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A Insurreição do Crato

Jaqueline Aragão Cordeiro, 5 de fevereiro de 20257 de fevereiro de 2025

Insurreição do Crato foi um movimento ocorrido na então província do Ceará, durante o período regencial, como decorrência da abdicação de D. Pedro I, eclodindo em 2 de janeiro de 1832. Teve como principal líder o Coronel Joaquim Pinto Madeira, monarquista convicto. Participou ativamente, no Cariri, combatendo a Revolução Pernambucana em 1817 e a Confederação do Equador, em 1824. Coube a ele transportar os presos cratenses de 1817 até Fortaleza, conta-se que esses presos, na maioria da família Alencar, sofreram várias humilhações por parte de Pinto Madeira.

Joaquim Pinto Madeira nasceu em Barbalha em 1783, foi um rico proprietário rural e chefe político da Vila de Jardim, e acompanhado de um grupo de partidários, entre eles o vigário de Jardim, Padre Antônio Manuel de Sousa, nascido no Rio Grande do Norte, em 1776 e teria chegado a Jardim em 1816 para assumir a Paróquia de Bom Jesus.

O prestígio de Pinto Madeira no Cariri era sustentado pelo Imperador. Com a queda deste em 1831 os liberais republicanos de Crato puseram em prática sua vingança contra o militar, passando a atacar os monarquistas de Jardim. Mesmo sofrendo ataques, Pinto Madeira, juntamente com o padre Antônio Manoel de Sousa, continuou demonstrando seu incondicional apoio ao Imperador e defendendo seu retorno ao trono. Já cansados das acusações sofridas e das oposições enfrentadas, Pinto Madeira e o padre não conseguiram conter o ódio contra os cratenses que, sob seu ponto de vista, estavam cada vez mais próximos de alcançar seu objetivo, a República.

Buscando a restauração do Imperador Pedro I, que após abdicar rumou para a Europa, os rebelados dirigiram-se até a Vila do Crato, onde proclamaram nula sua abdicação e instalaram em em 2 de janeiro de 1832, um governo provisório para todo o Cariri.

Pinto Madeira

De imediato, Pinto Madeira prendeu seus adversários liberais e readmitiu todos os que haviam sido demitidos por ordem do governo da Regência.  Após combates em Icó em 6 de outubro, e em Missão Velha em 3 de novembro de 1832, o general Pedro Labatut, um mercenário francês que atuava no Brasil desde as lutas pela independência, foi o encarregado de combater Madeira, que na iminência de ser derrotado rendeu-se às forças legais perto de Icó. Condenado à forca pelo júri da vila do Crato, composto pelos seus antigos adversários, recorreu ao júri da capital, sendo então fuzilado na manhã de 28 de novembro 1834. Para uns, ele é visto como mártir, por não ter tido o direito a um julgamento justo, para outros trata-se de um militar autoritário que iludiu os jardinenses a ingressarem numa luta sangrenta que só visava garantir seus próprios privilégios adquiridos durante o Primeiro Reinado.

Fonte: Wikipédia / Cariri Cangaço / Impressões Rebeldes
Jaqueline Aragão Cordeiro

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Comments (3)

  1. Elieudo Lucena de França disse:
    23 de dezembro de 2017 às 22:00

    Meu pai contava que meu bisavô (Joaquim Fernandes Lucena )participou dessa revolta, inclusive com riqueza de detalhes. Após esse fato meu bisavô foi enviado ao Ico com mais alguns homens para combater os (Monte do Ico )família inimiga da família Feitosa que dominava desde às do rio Jaguaribe até os Inhamuns. Os Monte foram empurrados para São José de Piranhas-PB.Como recompensa meu bisavo ganhou uma leva de terras que se estendia desde onde hoje se encontra a parede do acude Oros voltando doze quilômetros até sua represa no sítio Timbauba município de Iguatu. Salientando que se estedia por três quilômetros de largura. Essa propriedade pertenceu a minha família até 1990.Os fatos que vocês narram batem com fatos narrados por meus ancestrais.

    Responder
    1. Jaqueline Aragão Cordeiro disse:
      24 de dezembro de 2017 às 17:32

      Que ótimo Elieudo, compartilhe mais conosco dessas histórias. Obrigada.
      Jaqueline

      Responder
  2. José Luzimar Macário disse:
    6 de maio de 2018 às 15:04

    Pena que a juventude de hoje na sua maioria não conhecem as histórias do passado do Cariri tão importante mo contesto regional e até nacional.
    Os educadores de hoje precisão também conhecerem as ditas histórias, para estimular os jovens a conhecerem a nossa formação histórica.

    José Luzimar Macário – Assar[e.

    Responder

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