Liceu do Ceará

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O Liceu do ceará é o terceiro colégio mais antigo do Brasil, pertence ao patrimônio público do estado do ceará, foi criado no período imperial (século XIX), assim como alguns colégios contemporâneos de outras províncias, inspirado nos moldes do Colégio Dom Pedro II, uma instituição-modelo de ensino criada em 1837 no Rio de Janeiro, então capital do império. No intuito de agregar cadeiras já existentes e facilitar a inspeção do ensino público no Ceará, em 15 de julho de 1844, o presidente da província, Marechal José Maria da Silva Bittencourt sancionou a lei n.º 304, criando oficialmente o Liceu:

“Art. 1º – Fica creado nesta capital um lycêo que se comporá das cadeiras seguintes: phylosophia racional e moral; rethorica e poética; arithmetica; geometria; trigonometria; geografia, e historia; latim, francez e inglez.”.

As atividades escolares tiveram início em 19 de outubro de 1845, com 98 matrículas, sob direção do Dr. Thomas Pompeu de Souza Brasil, o Senador Pompeu. O curso secundário tinha duração de 6 anos e as aulas eram ministradas nas próprias casas dos professores. Somente em 1894, no governo do Coronel Bezerril Fontenele, foi inaugurada a primeira sede própria, na Praça dos Voluntários, no centro de Fortaleza. Desde 1937 este situa-se no bairro do Jacarecanga.

No início foram ministradas aulas de filosofia racional e moral, retórica e poética, aritmética, geometria, trigonometria, geografia, história, latim, francês e inglês aos seus 98 alunos matriculados. Seu primeiro diretor foi Tomás Pompeu de Sousa Brasil.

No tempo em que o Liceu foi criado, Fortaleza era uma pequena cidade com pouco menos que 5.000 habitantes, resumindo-se a poucas ruas no centro da cidade. Nessa época, os colégios eram privilégio da elite. Não apenas porque os colégios eram poucos, mas também pelos custos que representavam a uma sociedade pobre em recursos. Além disso, na época era comum em colégios públicos a cobrança de taxas, como ocorria inclusive no Colégio Dom Pedro II, que reservava poucas vagas para pessoas que não tinham condições de pagar.

O Liceu conta atualmente com uma grande infra-estrutura de laboratórios, tais como de informática, um espaço destinado á pesquisas; Rádio, na qual os alunos participam de um projeto pedagogo para desenvolver habilidades na área de comunicação; de Biologia, para assuntos relacionados com a prática biológica.

Pelas salas de aula do Liceu, já passaram vários cearenses ilustres, veja alguns:
Antonio Paes de Andrade (Político)
Barão de Studart (Médico, abolicionista, historiador)
Belchior (Cantor e compositor)
Bezerra de Menezes (Médico, expoente da Doutrina Espírita no Brasil)
César Cals (Político)
Clóvis Beviláqua (Jurista)
Edson Queiroz (Empresário)
Eleazar de Carvalho> (Maestro)
Farias Brito (Escritor e filósofo)
Fausto Nilo (Compositor)
Gustavo Barroso (Advogado, professor, político)
Lúcio Alcântara (Médico e político)
João Brígido (Político, jornalista)
Juracy Magalhães (Militar e político)
Juvenal Galeno (Poeta)
Mário Barreto Corrêa Lima (Médico)
Parsifal Barroso (Advogado, político)
Plácido Castelo (Político)
Raimundo Cela (Pintor, engenheiro)
Raimundo Girão (Político, escritor)
Romildo Borges Mendes (Médico, político)
Rodolfo Teófilo (Escritor)
Tito de Alencar Lima (Frade)

Fonte: Jornal Diário do Nordeste / Site oficial
Jaqueline Aragão Cordeiro

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