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Tiririca, o palhaço que virou político

Jaqueline Aragão Cordeiro, 14 de janeiro de 201711 de janeiro de 2017

Francisco Everardo Oliveira Silva, o Tiririca, nasceu em Itapipoca, no dia 1 de maio de 1965.  Aos oito anos, começou a trabalhar em circo na cidade natal, onde atuava como palhaço. O apelido de Tiririca o acompanha desde a infância, por ser um menino muito travesso . O apelido foi dado pela mãe, quando o filho era mal-humorado e zangado.

Nesta época, as apresentações de Tiririca em barracas de lona, circo muito comuns no Nordeste. Tiririca viveu por muito tempo em Cascavel, Pindoretama, Aquiraz e outras cidades do litoral, onde tinha seus pequenos circos que animavam a cidade, valendo destacar um grande número: “Não Percam o Homem Que Vira Peixe”, na hora do espetáculo Tiririca pegava um peixe morto enfiava-lhe um espeto e saia girando, e despertava gargalhadas do público. Com o talento passou a mostrar sua habilidade em Fortaleza e região metropolitana, onde seu sucesso e fama se tornaram cada vez mais constantes.

Devido ao grande sucesso alcançado nesses espetáculos, os barraqueiros da região se cotizaram e pagaram as primeiras mil cópias do CD de estreia, que bateu índices recordes de vendagem mais de 1,5 milhão de cópias, isso graças à exaustiva execução nas rádios da canção de estilo regional nordestino “Florentina”. Distribuída inicialmente pelas regiões de Juazeiro e Pernambuco, pouco tempo depois a música se tornou conhecida nacionalmente. A gravadora Sony Music comprou o disco e o lançou nacionalmente. Tiririca também bateu recordes de audiência em programas televisivos, que anteriormente pertenciam ao grupo Mamonas Assassinas e outra canção que obteve relevante sucesso foi Eu Sou Chifrudo.

O primeiro CD também causou muita polêmica, pois continha a canção Veja os cabelos dela, considerada por muitos como racista. Não obstante, os discos foram apreendidos, a execução das canções pelas rádios foi proibida e Tiririca foi processado por racismo. Ao fim, ele acabou sendo absolvido da acusação. Em 1997, gravou o segundo CD (Tiririca), com destaque para as canções O Padroeiro do Ceará, Índia e Ele é Corno mas é meu Amigo. Depois de um breve afastamento da mídia motivado por problemas pessoais, ressurge em 1999 com o lançamento do terceiro CD (Dança da Rapadura), lançado pela independente Indie Records. O maior sucesso do disco foi a canção Casado com uma Viúva. Outra gravação de Tiririca foi a música “Índia”, de Cascatinha e Inhana. A grande diferença, porém, é que durante a música inteira Tiririca só cantou a primeira frase da letra original: “Índia seus cabelos”.

Realizando uma série de espetáculos, no mesmo ano ingressou na Rede Record onde fez parte do elenco fixo do humorístico Escolinha do Barulho, abandonando temporariamente a atividade musical. Antes fora contrato da Rede Manchete aonde protagonizava um programa infantil. Posteriormente transferiu-se para o SBT, onde tinha um quadro fixo no programa A Praça é Nossa. Lançou o CD Alegria do Forró e retornou à Rede Record onde participava do programa Show do Tom, apresentado pelo também humorista Tom Cavalcante, até ser eleito em 2010. Em 2015, assina contrato com o Pânico na Band, no lugar de Wellington Muniz (o Ceará).

No dia 3 de outubro de 2010, Tiririca tornou-se o Deputado Federal mais votado do Brasil das eleições deste ano, eleito pelo estado de São Paulo com 1.348.295 (6,35%) votos. Sua campanha e eleição foi marcada por polêmicas. Tiririca lançou sua candidatura para deputado federal pelo estado de São Paulo por meio do Partido da República. Utilizou bordões como “O que é que faz um deputado federal? Na realidade, eu não sei. Mas vote em mim que eu te conto”, e “Pior do que tá não fica, vote Tiririca”. Tais bordões debochados levaram um candidato a deputado estadual a representá-lo junto ao Ministério Público Eleitoral, sob o fundamento de que estaria afrontando o Congresso Nacional e o poder público em geral. A representação, contudo, foi arquivada. Posteriormente, Tiririca foi apontado como analfabeto pela Revista Época, condição essa que impediria uma candidatura.

