Expedito Parente, o “pai” do biodiesel

Expedito José de Sá Parente nasceu em Fortaleza, no dia 20 de outubro de 1940. Era filho de José Nicolau Cavalcante Gomes Parente e Maria Isaura Silveira Sá e teve onze irmãos.

Expedito Parente graduou-se na Escola Nacional de Química da então Universidade do Brasil (atualmente Universidade Federal do Rio de Janeiro), no ano de 1965, obtendo o mestrado em Ciências da Engenharia Química no ano seguinte, também na UFRJ. Concluiu ainda cursos de especialização em tecnologia de óleos vegetais e em engenharia de óleos vegetais, no Instituto de Óleos do Ministério da Agricultura, e em Tecnologia de Couros, na École Française de Tannerie, em Lyon, na França.

A partir de 1967, Expedito Parente tornou-se professor assistente da Universidade Federal do Ceará, em Fortaleza, passando ao cargo de professor adjunto em 1975. Foi na UFC, no final da década de 1970, que Parente desenvolveu o método de produção de biodiesel a partir do óleo de algodão, que viria a submeter ao INPI em 1980, tendo sido garantida em 1983 a patente PI – 8007957 (“Processo de Produção de Combustíveis a partir de Frutos ou Sementes Oleaginosas”), a primeira patente no mundo para um processo de produção em escala industrial de biodiesel. Todavia, devido ao desinteresse do governo brasileiro na época (em parte devido ao esforço dedicado ao Pró-álcool), o processo desenvolvido por Expedito Parente nunca foi efetivamente utilizado, e tendo decorrido o prazo de validade da patente, ela entrou em domínio público.

Internado por complicações de uma diverticulite sofreu uma hemorragia seguida de infarto e faleceu em Fortaleza, aos 70 anos, no dia 13 de setembro de 2011, deixando mulher e quatro filhos. Expedito Parente foi um engenheiro químico brasileiro, inventor do biodiesel, que muito orgulho trouxe aos conterrâneos cearenses. “Foi um dos brasileiros mais brilhantes do nosso tempo e deu uma contribuição inestimável ao país”, disse o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao saber de sua morte.

O “pai do biodiesel” já recebeu reconhecimento das Organização das Nações Unidas (ONU), do governo norte-americano, de empresas como a Boeing e de agências como a Nasa.

Fonte: Wikipédia / Folha de São Paulo / Biodisel br.com
Jaqueline Aragão Cordeiro

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