Igreja do Pequeno Grande

A história da Igreja do Pequeno Grande, se inicia em 5 de agosto de 1856, quando a Lei 759 criava em Fortaleza a primeira casa de educação e recolhimento de meninos órfão, em 1866 extinguiu-se aquela casa pioneira e foi criado o Colégio das órfãs, sob a orientação das irmãs de São Vicente de Paulo e já com o nome de Imaculada Conceição.

A Igreja do pequeno Grande se insere em um esplendido conjunto arquitetônico, formado por o colégio da Imaculada Conceição, ocupando um quarteirão frente a Praça Figueiras de Melo onde se encontra a escola Normal, Escola Justiniano de Serpa e a Escola Jesus, Maria e José que se encontra na lateral oeste. A Igreja tomou o nome de uma imagem milagrosa de Jesus Cristo da Boêmia.

A pedra fundamental foi lançada em 1896, pelo Pe. Chevalier, como capelão do Colégio. As obras sofreram paralisação um ano depois, sendo reiniciadas em 1898, até sua conclusão em 1903 e inauguração no dia 21 de novembro. Com doações das próprias irmãs e de diversas instituições, se arranjaram recursos para as obras.

A estrutura metálica foi trazida da Bélgica, e a montagem esteve a cargo do mestre de obras Deodado Leite da Silva. É provavelmente a primeira obra de arquitetura do ferro do Ceará. O autor do projeto seria Isaac Correia de Amaral , cearense de Guaramiranga educado na Alemanha e amador de arquitetura, Amaral foi responsável por outros projetos fortalezenses do período, tais como a Igreja dos Remédios, no Benfica, hoje com interiores alterados, e o de um teatro inconcluso e posteriormente demolido no meio da Praça Masques de Herval (Praça José de Alencar). Amaral em outros projetos e neste fez parceria com o engenheiro escocês Robert Gow Blasby radicado no Ceará. Desde o último decênio do século XIX provável encarregado de definir os elementos construtivos dos projetos.

A planta da igreja consta de nave única, com pórticos de perfiles metálicos em forma de H que formam sua estrutura de coberta, o telhado com inclinação acentuada, formando um angulo obtuso bastante fechado dando um teto pontiagudo, pouco comum em nossa arquitetura. No abside (nas basílicas cristãs é a cabeceira da igreja, onde fica o altar-mor) se apresentam os perfis como médios pórticos formando um polígono.

Outro elemento metálico são os cabos de aço cuja função é evitar o empuxo da estrutura no sentido horizontal. Nas paredes laterais, as rosáceas lobuladas servem como elementos estruturais e decorativos. As paredes de tijolos não tem função estrutural, já que a estrutura está concentrada nas colunas e pórticos de ferro.

Fonte: belgianclub.com.br
Jaqueline Aragão Cordeiro

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