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A origem das danças nordestinas

Jaqueline Aragão Cordeiro, 26 de janeiro de 201626 de março de 2017

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A miscigenação do Nordeste Brasileiro sofreu influência do branco, do negro e do índio. Isso também influenciou fortemente a música nordestina.

O SAMBA, ritmo de origem negra e dançado com esse nome nos canaviais, pelos escravos desde os primeiros anos da colonização. A partir do século XIX, a cidade do Rio de Janeiro, que se tornara a capital do Império, também passou a comportar uma leva de negros vindos de outras regiões do país, sobretudo da Bahia, com isso, o samba se incorporou a cidade, onde foi difundido e é visco como um ritmo brasileiro nascido nas rodas de samba carioca.

O FREVO surgiu no final do século XIX em Recife, derivado dos dobrados executados pelas bandas militares. Da junção da capoeira com o ritmo do frevo nasceu o passo, inicialmente, porretes ou cabos de velhos guarda-chuvas eram usadas como armas de defesa dos passistas, que remetem diretamente a luta, resistência e camuflagem, usados contra grupos rivais.

O BAIÃO E O XAXADO nasceram entre os vaqueiros do semiárido. Foi na segunda metade da década de 1940 que o baião tornou-se popular, através dos músicos Luiz Gonzaga (conhecido como o “rei do baião”) e Humberto Teixeira (“o doutor do baião”). A palavra xaxado é uma onomatopeia do barulho xa-xa-xa, que os dançarinos fazem ao arrastar as [alpercatas] no chão durante a dança. Foi muito praticada no passado pelos cangaceiros da região, em celebração às suas vitórias.

O MARACATU, quase africano puro, começou a ser tocado nos canaviais, é um ritmo musical, dança e ritual de sincretismo religioso cristão com as crenças africanas, teve origem nas congadas, cerimônias de coroação dos reis e rainhas da Nação negra. Teve origem nas congadas, cerimônias de coroação dos reis e rainhas da Nação negra.

A CIRANDA, tocada e dançada pelos pescadores do litoral, originou-se nas cantigas de roda europeias. Na marcação do zabumba, os cirandeiros pisam forte com o pé esquerdo à frente. Num andamento para a direita na roda de ciranda, os dançarinos dão dois passos para trás e dois passos para a frente, sempre marcando o compasso com o pé esquerdo à frente. Os passos podem ser simples ou coreografados.

O PASTORIL, auto de natal trazido pelos portugueses, adquiriu no Nordeste características e colorido próprio. Atualmente, o pastoril está quase extinto da cultura nordestina.

O BUMBA-MEU-BOI  gira em trono de um boi que morre e é ressuscitado , a essência da lenda enlaça a sátira, a comédia, a tragédia e o drama, e demonstra sempre o contraste entre a fragilidade do homem e a força bruta de um boi. É no Estado do Maranhão que o bumba meu boi tem sido mais valorizado em todo o nordeste e, dali, passou a ser exportado para o Estado do Amazonas com o nome de boi-bumbá, visitado anualmente por milhares de turistas que vão conhecer o famoso Festival Folclórico de Parintins, realizado desde 1965.

O CABOCLINHO é totalmente indígena, é executada durante o Carnaval , em Pernambuco, por grupos fantasiados de índios que, com vistosos cocares, adornos de pena na cinta e nos tornozelos, colares, representam cenas de caça e combate. As fantasias eram confeccionada com fibras de agave (sisal), penas de peru e de pato. Depois começaram a usar penas de pavão, de ema e plumas, exibindo um visual mais rico. Alguns materiais tradicionais ainda são utilizados atualmente nas fantasias e nos instrumentos, principalmente o cipó, a madeira de jenipapo e o bambu. A fantasia básica das mulheres é composta de vistosas tangas e sutiãs bordados, cocares ou leques, munhecas para os pulsos e atacas para os tornozelos. Para os homens é a tanga, o peitoral, munhecas e atacas, cocar ou leque. Também usam como adorno machadinhas de madeira e pequenas cabaças amarradas no cipó aos braços ou na cintura.

O COCO é de origem puramente africana. O som característico do coco vem de quatro instrumentos (ganzá, surdo, pandeiro e triângulo), mas o que marca mesmo a cadência desse ritmo é o repicar acelerado dos tamancos. A sandália de madeira é quase como um quinto instrumento, talvez o mais importante deles. Além disso, a sonoridade é completada com as palmas. Existe uma hipótese que diz que o surgimento do coco se deu pela necessidade de concluir o piso das casas no interior, que antigamente era feito de barro. Existem também hipóteses de que a dança teria surgido nos engenhos ou nas comunidades de catadores de coco.

O FORRÓ é um ritmo e dança típicos da Região Nordeste do Brasil, praticada nas festas juninas e outros eventos. Diante da imprecisão do termo, é geralmente associado o nome como uma generalização de vários ritmos musicais do Nordeste, como baião, a quadrilha, o xaxado, que têm influências holandesas e o xote, que tem influência portuguesa. São tocados, tradicionalmente, por trios, compostos de um sanfoneiro (tocador de acordeão, que no forró é tradicionalmente a sanfona de oito baixos), um zabumbeiro e um tocador de triângulo. Também é chamado arrasta-pé, bate-chinela.

Fonte: O que é Nordeste brasileiro, Carlos Garcia, Editora brasiliense, 9ª edição, 1995. / Wikipédia
Jaqueline Aragão Cordeiro

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Comments (6)

  1. Sabrina yasmim disse:
    6 de outubro de 2016 às 21:14

    Ótimo site muito bom pra quem que sabe mais sobre as danças do nordeste .
    recomendo

    Responder
  2. moreira disse:
    15 de outubro de 2017 às 00:09

    Forró vem da palavra inglesa, for all, para todos

    Responder
  3. Lucas Silva disse:
    21 de fevereiro de 2018 às 21:08

    Muito bom para quem vai fazer trabalho

    Responder
    1. Jaqueline Aragão Cordeiro disse:
      14 de março de 2018 às 12:50

      Muito obrigada Lucas.

      Abraço

      Responder
  4. Juscrebilda do Atlântico disse:
    12 de agosto de 2018 às 22:26

    legual

    Responder
  5. Beatriz Alexandre Teixeira de cavalho disse:
    6 de maio de 2024 às 16:33

    E muito grande

    Responder

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