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Cidades Cearenses – Origem dos nomes – Parte 3

Jaqueline Aragão Cordeiro, 16 de outubro de 2019

O Ceará tem atualmente 184 municípios, com cultura, riquezas e costumes de um povo único. Nessa postagem não vamos destacar detalhes de cada município, mas somente a origem do nome. Clicando no link, você poderá ver informações completas no site ceará.com.br.

http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/1/1d/Carta_da_capitania_do_Cear%C3%A1_1818.jpg
MAPA DA CAPITANIA DO CEARÁ DATADO DE 1918 (VER MAIOR)

 

CASCAVEL – É uma alusão as lendas do local de origem do município: (1) A cidade foi construída em cima do ninho de uma cascavel gigante. Dizem que cada vez que alguém fala o nome “cascavel”, a cobra cresce um metro. No local onde se diz haver este tal ninho, foi construída uma torre e foi colocada no topo uma imagem de Nossa Senhora do Ó para que a santa impedisse da cobra sair. Devido a essa lenda, as autoridades mudaram o nome da cidade para São Bento, mas os habitantes não se acostumaram e continuaram a chamar de Cascavel, confiantes na força da santa que impedia que a cobra devastasse a cidade. Ninguém ousa retirar a imagem de cima da torre, com medo que a Cobra levante-se e destrua tudo. (2) A outra lenda, e mais aceita, que diz que os mercadores que faziam a viagem a pé ou a cavalo para a capital e passavam por essas paragens, descansavam sob os pés de tamarineiras, (que na cidade era abundante), e em uma dessas “hospedagens” encontram a árvore infestada de cobras cascavéis e a partir deste dia, começaram a se referir aquele lugar como “a passagem da Cascavel”. Sua denominação original era Sítio Cascavel, Cascavel, São Bento e desde 1833, Cascavel.

CATARINA – é uma homenagem a devoção à Santa Catarina. Outra possível origem deste topônomio, é uma homenagem a uma filha do casamento de uma índia Tabajara e um membro da família Feitosa.Sua denominação original era Santa Catarina , depois Sítio Catarina e desde 1938 Caratina.

CATUNDA – É uma alusão ao professor, escritor, historiador, senador Joaquim Catunda. Sua denominação original era Vila Nau , depois Madalena e desde 1938, Catunda.

CAUCAIA – Vem do tupi, podendo significar: (1) caa (mato) e caia (queimado): “mato queimado”; (2) cau (vinho de caju) e caia (queimado). Sua denominação original era “Caucaia”, depois “Aldeia dos Caucaias”, “Vila dos Caucaias”, “Aldeia de Nossa Senhora dos Prazeres de Caucaia”, “Vila Nova de Soure”, “Vila do Soure”, “Soure” e, desde 1943, “Caucaia”.

CEDRO – É uma alusão a abundância da árvore existente na região no município. Sua denominação original era Fazenda Cedro, depois Cedrinho de Açucar e desde 1920, Cedro.

CHAVAL – É uma alusão ao fato que as terras de Chaval finalizam o território do Ceará. Sua denominação original era Ibassu, depois Ibuaçú e, desde 1911, Chaval.

CHORÓ – Vem do chorron que Tupi Guarani e significa murmurar ou pássaro que tem um canto que parece um murmúrio. Sua denominação original é Choró, sem haver alterações no decorrer do tempo.

CHOROZINHO – Faz referência ao dinuitivo de Choró. Sua denominação original era Currais, depois Currais Novos, Currais Velhos e desde 1938, Chorozinho.

COREAÚ – Curuayú ou Coreahu vem do Tupi Guarani curia (ave aquática de pequeno porte) yú (beber) e significa: Águas dos Curiós, a ceva dos curiás. Sua denominação original era Várzea Grande , depois Palma e desde 1943, Coreaú.

CRATEÚS – Vem do tupi ou tapuia, podendo significar: (1) tupi: cará (batata) e teú (lagarto); (2) tapuia kariri: kra (seco) mais té, kraté (coisa seca ou lugar seco) e y (muito frequente), significando “lugar muito seco”; (3) ou ainda o nome da tribo indígena que habitava a região: karati, karatús ou karatis e us (povo ou tribo). Sua denominação original era “piranhas” (devido à abundância de peixes na região), depois “Príncipe Imperial” e, desde 1889, Crateús.

