Severiano Ribeiro da Cunha – Visconde de Cauípe

Severiano Ribeiro da Cunha nasceu no distrito de Cauípe, na antiga Soure, hoje Caucaia, no dia 06 de novembro de 1831 e faleceu em Fortaleza, no dia 04 de setembro de 1876.

Era filho de Felisberto Corrêa da Cunha, brasileiro e de Custodia Ribeiro da Cunha. Era seu irmão, Joaquim da Cunha Freire, o Barão de Ibiapaba.

Em 1º de março de 1873, recebeu do governo português o título de visconde de Cauípe, tomado de seu lugar de origem. Por decreto de 17 de abril de 1874, tornou-se comendador da Imperial Ordem da Rosa. Alvará de 12 de maio, o nomeou Moço Fidalgo com exercido na Casa Real de Portugal. Foi também tenente-coronel da Guarda Nacional.

Casou em 14 de janeiro de 1860, com Euphrasia Gouvêa da Cunha, Viscondessa de Cauhipe, nascida em Fortaleza no dia 16 de junho de 1836 e que faleceu 5 meses e 5 dias antes do seu esposo. Os restos mortais de um e outro estão sepultados no cemitério de São João Baptista, em monumento erguido por seus filhos, e que ali, também estão enterrados.

O casal teve dois filhos:
– Luísa Gonzaga da Cunha (nascida em 10 de Dezembro de 1864 e falecida em de 16 de Setembro de 1898). Casou duas vezes: a primeira, com José Correia Sombra (1852 – 1888), médico, formado pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, em 1881, natural de Maranguape; a segunda, com Guilherme Chambly Studart , o Barão de Studart.
– Luís Gouveia da Cunha (nascido a 12 de Setembro de 1871 e falecido em Fortaleza, no dia 3 de Julho de 1903). Era Guarda-mor da Alfândega de Manaus, cidade esta, onde contraiu a doença que lhe levou a morte.

Euphrasia era filha do Comendador Manoel Caetano de Gouvêa, Cavaleiro de Cristo, 1º Cônsul Português no Ceará, onde faleceu em 21 de março de 1863, havendo nascido em Lisboa em 8 de Maio de 1791, e de sua esposa, Francisca Agrella de Gouvêa.

Severiano Ribeiro da Cunha foi comerciante, e graças ao seu trabalho constante, fez uma fortuna regular.

Era político, de política generosa, rasgadamente progressiva, que tem por ideal a realização do direito, por norma e prática de ação, o respeito às leis. Acreditava na sua missão, como um predestinado, e realizou-a, semeando o bem por toda a parte.

Idealizou o Asilo de S. Vicente de Paulo, e sua iniciativa surgiu do fato de ter contemplado, uma pobre louca nas ruas de Fortaleza, errante, perseguida e faminta. É o atual Hospital Psiquiátrico São Vicente de Paulo, cujas obras iniciaram um ano depois de sua morte e só veio a ser inaugurado em 1886, em terreno cedido por José Francisco da Silva Albano (Barão de Aratanha) e administrado pela Santa Casa de Fortaleza.

Foi por alguns anos, o Vice Provedor da Santa Casa de Misericórdia de Fortaleza, e durante o tempo de seu mandato considerou-a como um prolongamento do seu lar.

Foi surpreendido pela morte, quando planejava o do serviço dos esgotos da capital. Elaborara igualmente o projeto e tinha reunidos todos os elementos de uma estrada de ferro para o norte do Estado.

Brasão das Armas – Escudo esquartelado, tendo o superior da direita e o seu alterno interceptados cada um por três faixas de prata, carregadas cada uma com uma flor de lis purpurina, e dispostas em banda, e aquelas sobre o campo verde: o superior da esquerda e o seu alterno, carregadas cada uma por nove cunhas azuis colocadas em três palas, de três cada uma sobre campo de ouro, e com orla carmesim, carregada por sete castelos de ouro, sendo três em chefe, e os restantes igualmente repartidos pelos laterais.

Brasão concedido ao Visconde de Cauhipe por Alvará de 16 de março de 1874 (Registrado no Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Mercês de D. Luiz I, Liv. XXIV a fl. 243 v)

Fonte: Portal da História do Ceará / Wikipedia / Jornal Diário do Nordeste / Torre do Tombo
Jaqueline Aragão Cordeiro

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