Academia de Letras dos Municípios do Estado do Ceará – ALMECE

A Academia de Letras dos Municípios do Estado do Ceará – ALMECE – foi fundada em 09 de setembro de 1983, pela escritora Cândida Maria Santiago Galeno, ou como era conhecida pelos literatos e amigos cearenses, Nenzinha Galeno, que tinha espírito patriótico e larga visão culturaL. Resolveu somar às associações já existentes na Casa de Juvenal Galeno, uma outra, que tinha sede em São Paulo, veiculo divulgador das letras municipais do todo o Brasil. Sendo aqui instalada, como um segmento da de São Paulo, passou-se a denominar “Academia de Letras Municipais do Brasil – seção do Ceará”, tendo como primeira presidente a própria Nenzinha Galeno, de 1983 a 1989, ano em que veio a falecer. Para compor o quadro social da academia, os candidatos deveriam elaborar uma monografia sobre o município que iriam representar. O trabalho monográfico era apresentado em reunião de diretoria ou em sessão solene, a critério do autor ou da própria diretoria e, se aprovado, era encaminhado à sede em São Paulo, onde passaria por uma nova avaliação, e se aprovado, em caráter definitivo, a diretoria central outorgava um diploma de acadêmico e um medalhão ao novo sócio, assegurando-lhe os direitos adquiridos e constantes do Estatuto Social.
Com a ausência involuntária da escritora Alayde de Sousa Lima, assumiu a presidência, o vice, acadêmico João Batista de Lima que, praticamente, deixou os trabalhos da ALMB – CE a cargo dos diretores Meton Maia e Silva, Agostinho Cardoso Neto e Francisco Paiva Lima, que durante bom tempo, foram os responsáveis pelo funcionamento daquela Entidade. No ano de 1994, foi criada uma comissão constituída pelos acadêmicos: Agostinho Cardoso Neto, Francisco Paiva Lima e Francisco Lima Freitas, que submeteram à apreciação da Assembléia Geral Extraordinária, a criação da Academia de Letras Municipais do Estado do Ceará – ALMECE, com acadêmicos em número limitado ao quantitativo de municípios no seu quadro social, com sede e foro nesta Capital de Fortaleza.

A nova entidade literária foi criada com o objetivo de congregar todos os profissionais liberais, jornalistas, poetas, escritores e afins, que desejassem escrever a monografia de seu município ou outro de sua escolha; de defender os direitos individuais e coletivos dos seus acadêmicos, quando prejudicados no desempenho de suas funções; incentivar a cultura literária, artística e desportiva de seus municípios e sucursais; promover a cooperação junto á Secretaria de Cultura do Estado e Municípios, no trabalho educativo e sociocultural, buscando o aprimoramento educacional das comunidades municipais; promover o intercâmbio entre os Órgãos Governamentais, de caráter cultural, social, econômico, cívico e desportivo com entidades congêneres, assim como a criação de sucursais em outros estados; pugnar pelo respeito às leis do País, pela democracia, pela independência e liberdade fundamental dos direitos do homem, que evidenciam na indistinção de raça, sexo, cor, convicção política ou religiosa.

Primeira diretoria da ALMECE:
Presidente –  Francisco Lima Freitas, representando (Capistrano);
Vice-presidente – Francisco Paiva Lima (Reriutaba);
Secretário Geral – Agostinho Cardoso Neto (Guaramiranga);
2º Secretário – Jesus José Rocha Campos (Santana do Cariri);
Tesoureira – Maria da Conceição Ferreira (Iço);
2º Tesoureiro – Meton Maia e silva (Pereiro);
Diretoria Social – Raimunda Neide Freire (Ubajara);
Diretopr de assuntos Jurídicos – João Batista de Lima (Amontada);
Conselho Fiscal – Membros Efetivos: Francisco Barros; Ione Arruda; Aldenor Maia;
Suplentes –  Francisco Barreto de Sousa, José Moacir Gadelha e Antônio Valdenir de Almeida

Na sua primeira gestão, o acadêmico Francisco Lima Freitas reestruturou a academia, conseguindo somar os esforços dos acadêmicos já existentes, com o ingresso de novos, o que contribuiu, em muito, para  erguer a entidade. Com o apoio de todos, criou o informativo da ALMECE, o jornal ACADEMUS. No decorrer dos tempos e das gestões, foi constituída na ALMECE a Comissão de Ética. Um dos seus objetivos é, justamente avaliar o perfil do candidato a uma vaga, emitindo um parecer no final, para que inicie ou não a monografia necessária. A seleção é imprescindível para que se fortaleça o bom nível da Instituição, tanto no pessoal como no cultural.

