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Cangaço, um fenômeno nordestino

Jaqueline Aragão Cordeiro, 11 de outubro de 2019

O cangaço foi um fenômeno ocorrido no nordeste brasileiro de meados do século XIX ao início do século XX. O cangaço tem suas origens em questões sociais e fundiárias do Nordeste brasileiro, caracterizando-se por ações violentas de grupos ou indivíduos isolados: assaltavam fazendas, sequestravam coronéis (grandes fazendeiros) e saqueavam comboios e armazéns. Não tinham moradia fixa: viviam perambulando pelo sertão, praticando tais crimes, fugindo e se escondendo. O Cangaço pode ser dividido em três subgrupos: os que prestavam serviços esporádicos para os latifundiários; os “políticos”, expressão de poder dos grandes fazendeiros; e os cangaceiros independentes, com características de banditismo.

Os cangaceiros conheciam a caatinga e o território nordestino muito bem, e por isso, era tão difícil serem capturados pelas autoridades. Estavam sempre preparados para enfrentar todo o tipo de situação. Conheciam as plantas medicinais, as fontes de água, locais com alimento, rotas de fuga e lugares de difícil acesso. O primeiro bando de cangaceiros que se tem conhecimento foi o de Jesuíno Alves de Melo Calado, “Jesuíno Brilhante“, que agiu por volta de 1870. E o último foi de “Corisco” (Cristino Gomes da Silva Cleto), que foi assassinado em 25 de maio de 1940.

Lampião

O cangaceiro mais famoso foi Virgulino Ferreira da Silva, o “Lampião”, denominado o “Senhor do Sertão” e também “O Rei do Cangaço”. Atuou durante as décadas de 20 e 30 em praticamente todos os estados do Nordeste brasileiro. Por parte das autoridades Lampião simbolizava a brutalidade, o mal, uma doença que precisava ser cortada. Para uma parte da população do sertão ele encarnou valores como a bravura, o heroísmo e o senso da honra. O cangaço teve o seu fim a partir da decisão do Presidente da República, Getúlio Vargas, de eliminar todos e qualquer foco de desordem sobre o território nacional. O regime denominado “Estado Novo” incluiu Lampião e seus cangaceiros na categoria de extremistas. A sentença passou a ser matar todos os cangaceiros que não se rendessem.

Antonio Silvino
Antonio Silvino – Em pé, segundo a partir da esquerda

Consta que o primeiro cangaceiro teria sido o “Cabeleira” (José Gomes), líder nascido em Glória do Goitá – cidade da zona da mata pernambucana – em 1751, que aterrorizou a região, inclusive, Recife. Mas foi somente no final do século XIX que o cangaço ganhou força e prestígio, principalmente com “Antônio Silvino”,  “ Lampião” e ” Corisco”.

Corisco e Dadá com a cachorra Jardineira_1936

Entre meados do século XIX e início do século XX, o Nordeste do Brasil viveu momentos difíceis, atemorizado por grupo de homens que espalhava o terror por onde andava: os cangaceiros, bandidos que abraçaram a vida nômade e irregular de malfeitores por motivos diversos. Alguns deles foram impelidos pelo despotismo de homens poderosos. Os cangaceiros conseguiram dominar o sertão durante muito tempo, porque eram protegidos de “coronéis”, que se utilizavam dos cangaceiros para cobrança de dívidas, entre outros serviços “sujos”.

Januário Garcia Leal, o “Sete Orelhas”, que agiu no sudeste do Brasil, no início do século XIX, tendo sido considerado justiceiro e honrado por uns e cangaceiro por outros. No sertão, consolidou-se uma forma de relação entre os grandes proprietários e seus vaqueiros. A base desta relação era a fidelidade dos vaqueiros aos fazendeiros. O vaqueiro se disponibilizava a defender (de armas na mão) os interesses do patrão. Como as rivalidades políticas eram grandes, havia muitos conflitos entre as poderosas famílias. E estas famílias se cercavam de jagunços com o intuito de se defender, formando assim verdadeiros exércitos. Porém, chegou o momento em que começaram a surgir os primeiros bandos armados, livres do controle dos fazendeiros. Os coronéis não tinham poder suficiente para impedir a ação dos cangaceiros.

A passagem marcante do cangaceiro Lampião pelo Ceará, foi em 1926, onde refugiou-se. No dia 4 de março recebeu uma intimação do Padre Cícero em Juazeiro do Norte, para se juntar ao Batalhão Patriótico do município e enfrentar a Coluna Prestes, em troca, receberia anistia de seus crimes e a patente de Capitão. Lampião, que era devoto do sacerdote cearense, atendeu prontamente o chamado e foi a Juazeiro com quarenta e nove cangaceiros.

Fonte: Wikipedia
Jaqueline Aragão Cordeiro

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