Antônio Tibúrcio Ferreira de Souza Nasceu em Viçosa do Ceará, no dia 11 de agosto de 1837 e faleceu em Fortaleza, no dia 28 de março de 1885. Era filho de Francisco Ferreira de Souza e Margarida Ferreira de Souza. Aos 14 anos, sentou praça, como voluntário, no Meio Batalhão de Infantaria, com sede na Fortaleza de Nossa Senhora da Assunção.
Exerceu altos cargos militares, começando como Praça no Batalhão de Linha em Fortaleza. Por volta de 1851 foi para a Core, no Rio de Janeiro, onde foi incorporado ao 1º Batalhão de Artilharia. Demonstrando inclinação para as ciências exatas, foi posteriormente nomeado professor da referida Escola, onde lecionou as disciplinas Física e Química. Posteriormente, foi dispensado do cargo de professor para seguir para a guerra do Paraguai.
No Comando do 16º Batalhão de Infantaria e, mais tarde, do Batalhão de Voluntários da Pátria Cearense, consolidou a fama de um dos mais valorosos e bravos líderes em combate, onde foi promovido a major. No pós-guerra exerceu várias comissões de destaque, como o de Inspetor das Fortificações do Amazonas e do Comando da Escola de Infantaria. Em 1869, com 32 anos passou a comandar o 26º Batalhão de Voluntários Cearenses.
Participou de várias batalhas, entre elas: Invasão de Corrientes, Batalha Naval do Riachuelo, Ilha do Cabrito, Tuyuti, Peripeuy, Rojas, Estero, Ballaço, Caraguatay, Batalha de Campo Grande, etc. Foi condecorado com a Medalha da Campanha Oriental, a Ordem do Cavalheiro da Rosa e foi nomeado Oficial do Cruzeiro. No Pós-Guerra exerceu várias comissões de destaque, como o de Inspetor das Fortificações do Amazonas e o Comando da Escola de Infantaria e Cavalaria, em Porto Alegre.
Foi promovido a brigadeiro (atual general de brigada) aos 43 anos de idade. Intransigente defensor do abolicionismo tentou sem sucesso, eleger-se senador pelo Ceará. Era contrário a todo tipo de servidão humana.
Recebeu várias condecorações, sendo elas:
Medalha de Prata de Corrientes – Foi-lhe conferida essa medalha, comemorativa do combate da cidade de Corrientes, de 25 de maio de 1865, pelo Congresso Argentino.
Medalha de Prata de Riachuelo – Foi condecorado com a medalha de prata comemorativa da batalha naval de Riachuelo, por ter tomado parte nesse feito, destacado no vapor “Beberibe”, passando-se depois para o “Belmonte”.
Cavalheiro da Imperial Ordem do Cruzeiro – A 3 de janeiro de 1866, foi-lhe conferido o Grau de Cavalheiro da Ordem Imperial do Cruzeiro, por se haver distinguido no ataque de Corrientes, a 25 de maio do ano anterior.
Cavaleiro da Ordem da Rosa – Por decreto de 27 de junho de 1866, foi-lhe conferido o Grau de Cavaleiro da Ordem da Rosa, pelos serviços prestados na defesa da Ilha Cabrita, a 10 de abril.
Oficial da Ordem da Rosa – Por decreto de 17 de agosto de 1866, foi lhe conferido o Grau de Oficial da Ordem da Rosa, pelos serviços prestados em campanha, de 16 e 17 e 2 e 24 de maio.
Comendador da Ordem da Rosa – Por decreto de 13 de abril de 1867, foi-lhe conferido o Grau de Comendador da Ordem da Rosa pelos serviços prestados nos combates de 16 a 18 de julho de 1866.
Oficial da Imperial Ordem do Cruzeiro – Por decreto de 11 de abril de 1868, foi-lhe conferido o Grau de Oficial da Ordem do Cruzeiro pelos serviços prestados no combate de Estabelecimento.
Medalha de Mérito Militar – Foi-lhe conferido o uso da medalha de Mérito Militar, pelos combates de 12 a 18 de agosto de 1869.
Dignitário da Ordem da Rosa – Por decreto de 6 de setembro de 1870, foi-lhe conferido o Grau de dignitário da Ordem da Rosa, pelos serviços prestados nos combates de 2, 4, 8 de maio de 1869, das Cordilheiras.
Medalha de Prata da Campanha do Uruguai – A 15 de dezembro de 1869, foi público ter-lhe sido conferida a medalha de prata da Campanha do Uruguai, em atenção aos relevantes serviços prestados na mesma campanha.
Medalha Geral da Campanha do Paraguai – A 24 de outubro de 1871, foi público ter-lhe sido conferida a medalha Geral da Campanha do Paraguai com o passador de ouro e o número quatro indicativo dos anos em que serviu no exército em operações.
Espada de honra – Por portaria do Ministro da Guerra de 1 de julho de 1879, foi-lhe permitido o uso desta espada que lhe foi oferecida pela Escola de Tiro de Campo Grande.
General Tibúrcio morreu em Fortaleza, no dia 28 de março de 1885. O seu enterro foi um dos mais concorridos que, na época, assistiu na cidade de Fortaleza. Um número de pessoas acompanhou o enterro até o cemitério.
Jaqueline Aragão Cordeiro
Meu bisavô
grande homem…estive em Viçosa-Ce e fui até a estátua do general