 15 centímetros, leva-se até duas horas de produção. No caso de reprodução de fotografia, a obra leva até cinco dias para ficar pronta. Os artesãos com mais técnica desenham com traços finos e direito, até com sombreamentos.

Desde sua criação, essa obra é bastante difundida aqui no Nordeste, principalmente no Rio Grande do Norte e Ceará, berço de seu criador, onde diversos artesãos ganham seu sustento com a produção e venda dessas peças. Seus principais pontos de vendas são os quiosques próximos às praias, em mercados de artesanatos, centros turísticos etc., além de serem exportadas para o centro-sul do País e até mesmo para o exterior.

Fonte: Jornal Diário do Nordeste (Regional – 25.08.2012)
Vídeos: Arquivo pessoal
Jaqueline Aragão Cordeiro

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