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Boticário Ferreira

Jaqueline Aragão Cordeiro, 27 de outubro de 20124 de agosto de 2017

Antonio Rodrigues Ferreira nasceu em Niterói, Rio de Janeiro, em 1801. Órfão de mãe e abandonado pelo pai, precisou trabalhar, ainda quase menino. Foi então, admitido na farmácia de um partidário liberal, cuja perseguição sofrida pelos conservadores, resultou na fuga de Ferreira para Recife. Lá, encontrou-se com o comerciante português Manuel Caetano de Gouveia, que residia no Ceará e o trouxe para Fortaleza em 1825. Manoel era homem reto, inflexível, mas extremamente bondoso e caridoso.

Prático em farmácia desde sua juventude, Ferreira empenhou-se em salvar a esposa de Manoel Caetano, que se encontrava muito doente e já desenganada pelos médicos. Obteve um sucesso surpreendente nessa missão, e agradecido, Manoel Caetano montou para ele uma botica na praça, que depois levou seu nome. Sua popularidade crescia e logo ganhou o apelido de “Boticário Ferreira”, do qual muito se orgulhava.

Em março de 1842, foi nomeado para o cargo de suplente de delegado de polícia do termo da capital, exercendo essa função algumas vezes, no decorrer de muitos anos. Nessa mesma época foi eleito vereador da Câmara de Fortaleza, e em 03 de março de 1843, cederam-lhe a presidência, honra que lhe foi mantida até sua morte em 1859.

Em abril de 1843, pediu providências ao Presidente da província para que fosse feito o levantamento da planta da cidade, e com a ajuda de Silva Paulet, começa a reestruturação de ruas e praças. Nesse mesmo ano, leva ao conhecimento da Assembléia Provincial, que o “Beco do cotovelo” fora quase todo demolido para a construção de uma praça, hoje, Praça do Ferreira.

Era também propósito seu, demolir o prédio da cadeia pública, hoje, Centro de Turismo do Ceará, e nesse local expandir a praça, objetivo esse não atingido por falta de verbas. Desapropriou os chamados “Quartos da Agostinha” e construiu nesse lugar, a sede da Assembléia Legislativa, hoje, Museu do Ceará.

Desobstruiu a alinhou ruas além de iniciar o plantio de árvores nas praças do Ferreira e José de Alencar. A gigantesca obra de Boticário Ferreira foi reconhecida até mesmo no exterior, quando o suisso Luis Agassis, que visitou Fortaleza pouco depois da morte do Boticário, registrou em seu livro os traçados organizados das ruas da cidade.

Boticário Ferreira faleceu no dia 29 de abril de 1859. Seus restos mortais estão no cemitério São João Batista.

Fonte: A praça, Mozart Soriano Aderaldo, 1989 / Pingos e respingos da história, Osmiro Barreto, 1982
Foto: Livro de Gustavo Barroso
Jaqueline Aragão Cordeiro

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