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Coisa de Cearense
Jaqueline Aragão Cordeiro
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Entre histórias, cultura e os caminhos do nosso turismo, celebramos os encantos do povo cearense: saberes, curiosidades e tradições que embalam a alma do nosso lugar.

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Ramos Cotoco

Jaqueline Aragão Cordeiro, 20 de novembro de 20176 de fevereiro de 2025

Raimundo Ramos de Paula Filho, o Ramos Cotôco, nasceu em Fortaleza no dia 21 de maio de 1871 e faleceu em Fortaleza, no dia 20 de outubro de 1916. Foi poeta, compositor, cantor e pintor. Recebeu o apelido de Cotôco por ter nascido sem o antibraço. Apesar da insatisfação, a brincadeira tornou-se quase um sobrenome, e foi assim que ele ficou conhecido ao longo dos anos.

Era filho de Raimundo Ramos de Paula, comerciante, e de Rufina Ramos, dona de casa. Ficou órfão de pai aos 16 anos, quando começou a trabalhar como pintor para sustentar a mãe.

Foi casado duas vezes, na primeira, adotou um filho, o qual chamou de Vandique. Compôs a música “engomadeira” em homenagem a sua esposa. O segundo casamento foi aos 40 anos, e conta que sua casa era apenas de uma porta sem janelas, de tão humilde.

Excêntrico, tornou-se um boêmio extremamente popular na cidade de Fortaleza. Como pintor, assinou trabalhos importantes, como parte do interior do Theatro José de Alencar. Extravagante, costumava usar lírios e girassóis na lapela do paletó, sua curta vida foi marcada por composições e artes que ficaram na história da Fortaleza do final do século XIX.

Em seu livro “Fortaleza descalça”, Otacílio de Azevedo relata que o “Café do Pedro Eugenio” era o local frequentado pelos boêmios da época, nas madrugadas, por diversas vezes, acordou e foi abrir o estabelecimento a fim de servir a melhor aguardente aos visitantes da madrugada, mas certa noite, muito cansado, não acordou com a cantoria e na manhã seguinte, “quando foi abrir o café, verificou assombrado, que a porta havia sido aberta a força. Constatou surpreso, que sobre uma das mesas de mármore branco havia um livro de poesias e muitas quadras estavam escritas a lápis na mesa, todas assinadas com o nome dos respectivos autores: Raimundo Ramos, Fernando Weyne, Quintino Cunha, Virgílio Brandão, Amadeu X. de Castro, Carlos Severo, Carlos Gondim – Todos poetas, e os músicos Mamede Cirilo, Elesbão, Abel Canuto e Pompílio. O livro de poesias era Cantares Boêmios, de Raimundo Ramos, mais conhecido como Raimundo Cotôco.”

Em 1906, publicou o livro “Cantares boêmios”, com poemas e canções. Compôs lundus, chulas, valsas e cançonetas engraçadas, muitas das quais gravadas pela Casa Édson, no início do século XX.

Fonte: Dicionário Cravo Albin / Jornal O Povo / TV Assembleia / Livro Fortaleza descalça (Otacílio Azevedo)
Jaqueline Aragão Cordeiro

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Comment

  1. Osmar disse:
    26 de maio de 2022 às 06:24

    São relatos interessantíssimos sobre personagens e fatos reais de nossa história. Isto é maravilhoso, prossigam!

    Responder

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