A libertação dos escravos no Ceará

Foi em Fortaleza que começou o movimento de libertação dos cativos. Um grupo de entusiastas formado por João Cordeiro, José do Amaral, Isaac Amaral, Frederico Borges, D. Maria Tomásia e outros, deu o primeiro grito de alarme, em sessão secreta, na qual ficou deliberado que, na semana seguinte, desapareceriam os escravos de A ou B. Com efeito. Cada membro daquele humanitário grupo, procurava entender-se pessoalmente com os cativos e incutia-lhes a ideia de liberdade. “Tome este bilhete e vá apresentar-se ao meu amigo fulano de tal, você não é mais escravo. É tão livre como eu. Somos iguais em tudo”. Continue lendo A libertação dos escravos no Ceará

A inquisição no Ceará – Especiarias da memória

A extensa documentação proveniente dos cartórios da Inquisição (1536-1821), cerca de 8 milhões de peças, é um quebra-cabeça que pode revelar não só o que foi esse aparelho da Igreja Católica e da coroa portuguesa. É caminho para se chegar também a outras tramas do cotidiano da metrópole e suas colônias. Maria do Carmo Jasmins Dias Farinha, pesquisadora aposentada da Torre do Tombo, que durante 15 anos sistematizou os arquivos da Inquisição em Lisboa, sugere que os documentos revelam além dos enredos que estão nos processos dos amaldiçoados pelo Santo Ofício. A partir das fontes inquisitoriais há rotas de investigações Continue lendo A inquisição no Ceará – Especiarias da memória

Acontece no interior – Parte 1

 FORRICÓ – ICÓ O Forricó já virou tradição no município de Icó. Criado em 1993, o Forricó é até hoje considerado uma das maiores festas de forró do interior do Ceará. Bandas de renome nacional e estadual, como também, os artistas da terra se apresentam durante quatro dias. Geralmente ocorre na segunda semana do mês de julho. A Prefeitura Municipal de Icó promete, realizar uma bonita festa para os seus munícipes e turistas que todo ano abrilhantam cada vez mais o Forricó. FESTA DAS FLORES – ITAPIPOCA Como acontece há 53 anos, mais uma vez, os organizadores da Festa das Continue lendo Acontece no interior – Parte 1

Gaiatice – Xecápi de cearense

O Seu Antônio, aproveitando uma viagem que fez pra Fortaleza, foi fazer um ‘xecápi’. O médico pergunta: – Sr. Antônio, o senhor está em muito boa forma para 40 anos. – E eu disse ter 40 anos? – E quantos anos o senhor tem? – Fiz 57 em maio que passou. – Puxa! E quantos anos tinha seu pai quando morreu? – E eu disse que meu pai morreu? – Oh, desculpe! Quantos anos tem seu pai? – O véio tem 81. – 81? Que bom! E quantos anos tinha seu avô quando morreu? – E eu disse que ele Continue lendo Gaiatice – Xecápi de cearense

A inquisição no Ceará – Casamento no sertão

Paschoal Martins foi um mentiroso de marca maior. Talvez até chamado de safado, sem-vergonha, ou mais que isso, depois do que souberam dele. Português, da ilha dos Açores, pastor de gado. Jovem, foi mascate. Pois se meteu de casar três vezes no sertão do Brasil sem nunca enviuvar. Inadmissível para aqueles anos de Inquisição. Ainda era a primeira metade do século XVIII. Pior: para cada outra mulher que arranjou depois da primeira, Paschoal inventou para si um nome diferente. Uma delas, a terceira, viveu aqui no território da então Capitania do Ceará Grande, Bispado de Pernambuco. Eis que descobriram tudo, Continue lendo A inquisição no Ceará – Casamento no sertão

Fortaleza e a Belle Époque

De 1860 até 1930 Fortaleza viveu movimentos sociais e culturais marcantes como o movimento abolicionista, nas décadas de 1870 e 1880 que culminou na libertação dos escravos no Ceará, em 25 de março de 1884, quatro anos antes de a abolição ser oficialmente decretada em todo o país, em 13 de maio de 1888. Francisco José do Nascimento, também conhecido como Chico da Matilde e mais ainda como Dragão do Mar, liderou a participação dos jangadeiros no movimento abolicionista negando-se a fazer o embarque de escravos no porto de Fortaleza. O movimento literário Padaria Espiritual surgido em 1892 foi pioneiro Continue lendo Fortaleza e a Belle Époque

O crescimento da cidade de Fortaleza

Com o definhar da indústria da carne seca (ocasionado pela forte seca de 1777/78) e a autonomia administrativa do Ceará e com as conseqüências da Revolução Americana de 1776 o que se viu no começo do século XIX foi o surgimento da cultura do algodão. Em 1810 chega em Fortaleza o viajante Henry Koster. Com o aumento das navegações direto com a Europa é criada em 1812 a Alfândega de Fortaleza. Neste mesmo ano tem início a reforma projetada pelo tenente-coronel de engenharia, Antônio José da Silva Paulet, da fortaleza e também é construído o primeiro mercado da cidade e Continue lendo O crescimento da cidade de Fortaleza

Adolescentes entram em transe em escola em Itatita

Adolescentes entraram em uma espécie de transe e afirmam ter visto assombrações. Veja o que as vítimas dizem sobre o caso.  

