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Coisa de Cearense
Jaqueline Aragão Cordeiro
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Entre histórias, cultura e os caminhos do nosso turismo, celebramos os encantos do povo cearense: saberes, curiosidades e tradições que embalam a alma do nosso lugar.

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A guerra dos bárbaros (Confederação dos Cariris)

Jaqueline Aragão Cordeiro, 24 de outubro de 20104 de junho de 2025

A “Guerra do Bárbaros“, também conhecida como “Confederação dos Cariris” foram os conflitos, rebeliões e confrontos envolvendo os colonizadores portugueses e várias etnias indígenas no sertão nordestino. Entre os estados do Piauí, Ceará, Paraíba, Rio Grande do Norte e Pernambuco, muitos índios reagiram atacando e matando  os povoadores destas regiões, devastando suas propriedades e bens diversos. Isto ocorreu no final do século XVII, no ano de 1686, quando os Janduíns, índios que habitavam  o Apodi, de Açú a Mossoró se revoltaram coletivamente tomando tal iniciativa. Esta revolta coletiva se expandiu de forma mais intensa no Ceará, mais precisamente no vale do Jaguaribe, seguindo para as capitanias de Paraíba, Pernambuco e Piauí, envolvendo as tribos dos Kanindés, Quichelôs, Tremembés, Icós, Acriús, Crateús, Anacés, Jenipapos, Kariris, Janduins, Baiacus, Jaguaribaras, dentre outras.

Dois anos após o início dos confrontos, em 1688, foram requisitados pelo Frei Manoel da Ressurreição o então governador geral do Brasil, os paulistas de São Vicente e São Paulo, mais conhecidos historicamente como os “bandeirantes”, objetivando liquidar com as rebeliões indígenas. A presença dos mesmos piorou a situação de imediato, provocando um aumento na revolta e nos grupos participantes inimigos dos colonizadores.

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Um ataque à Vila do Aquiraz, sede da Capitania do Ceará na ocasião foi executado, dizimando algo em torno de 200 pessoas, afugentando o restante da população para a foz do Riacho Pajeú, as quais buscaram proteção na Fortaleza de Nossa Senhora da Assunção através de seus canhões, acontecimento este que resultou na morte de inúmeros fugitivos ao longo do caminho.

Anos de combate se passaram, até que João de Barros Braga, o coronel cujo temível regimento iniciou suas atividades, com cavalaria formada por homens instruídos acerca das táticas de guerras indígenas e do território por onde passavam, e equipados com vestimentas de couro da mesma forma que os vaqueiros.

Subiram pelo vale do Jaguaribe, vale do Cariri até às extremidades do Piauí, promovendo em 1713, uma expedição guerreira que exterminou pelo caminho sem fazer qualquer distinção no tocante à idade ou sexo,  quase todos os indígenas. Foi assim que, afogada em um mar de sangue, extinguiu-se a Confederação dos Cariris, um triste episódio da História do Brasil, referido nos livros de História dos vencedores como “Guerra dos Bárbaros”.

ÍNDIOS FAMOSOS

Apesar da preponderância indígena, na formação racial do povo cearense, à hora de se escrever a história, os nomes de suas lideranças maiores raramente são considerados com os destaques merecidos. O podium da história nunca é reservado aos negros ou aos índios.

Diabo Grande: Dominava áreas dos atuais municípios de Ubajara e Ibiapina. Resistiu a colonização pretendida por Pero Coelho, em 1603, mas, derrotado, passou a colaborar. Foi quem fez o enterro do padre Francisco Pinto, após o seu assassinato. Lendário chefe da nação Tabajara.

Diabo ligeiro: Irmão do chefe Diabo Grande, “muito disposto, com falar grandioso e arrogante”, segundo o jesuíta padre Luiz Filgueira. Com a morte do padre Francisco Pinto, deixou o cabelo crescer e os tingiu, em sinal de luto.

Mel Redondo: Habitante da área da hoje Viçosa do Ceará. Com Diabo Grande Enfrentou Pero Coelho.

Algodão: Chefe Potiguar, da Ibiapaba e que acolheu o padre Francisco Pinto e Luiz Filgueira. Rebelar-se-ia e passou a ajudar os holandeses. Com a expulsão desses últimos, mudou-se para Camocim, onde mais rebelde ficou.

Paraupaba: Índio que estudou na Holanda e foi intérprete dos holandeses junto a nação Potiguara, lutava com os holandeses contra o domínio português no Brasil.

Francisco Caraia: Guia dos holandeses na busca da prata de Itarema.

Gonçalo: Acompanhou o capitão Simão Nunes e 18 soldados, quando, cansados de esperar pela volta de Pero Coelho da Paraíba, desistiram da empreitada colonizadora.

Ubauna: Aprisionado por Pero Coelho. Companheiro de Diabo Grande e Mel Redondo.

Cobra Azul: “Insidioso cacique“, segundo o padre Luiz Figueira, que aliás o hospedou após o padre escapar do massacre, no qual morreu o padre Francisco Pinto.

Cobra Azul, o moço: Diferente do pai, benquisto de todos. Foi quem levou o padre Luiz Figueira de volta a Barra do Ceará após o ataque dos Tapuias onde mataram o padre Francisco Pinto.

Milho Verde: Contemporâneo de Cobra Azul, como ibiapabano.

Índia Maria de Oliveira: Ligada a história de Baturité, incumbida de dar aulas de costura e confecção de rendas na primeira escola fundada naquele município.

Amarani: Líder dos índios Caucaias e que muito ajudou a catequese jesuítica naquela região.

Jacó: Índio que tinha uma grande veneração por São Benedito, festejava anualmente, daí vindo o nome do atual município.

Felipe Camarão (Potiguaçu): Prestou muito ao Brasil na luta contra os holandeses, juntamente com sua esposa Clara Camarão.

Fonte: Wikipédia / Ceará de Luz / História brasileira e outros
Jaqueline Aragão Cordeiro

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Comment

  1. Mestresabe disse:
    2 de dezembro de 2016 às 07:27

    18 exemplos do que os bêbados são capazes de fazer
    http://www.mestresabe.com/2016/12/18-exemplos-do-que-os-bebados-sao.html

    Responder

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