Fonte: ALMECE

Comemoração dos 27 anos da ALMECE

6 Replies to “Academia de Letras dos Municípios do Estado do Ceará – ALMECE”

  1. Solenidade da Medalha Dom Helder Câmara

    Câmara Municipal de Fortaleza

    O Presidente da Câmara Municipal de Fortaleza
    Vereador Acrísio Sena,

    convida para Sessão Solene de entrega da
    Medalha de Defesa dos
    Direitos Humanos Dom Helder Câmara ao
    Padre Francisco Geovane Saraiva Costa,
    Pároco da Paróquia Santo Afonso.
    Requerimento de autoria da Vereadora Eliana Gomes.

    A realizar-se às 19h,
    do dia 21 de novembro de 2011,
    na Igreja Redonda

    Traje: Passeio Completo
    Endereço: Av. Jovita Feitosa, 2733 – Parquelândia
    Medalha Dom Helder para Pe Geovane
    A Câmara Municipal de Fortaleza, pela iniciativa da Vereadora Eliana Gomes, do PC do B, concede neste ano de 2011 a Medalha Dom Helder Câmara de Direitos Humanos ao Padre Geovane Saraiva, levando em conta tudo que ele fez por ocasião do centenário do artesão da paz, do homem dos grandes sonhos e utopias: Dom Helder Pessoa Câmara. Padre Geovane Saraiva também publicou os livros “O Peregrino da Paz” e “Nascido para as Coisas Maiores”, contribuindo enormemente para que Dom Helder fosse dos mais conhecidos entre nós cearenses, no Brasil e no mundo inteiro. Ainda foi convidado pelo Senado federal a participar da homenagem feita por aquela casa, iniciativa dos Senadores Inácio Arruda e então Senador Tasso Jereissati, ao outro “Cavaleiro Andante”.
    Padre Geovane constantemente vem escrevendo nos jornais, revistas e diversos sites, sobre o maior brasileiro de todos os tempos, segundo nossa visão, e ainda teve a idéia de criar um nome para o então pátio da Igreja de Santo Afonso.
    O referido Pátio da Igreja de Santo Afonso, pela Avenida Jovita Feitosa, em Fortaleza, CE, inaugurado em julho deste ano, chama-se agora “Largo Dom Helder”. A feliz iniciativa foi do próprio padre Geovane Saraiva, com o apoio da Secretária Executiva da Regional III, Olinda Marques, ao reformar a Praça da Igreja Redonda, como é conhecida. É evidentemente, uma maneira de tornar Dom Helder mais conhecido e lembrado entre nós, grande figura humana, cidadão do planeta e artesão da paz, com a mente repleta de imaginação e utopias, que nos faz lembrar o Apóstolo Paulo, nos seus grandes sonhos e nas suas grandes viagens. Ele nos ensina a amar a vida e ter mais convicção diante dos desafios e exigências do mundo hodierno, ao dizer: “É graça divina começar bem, graça maior é persistir da caminhada, mas a graça das graças é não desistir nunca”.

    Pe Geovane Saraiva, Pároco de Santo Afonso
    pegeovane@paroquiasantoafonso.org.br
    http://twitter.com/pegeovane
    (85)3223-8785
    http://www.paroquiasantoafonso.org.br

    Autor dos livros: “O peregrino da Paz” e “Nascido Para as Coisas Maiores” (centenário de Dom Helder Câmara).
    “A Ternura de um Pastor”, 2ª edição (homenagem ao Cardeal Lorscheider)
    “A Esperança Tem Nome” (espiritualidade e compromisso

  2. Prólogo

    Desembargador Fernando Luiz Ximenes Rocha*
    “O homem deixa de ser quem é pra transformar-se naquilo de que outros homens precisam”.

