Sociedade Coluna do Trono

O imperador, D. Pedro I, perdera a simpatia do povo por vários motivos, entre os quais: a Guerra da Cisplatina, com seu resultado negativo; a inquietação trazida pela revolta de três batalhões estrangeiros, que durante dois dias de junho de 1828, agitaram a Corte com sua resistência armada contra a disciplina militar e a ameaça de bombardeio do Rio por uma esquadra francesa, comandada pelo Almirante Roussin, que veio reaver navios franceses apresados na Campanha Cisplatina.

Paralelamente, animaram-se o espírito liberal e o nativista: criou-se uma sociedade secreta chamada Colunas do Trono, cujo objetivo era o restabelecimento do absolutismo no Brasil e para contrapor-se, organizaram-se outra sociedade secreta denominada Jardineira, ou Carpinteiros de São José. Tais agitações incrementaram-se em 1830: neste ano, a Revolução de 1830 repercutia fortemente nos meios liberais brasileiros, que se solidarizavam com os revolucionários franceses para visar diretamente a política pessoal de D. Pedro I.

No Aurora Fluminense, jornal que influenciava poderosamente os acontecimentos da época, Evaristo da Veiga apontava ao imperador o exemplo do monarca francês, Carlos X, prevendo-lhe o mesmo fim. Em São Paulo, por causa dessas agitações, várias pessoas foram presas; e tendo protestado contra essas prisões pelas colunas do Observador Constitucional, o jornalista Libero Badaró foi assassinado. Acusou-se o Governo como mandatário do crime e tributaram-se homenagens públicas e ruidosas a Badaró, considerado mártir da liberdade.

Pinto Madeira era membro de uma sociedade secreta existente na cidade de Recife, desde 1829, chamada “Colunas do Trono”. Essa sociedade dispunha de jornais e tinha como integrantes, vários cidadãos de grande prestígio na época. Essa organização tinha por finalidade apoiar o Imperador Dom Pedro I na sua titânica luta contra os liberais republicanos.

Participava também dessa sociedade, o célebre padre Manuel Antônio de Sousa, conhecido como “Benze Cacête”, onde atuava como assessor de Pinto Madeira.

Fonte: Pingos e respingos da história, Osmiro Barreto, 1982 / Wikibooks
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Jaqueline Aragão Cordeiro

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