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A indústria têxtil no Ceará

Jaqueline Aragão Cordeiro, 21 de maio de 201921 de maio de 2019

Foto: Júlio Caesar/O POVO

Importante indústria para o desenvolvimento econômico do Ceará, o setor têxtil começou a se desenvolver no Estado impulsionado pela cultura do algodão, ainda no período colonial. A fibra natural brotava em abundância em solo cearense. Foi o primeiro produto de exportação do Estado, considerado o “ouro branco” da lavoura. O salto do algodão na região ocorreu no período da Guerra de Secessão (1861-1865), nos Estados Unidos, quando aumentou a procura pelo produto. A Revolução Industrial (1760-1900) favoreceu ainda mais o consumo do algodão com o crescimento das indústrias têxteis no País e no Estado.

Mas essa história nem sempre esteve em brancas nuvens. Na década de 1980, a praga do bicudo-do-algodoeiro praticamente extinguiu o cultivo de algodão no Ceará. A seca dificultou a retomada. A região passou de produtora para importadora da fibra natural.

No entanto, a indústria têxtil manteve-se firme. O Estado é, atualmente, o 5º lugar no Ranking do Faturamento da Cadeia Têxtil e de Confecção, segundo dados da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção de 2016.

Atualmente, o Ceará importa o algodão de estados como Mato Grosso do Sul e Bahia, grandes produtores no País, assim como de outros países como os Estados Unidos, devido ao commodities da mercadoria. O setor têxtil no Estado também tem trabalhado com alternativas à fibra natural, como as fibras sintéticas e artificiais, e desenvolvido novas tecnologias para se manter forte. Nos últimos 10 anos, a cadeia produtiva se tornou mais integrada, com a indústria têxtil cada vez mais interligada à confecção e à moda.

A fim de aumentar a produção e diminuir os custos com a importação de outros estados, a Embrapa visa buscar o retorno da fibra natural ao Ceará, dentro de um projeto de modernização da cultura do algodão. A ideia é capacitar e tecnificar os produtores para o plantio no Estado e apresentar as novas tecnologias.

Com mais de 100 anos de existência, a indústria têxtil cearense deu passos largos com o avanço da tecnologia, investindo em produtos e processos inovadores. Diante de uma cadeia produtiva integrada em um mercado ecologicamente consciente e concorrido, a inovação se tornou a principal ferramenta competitiva do setor. A modernização injetou no mercado produtos com melhor qualidade, maior controle de produção e menos dependente da importação. Com a queda da produção do algodão em solo cearense, houve o crescimento do uso de fibras sintéticas e artificiais como alternativas à fibra natural.

O segmento de sportwear foi um dos que mais se apropriou das opções tecnológicas. As inovações podem ser benéficas tanto para atletas de alta performance, como para uma pessoa comum que faz exercícios físicos. A estamparia digital, é a tecnologia usada para estampar tecidos sintéticos e artificiais como poliéster e viscose, enquanto no algodão o seu uso está em teste. A nanotecnologia, umas das principais inovações da indústria têxtil, já é utilizada no polo têxtil do Estado. A tecnologia pode ser aplicada no tingimento de tecidos, processo em que se usa menos água e reduz a poluição; como também aumentar a qualidade de um tecido lhe acrescentando características como antibactericida, antitabaco, antiumidade, antitranspirante e antichamas.

O mercado tem exigido rapidez e inovação para atender uma demanda com necessidades que mudam em um curto espaço de tempo, e a estamparia digital das fibras sintéticas e artificiais, atende essa demanda. A estamparia digital é um processo de ponta que ganha tempo e é rápida. Tem ainda a vantagem em relação a fibra natural quanto a importada, pois produto que se importa demora cerca de 90 dias para chegar ao destino.

TIPOS DE FIBRAS:
Naturais: algodão e linho
Sintéticas: poliéster, poliamida, acrílico e polipropileno (essas duas últimas ainda não são produzidas no CE)
Artificiais: viscose

Fonte: Jornal O Povo / Veja mais no Jornal Hoje
Jaqueline Aragão Cordeiro

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Comment

  1. Alexandre da Silva disse:
    26 de dezembro de 2019 às 16:07

    Ótima reportagem, retrata bem a história do nosso povo, a nossa economia bem como os meios de produção agrícola que existiam no passado, por que não se volta a plantar algodão no interior do estado?

    Responder

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