    Afonso Arinos de Melo Franco

    Leo Arlindo, Aloísio Cardeal Lorscheider, um frade menor, que se tornou grande, grande, sendo um sinal da providência de Deus, a edificar e engrandecer a história do Brasil e de modo todo especial, a história do nosso querido Ceará, como Arcebispo de Fortaleza, por 22 anos (1973-1995). Nossos louvores e aplausos ao nosso querido Padre Geovane Saraiva, na sua feliz iniciativa de publicar o presente livro, “A Ternura de um Pastor”, em que podemos olhar para este homem profundamente marcado pela graça de Deus, na sua sabedoria, doçura e profecia, como uma chama luminosa, como um menino que cresceu, cresceu e se transformou em anjo.
    Em 08 de outubro de 1924, no interregno entre as duas guerras mundiais, num pedaço da Germânia reproduzido no Rio Grande do Sul, mais precisamente na zona rural de Estrela e onde o português era idioma estrangeiro para os colonos de ascendência e fala alemã, nasceu Leo Arlindo, o segundo dos nove filhos de José Aloysio e Verônica Lorscheider, agricultores como seus antepassados. Profundamente católicos, os pais do menino permitiram que aos nove anos ele ingressasse no seminário franciscano de Taquari, pra cursar o ginasial e o colégio. O medo do inferno, lugar pra onde, segundo sua crença, não iriam as almas dos sacerdotes, fortaleceu a vocação religiosa do seminarista, que fez o noviciado em 1942 e iniciou o curso de Filosofia. Em 1944 foi transferido para o convento Santo Antônio, em Divinópolis (MG), onde concluiu Filosofia e cursou Teologia. Em homenagem ao pai e ao irmão mais velho, adotou o nome religioso de Frei Aloísio ao ordenar-se sacerdote em 22 de agosto de 1948, na mesma Divinópolis, e retornou a Taquari, em cujo seminário lecionou latim, alemão e matemática. Vislumbrando seu grande potencial, a ordem franciscana enviou o jovem frade a Roma no final de 1948, para especializar-se em Teologia Dogmática. Em junho de 1952 defendeu a tese doutoral, obtendo o grau máximo, summa cum laude. De volta ao Brasil, lecionou Teologia e outras disciplinas canônicas em seminários seráficos durante seis anos, até ser chamado de volta a Roma, para ensinar Teologia Dogmática no mesmo Pontifício Ateneu Antoniano onde se doutorara.
    Em 3 de fevereiro de 1962, o Papa João Paulo XXIII nomeou-o bispo da recém-criada Diocese de Santo Ângelo (RS). Sagrado em 20 de maio, adotou o sugestivo lema In Cruce Salus et Vita (Na Cruz, a Salvação e a Vida) e em 12 de junho, sem haver completado38 anos, tornou-se o primeiro bispo da Diocese que comandou durante 11 anos, até ser transferido a Fortaleza. Como padre conciliar, participou de todas as sessões do Concílio Vaticano II, de 1962 a 1965.
    A partir de 1968 integrou a cúpula da CNBB, como Sacerdote-Geral e como Presidente em dois mandatos consecutivos (1971-1975 e 1975-1978). Paralelamente em 1972 foi eleito primeiro Vice-Presidente do Conselho Episcopal Latino-Americano – CELAM. Reeleito em 1975, assumiu em 14976 a Presidência desse Conselho, que reúne os bispos católicos da América Latina e do Caribe, substituindo Dom Eduardo Perônio, bispo de Mar Del Plata, nomeado Cardeal e transferido para o Vaticano. Expoente da Teologia da Libertação de defensor dos fracos e oprimidos, Dom Lorscheider tornou-se, como representante máximo do episcopado latino-americano, paladino dos direitos humanos e uma das principais vozes de oposição às ditaduras militares que grassavam pelo continente.

  3. A marca indelével de Pe. Vieira

    Quatrocentos anos de nascimento de um homem extraordinário, patrimônio do querido povo brasileiro, que carregou consigo uma marca indelével da beleza como um mistério divino. Ao ser amado por Deus, encontrou o sentido da vida e o amor floresceu em si e tornou-se dom para os outros, pelo seu modo austero de viver, traduzido em obras, como ele mesmo afirmava: “Para falar ao vento bastam palavras, mas para falar ao coração, é preciso obras”.
    Agradecemos o dom precioso da vida de Padre Antônio Vieira, como um místico de grande originalidade, literato, pensador e orador, de grande raridade. Quatro séculos do seu nascimento nos ajuda a contemplarmos a grandeza da bondade e da misericórdia divina neste homem que soube buscar a mais alta razão, contribuindo para que a criatura humana se tornasse mais aberta e voltada para o belo e para o transcendente. “Oh, beleza sempre antiga e sempre nova, quão tardiamente te amei!” (Santo Agostinho).
    Olhamos para uma personalidade talentosa, maior riqueza intelectual do século XVII. Grandiosa foi sua alma e maior ainda seu coração, com conhecimentos e coragem como ninguém, não ficando indiferente, sempre que a circunstância lhe exigisse um posicionamento profético, sincero e concreto, em favor dos mais desafortunados da vida, especialmente, indígenas e negros.
    Como religioso, escritor e orador, deixou-nos uma obra imorredoura. É só olhar os inúmeros sermões, entre os quais os mais célebres são: O sermão do quinto domingo da quaresma, o sermão da sexagésima, o sermão do bom ladrão, o sermão de Santo Antônio aos peixes, entre outros.
    Verdadeiramente o amor de Deus o marcou profundamente e se fez dom para a humanidade, em especial, ao povo brasileiro. Uma lenda assegura-lhe sua extraordinária genialidade, que lhe foi concedida ainda na juventude, por Nossa Senhora, com a colaboração de um anjo, que lhe indicou o caminho de volta para casa, ao se encontrar perdido, ao retornar da escola.
    Padre Vieira nasceu no dia 06 de fevereiro de 1608 em Lisboa – Portugal, numa família simples e modesta. Muito novo veio para o Brasil, com apenas seis anos de idade. Fixando residência em Salvador – Bahia, onde cresceu fisicamente e nos estudos, fez o noviciado, até se formar, tornando-se membro da Companhia de Jesus e, por fim foi coroado, através da Sagrada Ordenação Sacerdotal em 1634.
    Após uma vida longa, extremamente marcada pela graça de Deus, aos 89 anos de idade, partiu para o seio do Pai, no dia 17 de junho de 1697, na boa terra, como se costuma se chamar a Bahia. Deus seja louvado por esse homem de esplêndidas virtudes, referência, em todos os campos da vida humana. Findo com este seu pensamento: “E se um não é duro para quem ouve, creio que não é menor a sua dureza para quem o diz”.

