Raimundo de Farias Brito

Raimundo de Farias Brito nasceu em São Benedito no dia 24 de julho de 1862 e faleceu no Rio de Janeiro em 16 de janeiro de 1917. Era filho de Marcolino José de Brito e Eugênia Alves de Farias, fez seus primeiros estudos na cidade de Sobral, todavia, devido à seca, teve de mudar-se com a família para Fortaleza, onde completou o curso secundário no Liceu do Ceará. Formou-se em direito na Faculdade de Direito do Recife, onde foi aluno de Tobias Barreto, obtendo o título de Bacharel em 1884.

Atuou como promotor e, por duas vezes, como secretário no governo do estado do Ceará. Mais tarde transferiu-se para o estado do Pará, onde lecionou na Faculdade de Direito de Belém (1902-1909) e trabalhou como advogado e promotor. Tido como autor de prestígio, mudou-se para o Rio de Janeiro em 1909 e venceu o concurso para a cátedra de lógica do Colégio Pedro II. Mas, na época, a lei previa que o Presidente da República escolheria o catedrático entre os dois primeiros classificados no concurso. Graças à intercessão de amigos, o segundo colocado, Euclides da Cunha, foi nomeado. Porém, este último foi morto num crime passional, tendo exercido o magistério durante poucos dias no Pedro II. Assim, com a morte de Euclides da Cunha, Farias Brito acabaria ocupando o cargo em questão, exercendo-o pelo resto da vida. É patrono da cadeira número 31 (trinta e um) da Academia Cearense de Letras.

Muito religioso, em suas primeiras obras criticou a filosofia da época, a seu ver dissolvente, propondo-se a combater o materialismo, a teoria da evolução e o relativismo, pregando um Deus como um princípio que explica a natureza e serve de base ao mecanismo da ordem moral na sociedade. Nas obras seguintes evoluiu para um espiritualismo mais pronunciado, abandonando o naturalismo inicial. Foi considerado um dos maiores nomes do pensamento filosófico do país e autor de uma das mais completas obras filosóficas produzidas originalmente no Brasil, em que identificou os planos do conhecimento e do ser, voltando dogmaticamente à metafísica tradicional, de caráter espiritualista. Era também maçom.

O pensamento filosófico de Farias Brito poderia ser resumido nas seguintes palavras: “Há pois a luz, há a natureza e há a consciência. A natureza é Deus representado, a luz é Deus em sua essência e a consciência é Deus percebido.”

Para homenageá-lo, a cidade de Quixará passou a se chamar Farias Brito, e em Fortaleza existe uma rede de ensino particular chamada Farias Brito, também em sua homenagem.

Fonte: Wikipédia
Jaqueline Aragão Cordeiro

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