Acusado de falsificação, Tiririca confessou que não escreveu a declaração de escolaridade de próprio punho, como exige a legislação eleitoral, mas teria sido ajudado por sua mulher. Em 30 de outubro de 2010 a defesa de Tiririca alegou que ele sofria de Transtorno de Desenvolvimento da Expressão Escrita, uma deficiência motora que o impediria de segurar uma caneta com firmeza. A defesa afirmou que Tiririca contou com o auxílio de sua mulher para escrever de próprio punho a declaração de alfabetização, exigência da lei eleitoral brasileira. A mulher de Tiririca teria apoiado sua mão sobre a mão do marido para ajudá-lo a firmar a caneta no momento da redação. Segundo a defesa, por causa da deficiência, Tiririca também estaria impossibilitado de fazer testes de escrita.

Todavia, tal explicação contradiz o vídeo gravado por ÉPOCA em setembro, que deu origem às suspeitas de analfabetismo. As imagens mostram Tiririca dando autógrafo a um fã. Em pé, de improviso, Tiririca segura um caderno com a mão esquerda e rabisca uma assinatura circular com a mão direita. O humorista ainda desenha o que seriam as letras de seu nome. No vídeo, ele não demonstra nenhum sinal de dificuldade para segurar a caneta.

No dia 11 de novembro de 2010, Tiririca foi submetido a testes de leitura e escrita em audiência no TRE-SP. Após os testes, o desembargador afirmou que Tiririca “deu conta de ler tudo”, referindo-se ao texto do Jornal da Tarde. Sobre o ditado, afirmou que o deputado “soube escrever”. (O Estadão)

Em 17 de dezembro, o candidato foi o primeiro a ser diplomado na Assembleia Legislativa em São Paulo. Tiririca foi aplaudido pelas pessoas que estavam nas galerias. Afirmou pretender focar seus projetos nas áreas de educação e cultura, na defesa de artistas circenses em geral e ciganos. Tiririca integrou a Comissão de Educação e Cultura da Câmara dos Deputados.

Em abril de 2011 se envolveu em controvérsia ao empregar dois amigos humoristas como assessores, sem obrigá-los a cumprir expediente diário na Câmara e gratificando-os com salário de R$ 8 mil reais, cada.

Em 2012, Tiririca foi um dos 25 indicados ao Prêmio Congresso em Foco, que elege o melhor parlamentar do ano, onde se destacou por ser um dos nove deputados (dentre 513) que participaram de todas as sessões de votação na Câmara em seu mandato.

Em 2013 em um artigo da revista Financial Times, cujo título era “O palhaço brasileiro perdeu o sorriso” (Brazil’s clown loses his smile), revelou estar decepcionado com a atuação da casa onde trabalha: “Você passa o dia inteiro fazendo nada, só esperando para votar alguma coisa enquanto as pessoas discutem e discutem” (G1). Ainda em 2013, Tiririca foi um dos 15 deputados sem faltas nos dias de votação na Câmara.

Em 2014, Tiririca volta a se candidatar à Câmara Federal, pelo mesmo partido, o PR. No seu horário eleitoral, ele chega até a imitar o cantor Roberto Carlos. Foi reeleito com 1.016.796 votos, 336.970 a menos nas eleições de 2010. O motivo foi que em 2010, foi eleito pelo voto de protesto e em 2014 foi reeleito pelo voto consciente de seus eleitores, disse ele.

Em 2015, Tiririca foi condenado a pagar uma indenização aos cantores Roberto e Erasmo Carlos por parodiar a música O Portão, nas eleições de 2014. (G1)

Em 2016, foi um dos deputados que votaram Sim pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff.

Fonte: Wikipédia

Jaqueline Aragão Cordeiro

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