CRATO – Vem do latim curatus, que significa padre ou designação de lugares com condições de tornar-se paróquia. Sua denominação original era Missão do Miranda, depois Missão dos Cariris Novos, Aldeia do Brejo Grande e Vila Real do Crato e, desde 1842, Crato.

CROATÁ – Croatá é uma alusão à planta silvestre da família das bromélias, também chamada gravatá, coroatá, caruá, coroá, crauá, croá, caroá, que é abundante na região e que tem diversas utilidades. Das folhas retira-se fibra sedosa que serve para fazer cordas, linhas de pesca, capacho, e até alimento. Sua denominação original era Croatá, depois Presidente Kennedy e, desde 1965, Croatá.

CRUZ – É uma alusão a fatos que aconteceram ás margens do rio Acaraú. Segundo a tradição oral, um povoado floresceu às margens do rio Acaraú a partir de uma grande cruz fincada pelos moradores para homenagear um retirante que ali teria morrido durante a fuga da seca de 1825. Outra versão afirma que a cruz teria sido posta com o fim de indicar o lugar em que um homem fora assassinado, numa emboscada, pelo próprio sogro, por questões de honra. Sua denominação original era São Francisco da Cruz, depois Croatá e desde 1965, Cruz.

DEP. IRAPUAN PINHEIRO – Chamou-se inicialmente Tataíra, composição Tupi que significa tatá (fogo) e ira (abelha), significando “abelha cor de fogo”. Inicialmente chamou-se São Bernardo do Ceará, terminando com a denominação atual, nome do deputado que representou o município na assembleia legislativa.

ERERÊ – Tem nome originário do Tupi o que traduzido quer dizer “canoa-marreca”, ave da família dos anatídeos comum no Nordeste brasileiro. Originalmente chamava-se Ipiranga e Saco de Orelha até 1987, quando passou a ser município e assumiu o nome que tem hoje.

EUSÉBIO – O nome é uma homenagem ao ministro da justiça e senador Eusébio de Queirós, autor da lei que extinguiu o tráfico de escravos no Brasil, que inclusive batiza uma das principais vias do município.
Outra origem, mais poética, é contada pelos primeiros habitantes do lugarejo. Vindos de Beberibe, Cascavel e Baixinha (hoje Pindoretama) passavam pelo lugarejo comboios levando frutas e doces que eram vendidos em Fortaleza. Eles tinham como base de apoio, na capital cearense, a estação de bonde. Esses comboios faziam paradas estratégicas, para repouso dos animais e dos comerciantes, na casa onde morava um senhor chamado Eusébio, criador de animais, que também seguia com o comboio para a capital. Os comboieiros sempre falavam em descansar na casa do Seu Eusébio. Este se tornou tão popular que, após o seu falecimento, os moradores da localidade passaram a designar o pequeno povoado de Eusébio.

FARIAS BRITO – O nome Farias Brito é em homenagem ao filósofo “Raimundo de Farias Brito”. Antigamente o município possuía o nome de Quixará.

FORQUILHA – O nome do município se dá devido a junção dos rios Timbaúba e Oficina formarem o principal açude da cidade, lembrando assim o formato de uma Forquilha. Chamava-se inicialmente Campo Novo, quando ainda era distrito de Sobral.

FORTALEZA –  É uma alusão ao Forte Schoonenborch, construído pelos holandeses durante sua permanência no local entre 1637 e 1654.

FORTIM – Foi fundado por Pero Coelho de Souza, em 1603 após expedição frustrada no itinerário Paraíba-Ibiapaba. Por ocasião do retorno, miseravelmente abatido e destroçado, acampou no mesmo local. Desolado, buscou o itinerário que o levaria de volta à Paraíba, onde esperava encontrar apoio. Sem nada conseguir na Paraíba, retornou. Fundou, então, o Forte São Lourenço, denominado posteriormente de Forte Nova Lisboa ou Nova Lusitânia. É uma variação de “Fortinho”.

Jaqueline Aragão Cordeiro

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Comment

  1. Márlon disse:
    12 de janeiro de 2019 às 18:33

    Acho triste terem mudado o nome de Vila Nova de Soure para Caucaia. Minha bisavó nasceu neste município em 1910, que minha avó mantém o nome na memória. É a memória portuguesa que se esvai da mente e dos corações de muita gente do nordeste. Triste.

    Responder

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