José Wilker

José Wilker Almeida nasceu em Juazeiro do Norte no dia 20 de agosto de 1944 e faleceu no Rio de Janeiro, em 05 de abril de 2014. Era filho de Severino Almeida, um caixeiro viajante, e de Santa (Raimunda) Almeida, dona de casa, José Wilker nasceu em Juazeiro do Norte no dia 20 de agosto de 1944 e mudou-se com a família, ainda adolescente, para o Recife.

O primeiro trabalho de José Wilker foi com apenas 13 anos, como figurante no teleteatro da TV Rádio Clube, do Recife. A aparição inicial foi como cobrador de jornal na peça “Um bonde chamado desejo”, de Tennessee Williams. Sua carreira no teatro começou no Movimento de Cultura Popular (MCP) do Partido Comunista, onde dirigiu espetáculos pelo sertão e realizou documentários sobre cultura popular.

Em 1967, Wilker mudou-se para o Rio de Janeiro para estudar Sociologia na PUC, mas abandonou o curso para se dedicar exclusivamente ao teatro. Em 1970, após ganhar o prêmio Molière de Melhor Ator pela peça “O arquiteto e o imperador da Assíria”, foi convidado pelo escritor Dias Gomes o para o elenco de “Bandeira 2” (1971), sua primeira novela. Seu personagem foi Zelito, um dos filhos do bicheiro Tucão (Paulo Gracindo).

Interpretou o seu primeiro papel principal na TV em 1975: foi Mundinho Falcão em Gabriela, adaptação de Walter George Durst do romance de Jorge Amado, um marco na história da teledramaturgia brasileira.

José Wilker teve em seu currículo personagens memoráveis, como o jovem Rodrigo, protagonista da novela Anjo Mau (1976), de Cassiano Gabus Mendes. Em 1985, viveu Roque Santeiro, personagem central da trama homônima escrita por Dias Gomes e Aguinaldo Silva. Já consagrado, em 2004 interpreta o ex-bicheiro Giovanni Improtta, da novela Senhora do Destino, de Aguinaldo Silva, um personagem com diversos bordões como “felomenal” e “o tempo ruge, e a Sapucaí é grande”.

Atuando como diretor, dirigiu o humorístico Sai de Baixo (1996) e as novelas Louco Amor (1983), de Gilberto Braga, e Transas e Caretas (1984), de Lauro César Muniz. Durante uma rápida passagem pela extinta TV Manchete, acumulou direção e atuação em duas novelas: Carmem (1987), de Gloria Perez, e Corpo Santo (1987), de José Louzeiro.

Dona Flor e seus dois maridos

Apaixonado pelo cinema, o ator participou de filmes como Xica da Silva (1976) e Bye bye Brasil (1979), ambos de Cacá Diegues, além de ter se consagrado com o papel do boêmio Vadinho em Dona Flor e Seus Dois Maridos (1976). Ainda integrou o elenco de O Homem da Capa Preta (1985), interpretando Tenório Cavalcanti e fez o personagem Antônio Conselheiro em Guerra de Canudos (1997), de Sérgio Rezende. Além disso, foi diretor-presidente da Riofilme.

Também se destacou em minisséries como Anos Rebeldes (1992), de Gilberto Braga; Agosto (1993), adaptada da obra de Rubem Fonseca; e A Muralha (2000), escrita por Maria Adelaide Amaral e João Emanuel Carneiro. Em 2006, interpretou o presidente Juscelino Kubitschek na minissérie JK, de Maria Adelaide Amaral e Alcides Nogueira.

José Wilker e Monica Torres

Já em 2012, voltou às novelas encarnando o frio Coronel Jesuíno Mendonça no remake de Gabriela, de Walcyr Carrasco. O personagem caiu na boca do povo com seu bordão “Vou lhe usar”, e fez sucesso principalmente nas rede sociais. Em 2013, um dos seus personagens mais famosos saiu da TV e foi para as telonas: Giovanni Improtta é lançado nos cinemas brasileiros. Seu último trabalho na TV foi pouco antes de sua morte, na novela Amor à Vida, como o médico Herbert Marques.

José Wilker e Guilhermina Guinle

Amante de cinema, possuía aproximadamente quatro mil fitas em casa. Mostrou ao público essa faceta assinando uma coluna semanal sobre o assunto no Jornal do Brasil e fazendo comentários de filmes nos canais de televisão por assinatura Telecine da Globosat. Era também comentarista oficial da transmissão da premiação do Oscar da Rede Globo, além de apresentar o programa Palco & Plateia, que é transmitido pelo Canal Brasil. Wilker foi ainda diretor-presidente da Riofilme, distribuidora de filmes do município do Rio de Janeiro.

José Wilker e Renée de Vielmond

Logo ao chegar ao Rio de Janeiro, em 1964, conheceu a psicóloga Elza Rocha Pinto, com quem se casou. Depois de divorciarem-se em 1976, Wilker teve outros relacionamentos, dos quais nasceram duas filhas: Mariana (com Renée de Vielmond) e Isabel (com Mônica Torres). Viveu também com Guilhermina Guinle entre 1999 e 2006. Seu último relacionamento foi com a jornalista Cláudia Montenegro.

José Wilker e Claudia Montenegro

Wilker morreu na casa da mulher, a jornalista Claudia Montenegro, no Rio de Janeiro, na manhã de 05 de abril de 2014, vítima de um infarto fulminante, enquanto dormia. O socorro foi chamado por Claudia, que mora em Ipanema, Zona Sul do Rio, por volta das 10h, mas os médicos não conseguiram reanimar o ator. O corpo de José Wilker foi cremado no Cemitério Memorial do Carmo, na zona portuária do Rio de Janeiro em 06 de abril de 2014.

Fonte: Wikipédia
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Jaqueline Aragão Cordeiro

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