Antônio Alfredo da Justa

Antônio Alfredo da Justa, ou somente Antônio Justa, nasceu em Fortaleza, no dia 23 de outubro de 1881 e faleceu em Fortaleza, no dia 07 de Agosto de 1941, vítima de angina. Foi sepultado no Cemitério de São João Batista, também em Fortaleza. Era filho de Alfredo Henrique da Justa e de Laura Téofilo da Justa, irmã do farmacêutico Rodolfo Teófilo. Apesar de ter nascido no Ceará, uma parte da sua infância foi vivida na Paraíba, local onde iniciou seus estudos primários. Porém, a convite de Rodolfo Téofilo, retornou ao Ceará para estudar no Liceu, onde iniciou e concluiu seu curso secundário. Também por intermédio do tio, em 1889, iniciou a faculdade de Medicina na Bahia, porém concluiu o curso no Rio de Janeiro, em 1906.

Após a formatura, trabalhou como médico de um navio durante seis meses. Depois esse tempo, retornou ao Ceará. Inicialmente foi morar em Quixadá, onde abriu um consultório médico em uma farmácia, prática bastante comum no período. Clinicou em Quixadá até 1909, quando partiu para trabalhar em Santarém, no Pará. O novo retorno ao Ceará somente ocorreu em 1921/22, ano em que fixou residência em Fortaleza e abriu o seu consultório.

É justamente na década de 1920 que começou a se firmar entre a sociedade cearense através de suas práticas médicas, dos cargos exercidos e de sua atuação no Centro Médico Cearense (CMC). Em 1928, ganhou destaque devido a sua relação com a lepra, pois atuou de forma constante no combate à doença, tanto como diretor clínico da primeira instituição de isolamento de leprosos na colônia Antônio Diogo, como através de suas matérias na imprensa cearense.

Também atuou em outras áreas da saúde pública, como a varíola e a reforma Pelon (Primeiro processo de territorialização e planejamento a ocorrer no Ceará, na década de 1930), mas posteriormente, se desentendeu com o médico sanitarista Amílcar Barca Pelon, pois Antônio Justa afirmava que não era suficiente para o Ceará, apenas as medidas preventivas e de higiene, em sua opinião, também era necessário à atenção a assistência pública, com a criação de meios para atender mais enfaticamente os doentes.

Foi o primeiro diretor clínico do Leprosário de Canafístula (atual Centro de Convivência Antônio Diogo), em Redenção (CE), graças a todo o empenho dedicado aos doentes, foi chamado de “o pai dos Lázaros do Ceará”. Escreveu dezenas de artigos em defesa dos leprosos isolados na Colônia. Após seu falecimento, deixou todos os seus bens para a Colônia de São Bento, depois Colônia Antônio Justa (hoje Hospital de Dermatologia Sanitária Antônio Justa), em Maracanaú.

Fonte: Portal da história do Ceará / Antônio Justa e os discursos sobre a varíola e a reforma Pelon no Ceará (Fca. Gabriela Bandeira Pinheiro/UECE) / tvdiario.verdesmares.com.br
Jaqueline Aragão Cordeiro

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