
A Uece (Universidade Estadual do Ceará) obteve cinco cartas-patentes do INPI (Instituto Nacional da Propriedade Industrial), sendo a primeira concedida em 2021 e a última, obtida em abril de 2025. As patentes visam proteger invenções como órteses, óleos e produtos fitoterápicos para diversas aplicações. As patentes concedidas à Uece incluem diversas áreas de pesquisa, como a área da saúde, agricultura e nanotecnologia. A Uece possui mais de 100 ativos de propriedade intelectual com pedido de proteção no INPI, demonstrando o seu avanço constante na pesquisa e no desenvolvimento tecnológico.
Primeira carta-patente:
Foi concedida em 2021, consiste na fabricação de superfície sensora usada para detecção de contaminantes químicos (pesticidas, toxinas) e biológicos (microrganismos) ou para a confecção de uma superfície biossensora com imobilização de material biológico (proteínas) que torna a detecção de analitos extremamente seletiva. A grande vantagem desse sensor deve-se ao fato de ser de baixo custo, de alta sensibilidade e de fácil uso dos eletrodos construídos para uso em sensores. Um exemplo prático de sua utilização é a detecção de contaminantes em produtos como leite e derivados, que, devido à grande quantidade de proteínas e da lactose, podem ser um meio de enriquecimento para microrganismos. A patente é resultado de pesquisa conjunta entre Uece e Embrapa.
Segunda carta-patente:
Foi concedida no dia 18 de outubro de 2022 e visa à proteção nacional da invenção do processo de obtenção de um extrato à base de produto fitoterápico para o tratamento de lesões dermatológicas, a partir de extratos enriquecidos de polissacarídeos obtidos da casca do caule da planta Caesalpinia férrea, conhecida popularmente como jucá e pau-ferro. Preferencialmente na forma de pomada, a invenção pode ser usada no tratamento de lesões dermatológicas em pacientes gerais, diabéticos ou acometidos de outras enfermidades que dificultam o processo de cicatrização de feridas. O produto, portanto, insere-se no ramo farmacêutico.
Terceira carta-patente:
Foi concedida em 2023 e é referente ao desenvolvimento de um fungicida natural para uso fitossanitário e farmacológico, que tem como matéria-prima extratos, óleo vegetal e óleo essencial de plantas. Como fitossanitário, é capaz de proteger plantações inteiras, de forma econômica e natural, dos fungos comuns no Nordeste. Esses fungos atingem centenas de espécies de plantas da região, sendo uma das mais acometidas, o cajueiro.
Quarta carta-patente:
Foi concedida em 2024 e protege a patente do óleo essencial da planta croton zehntneri, também muito conhecida como canela de cunhã, encontrada principalmente no Nordeste. A benefício desse óleo é para a utilização farmacêutica, no tratamento de neuropatias, mais especificamente a neuropatia devido ao diabetes, mais conhecida como neuropatia diabética.
Quinta carta-patente:
Foi concedida em abril de 2025, protege a invenção de uma órtese ortopédica para diabéticos. O produto contribui com a prevenção de complicações graves do pé diabético, como úlceras e até amputações.
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Jaqueline Aragão Cordeiro