Itapipoca

O Município de Itapipoca está localizado a 130km de Fortaleza. É conhecida como “cidade dos três climas”, por haver em seu território praias, serras e sertão. Seu desenvolvimento confere à cidade a 12ª colocação entre os municípios mais ricos do estado e a 7ª colocação entre os municípios mais populosos do estado.

O topônimo Itapipoca vem do tupi-guarani itá (pedra, rocha), pi (pele, couro, revestimento) e poca (arrebentar, estourar), significando: pedra arrebentada ou rocha estourada. Sua denominação europeia original era Arraial de São José, depois Vila Velha, Imperatriz e, desde 1889, Itapipoca.
As terras entre a serra de Uruburetama e ao lado oeste do rio Mundaú, que fazem parte do município de Itapipoca, eram habitadas por diversas etnias indígenas Tupi e Tapuia, entre elas: Tremembé, Anacé, Apuiaré e outras.

No Século XVII, com definitiva ocupação das terras da Capitania do Siará Grande pelos portugueses, esta região começou a ser ocupada via a lei de Sesmarias. O povoado de Itapipoca teve sua colonização oficial em 13 de abril de 1744, com a concessão de uma sesmaria na Serra de Uruburetama ao sargento-mor Francisco Pinheiro do Lago, que, em seguida, a repassou para seu genro Jerônimo Guimarães de Freitas (fundador oficial de Itapipoca) e sua esposa Francisca Pinheira do Lago. Situada entre serras e o mar, foi chamada de São José de 1744 a 1823. Com sua emancipação política a 17 de outubro de 1823, passou a chamar-se Vila da Imperatriz.

Com a expansão da pecuária no ciclo do couro e da agricultura do algodão, esta ocupação intensifica-se e Itapipoca consolida-se como centro urbano no século XIX. Em 31 de Agosto de 1915, já com sede administrativa no Arraial de Itapipoca, elevou-se a categoria de Cidade.

Nos planos de ligação Fortaleza-Sobral através dos caminhos de ferro no século XX, surge a estrada de ferro de Itapipoca com três estações: Rajada, Itapipoca e Craúna/Anario Braga. Com a estrada de ferro, Itapipoca consolida-se como centro comercial.

O clima é tropical quente na região mais interiorana, e tropical Atlântico próximo ao litoral, com pluviometria média anual de 1.130 mm com chuvas concentradas de janeiro a maio.

Praticamente todo o território está localizado na bacia hidrográfica do rio Mundaú e seus afluentes, rio Cruxati e os riachos Taboca, Sororó, Quandú e o córrego dos Tanques. Os maiores açudes são: Poço Verde, com capacidade de 13.650.000 m³, e o Quandú, com capacidade de 4.000.000 m³. Na área litorânea existem ainda grandes lagoas como Humaitá e do Mato.

O açude Gameleira que barra as águas do rio Mundaú, nas divisas dos municípios vizinhos de Trairi e Tururu foi a solução para o risco iminente de um grande colapso no abastecimento. Este açude, concluído em 2013, tem capacidade de armazenar 52.642.000 m³, triplicando a capacidade de abastecimento de água para Itapipoca e municípios vizinhos.

O município é dividido em doze distritos: Itapipoca (sede), Arapari, Assunção, Baleia, Barrento, Bela Vista, Calugi, Cruxati, Deserto, Ipu Mazagão, Lagoa das Mercês e Marinheiros.

O relevo é bastante plano e de baixa altitude com menos de 200 m de altitude na maior parte do território, no entanto é bastante acidentado na porção sul em função da serra de Uruburetama.
A maior parte do território é coberto pela caatinga arbustiva aberta e densa, mais ao interior, e por tabuleiros costeiros e cerrado, mais próximos ao litoral. Apresenta também regiões de caatinga arbórea e mata úmida na região serrana e mangue próximo à foz do rio Mundaú. No Sítio Ameixas – Poço Velho, localiza-se a Unidade de Conservação Ambiental. Essa Reserva Particular do Patrimônio Natural, sítio com uma área de 464,3 hectares, foi criado pela portaria Nº 007/94 do IBAMA em 28 de janeiro de 1994.

Fonte: Wikipedia
Jaqueline Aragão Cordeiro

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