A inquisição no Ceará – Os pecados de todos os tempos

Para o historiador Antonio Otaviano Vieira Jr, as pesquisas sobre a Inquisição alargam o horizonte para além da visão dualista do “bem contra o mal“. Nesta entrevista, ele retoma a intolerância e as condenações à luz do século XXI. A Inquisição portuguesa dos séculos XVI a XIX está mais próxima do que se imagina. Não em sua forma de tribunais ou fogueiras. É o seu espírito de intolerância que ainda ronda. “A base da Inquisição era o medo do diferente: algo que encontramos ainda hoje nos movimentos separatistas, nos ataques homofóbicos, nas brigas entre torcidas de futebol, nas piadas racistas, Continue lendo A inquisição no Ceará – Os pecados de todos os tempos

Gaiatice – Dançarino de boate gay

  A professora pergunta na sala de aula: – Pedrinho qual a profissão de seu pai? – Advogado, professora. – E a do seu pai, Marianinha? – Engenheiro. – E o seu, Aninha? – Ele é médico – E o seu pai, Joãozinho, o que faz? – Ele… Ele é dançarino numa boate gay! – Como assim? (pergunta a professora, surpresa) – Fessora, ele dança na boate vestido de mulher, com uma tanguinha  minúscula de lantejoulas ; os homens passam a mão nele e poem dinheiro no  elástico da tanguinha e depois saem para fazer programa com ele. A professora Continue lendo Gaiatice – Dançarino de boate gay

Beata Maria de Araújo

Padre Cícero não saia de sua igreja, ali, passava horas a fio, chegando a alimentar-se apenas uma vez ao dia e fora de hora. Com este modo de viver só na igreja, começaram as confissões e comunhões. O povo começou a dar o nome de “beata” às frequentadoras das comunhões diárias. Elas por sua vez, arranjaram um traje especial: todas vestidas de preto com as cabeças também cobertas por um xale preto. Mal apareciam-lhe os olhos. Entre elas distinguia-se uma cabocla chamada Maria de Araújo, filha de Antônio da Silva Araújo e Ana Josefa do Sacramento, nascida Maria Madalena do Continue lendo Beata Maria de Araújo

As barracas da Praia do Futuro

Fortaleza oferece aos turistas uma das maiores estruturas de barracas de praia do Brasil, qualidade conforto e segurança são marcas registradas das barracas da Praia do Futuro. Cercadas por coqueiros, com playground e duchas de água doce, além de comidas típicas, a cerveja gelada e o famoso caranguejo, temos ainda shows de humor que tornam as férias inesquecíveis. Excelente ambiente para toda a família passar um agradável dia de sol no litoral cearense. VEJA A SEGUIR LISTA COM ALGUMAS BARRACAS DA PRAIA DO FUTURO * Master Beach * Côco Beach * Croco Beach * Chico do caranguejo * Terra do Continue lendo As barracas da Praia do Futuro

A inquisição no Ceará – A inquisição, o mar e a seca

Acompanhe matéria publicada no Jornal O Povo em 23 de maio de 2010. A presença judaica na Ibéria é antiquíssima. No livro de Salomão, há referências à presença deles na região de Tarshish, para onde iam em barcos fenícios do rei Hiram em busca de matéria-prima para construção do primeiro templo. A convivência na terra peninsular, no entanto, quase sempre foi marcada por perseguições e tragédias. Nas épocas godas, muçulmanas e da reconquista, curtas fases de paz e liberdade religiosas entremearam períodos extensos de escuridão. Apenas nos períodos godo, que antecedeu a conversão destes ao catolicismo, e no muçulmano omíada Continue lendo A inquisição no Ceará – A inquisição, o mar e a seca

O Governo de Nogueira Acioly

Antônio Pinto Nogueira Acioly (Icó, 11 de outubro de 1840 — Rio de Janeiro, 14 de abril de 1921) foi um político brasileiro, presidente e um dos mais influentes políticos do Ceará durante a República Velha. Foi também maçom pertencente a loja Fraternidade Cearense. Formou-se em direito pelo curso jurídico do Recife, em 1864, quando acrescentou o Acioly da avó materna a seu nome. Nogueira Acioly – preferia escrever o nome com y – deveu ao sogro, o senador Pompeu, sua ascensão política. Sucede, ao fim do império, ao sogro na cadeira senatória, mas não chega a tomar posse devido Continue lendo O Governo de Nogueira Acioly

A inquisição no Ceará – Aracathy: Heresias de um judeu

Também houve denúncia formal à Inquisição contra judeus nas plagas sertanejas do Ceará Grande. Na ribeira do Jaguaribe, o médico José Balthazar Auger, italiano de Turim, morador da então villa do Aracathy e devoto frequentador da matriz de Nossa Senhora de Russas (ainda pertencente àquela vila), denunciou um tal Gaspar Roiz Reis Calçado. Delatou que o homem, também residente ali, fazia “coisas escandalosas contra a Santa Fé Cathólica indicativas de judaísmo“. Gaspar já seria conhecido na freguesia de lá por ironizar, debochar, ser indiferente ou até xingar e execrar alguns ritos e cultos católicos. “Tido, havido e reputado como judeu Continue lendo A inquisição no Ceará – Aracathy: Heresias de um judeu