Mestre Aldenir Aguiar

Nome: José Aldenir Aguiar (Mestre Aldenir)
Data de nascimento: 20/08/1933
Atividade: Reisado
Cidade: Crato (CE)
Ano da nomeação: 2004

Reisado é um Folguedo do ciclo natalino, que representa o cortejo dos Reis Magos em peregrinação à Terra Santa, durante a qual faz autos, travando batalhas e apresentando espetáculos. Representando essa tradição há mais de 50 anos, temos José Aldenir Aguiar, cratense, nomeado mestre da cultura do Ceará, em 2004. O Reisado acontece no ciclo natalino, costurado por Natal, Ano Bom e Reis.

Mestre Aldenir nasceu e se criou na roça da Vila Padre Cícero e conheceu o reisado por influência de seu tio Chico Mouco. A brincadeira de pinotar com os pés, se vestir com indumentária cheia de espelhos e segurar uma espada não era aprovada pelos pais, mas graças a sua persistência, nessa brincadeira, já são mais de 50 anos dançando e cantando a cultura popular do Ceará.

O Mestre Aldenir mantém três grupos folclóricos em funcionamento, um masculino, um feminino e um infantil, envolvendo mais de 60 pessoas. Reconhecido pela sua gente, Mestre Aldenir é um ícone da preservação da cultura do reisado, tanto que em 1997 foi agraciado com a placa e o título honorífico de Mestre do saber e das artes do povo do Cariri pela Secretaria de Cultura do Município do Crato.

O grupo infantil Reis do Congo, como são intitulados todos os grupos fundados por ele, foi criado em 2013 para ensinar a tradição aos pequenos de até 10 ou 11 anos. Os adultos também aprendem com mestre Aldenir, em dois grupos formados por ele no ano de 2013, um masculino e outro feminino.

Encenado de 24 de dezembro até seis de janeiro, a tradição do reisado compõe o repertório de Festas Jesuínas e faz parte, principalmente, da cultura popular nordestina. Pastores e pastoras se reúnem para sair cantando e dançando pela cidade ou pela comunidade, batendo de porta em porta, até que alguém receba a brincadeira.

Mestre Aldenir diz não saber o que é o reisado, mas faz uma definição da tradição popular que só quem dança há mais de cinco décadas consegue traduzir com tamanha doçura. “É uma coisa bem cantada, bem dançada, com muita responsabilidade. É uma coisa que traz aquela alegria para o povo e fica com a aquela alegria do povo pra ele”.

Fonte: Anuário do Ceará / Jornal Diário do Nordeste
Jaqueline Aragão Cordeiro

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