  4. Medalha Dom Helder Câmara, O ARTESÃO DA PAZ
    A Academia de Letras dos Municípios do Estado do Ceará (ALMECE), na pessoa do seu Presidente, Francisco Lima Freitas, no uso de suas atribuições, entregará a Medalha dom Helder Câmara, O ARTESÃO DA PAZ ao Pe. Geovane Saraiva, considerando sua disposição de ficar à frente da COMISSÃO que organizou o centenário de nascimento (1909-2009) de Dom Helder Pessoa Câmara.
    Pe Geovane realizou um profícuo trabalho, proporcionando às pessoas, especialmente os mais jovens, ávidos de conhecimento, sobre a figura de Dom Helder, sobretudo, através dos inúmeros artigos publicados em jornais, revistas e sites. Contamos ainda, na sua lavra literária, com os livros “O Peregrino da Paz” e “Nascido para as Coisas Maiores”. A intenção do autor é fazer com que as pessoas descubram a grandeza de alma desse homem marcado profundamente pela graça de Deus, ao afirmar: “Quem me dera ser leal, discreto e silencioso como a minha sombra”.
    A contribuição do querido Pe. Geovane foi imprescindível para que a força da figura humana, o homem dos grandes sonhos e utopias, que se transformou noutro “Cavaleiro Andante” fosse mais conhecida, não só entre nós cearenses, bem como no nosso querido Brasil e no mundo inteiro.
    Assim, nós da ALMECE, com essa iniciativa, ao mesmo tempo em que fazemos justiça, rendemos graças ao nosso bom Deus, através de Dom Helder, que dizia: “Eu queria ser uma humilde poça d’água para refletir o céu”, condecorando Pe. Geovane Saraiva.
    Local: Academia Cearense de Letras
    Rua do Rosário, No 1 – Centro.
    Dia 22 de dezembro de 2011, às 19h

  5. Medalha Dom Helder Câmara, o Artesão da Paz
    A Academia de Letras dos Municípios do Estado do Ceará (ALMECE), na pessoa do seu presidente, Francisco Lima Freitas com anuência dos seus pares, no uso de suas atribuições, instituiu a Medalha Dom Helder Câmara, O ARTESÃO DA PAZ, e o primeiro a receber será o padre Geovane Saraiva, considerando sua disposição de ficar a frente da COMISSÃO que organizou o Centenário de nascimento (1909-2009) de Dom Helder Câmara.
    A contribuicão do querido padre Geovane foi imprescindível para que a força da figura humana, o homem dos grandes sonhos e utopias, que se transformou noutro “Cavaleiro Andante” fosse mais conhecida, não só entre nós cearenses, bem como no nosso querido Brasil e no mundo inteiro.
    Assim, nós da ALMECE, com essa iniciativa, ao mesmo tempo em que fazemos justiça, rendemos graças ao nosso Bom Deus, através de Dom Helder Câmara, que dizia: “quem me dera ser leal, discreto e silencioso como a minha sombra”.

  6. SONETO – O LIVRO I e II – Prof. Horácio Dídimo

    I

    ‎Cada livro é um árvore
    Ondulada pelo vento
    É papel e personagem
    Pendurado no seu tempo

    Usa capa e contracapa
    Comentário nas orelhas
    Nariz na folha do rosto
    Sumário nas sobrancelhas

    Cada Livro é uma nuvem
    Carregada de palavras
    Chovendo pelos caminhos

    Cada livro é um oásis
    Onde as aves bibliófilas
    Vão preparar os seus ninhos
    II

    Livros são contos e cantos
    São palácios ancestrais
    São circos com saltimbancos
    São templos, são catedrais

    Colorido ou preto-e-branco
    Cada livro tem seu texto
    Seu miolo sua casca
    Seu mercado e seu contexto

    Livros são nomes ou mais
    Seres tridimensionais
    Cada um com sua norma

    Cada livro é uma forja
    Um retrato e um espaço
    Um abraço e uma forma

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