Roberto Lira Neto nasceu em Fortaleza, no dia 25 de dezembro de 1963. Fez o Ensino Médio na antiga Escola Técnica Federal do Ceará, atual Centro Federal de Educação Tecnológica do Ceará (CEFET-CE), onde cursou Estradas e obteve o diploma de técnico em Topografia. Porém, nunca exerceu a profissão.
Antes de dedicar-se ao jornalismo, trabalhou como professor de História, Redação e Literatura, em vários colégios de Fortaleza.
Cursou Filosofia (Faculdade de Filosofia de Fortaleza), Letras (Universidade Estadual do Ceará) e Jornalismo (Universidade Federal do Ceará). Como jornalista, começou como revisor do Diário do Nordeste, em Fortaleza, e posteriormente transferiu-se para o jornal O Povo também em Fortaleza, no qual ocupou entre outras funções as de repórter especial, editor de cultura e ombudsman.
Nos início dos anos 80, ainda morando em Fortaleza, escreveu e publicou poesia alternativa, destacando-se como um dos principais nomes da chamada “poesia marginal” do Ceará. São desta época uma série de folhetos xerocados e mimeografados de sua autoria, como Gamões; Fliperamas, Roteiro dos Círculos e Girassol Marginal.
Radicado hoje na cidade de São Paulo, possui artigos, entrevistas e reportagens publicados em alguns dos principais jornais e revistas do Brasil.
Além de jornalista e escritor, também é editor de livros. Já trabalhou como coordenador editorial de duas editoras: Edições Demócrito Rocha (Fortaleza) e Contexto (São Paulo). É um jornalista especializado em biografias.
Em 2007, foi agraciado com o Prêmio Jabuti de Literatura, na categoria melhor biografia do ano, pelo livro O inimigo do Rei: Uma biografia de José de Alencar ou a mirabolante aventura de um romancista que colecionava desafetos, azucrinava D. Pedro II e acabou inventando o Brasil (Editora Globo). O extenso subtítulo da obra é uma referência à estética do folhetim do século XIX.
OBRAS
* Getúlio (1930 – 1945) (Companhia das Letras, 2013) – o 2° volume da trilogia biográfica sobre o advogado e político brasileiro Getúlio Dorneles Vargas. A pesquisa rigorosa e o texto cativante continuam nesta parte central da saga contando a trajetória do líder responsável pelas mais profundas transformações do País no século XX. O livro reconstitui os mandatos do gaúcho de São Borja no Palácio do Catete como chefe do Governo Provisório (1930-4), como presidente constitucional (1934-7) e por fim como ditador (1937-45) bem como os meandros de sua vida privada e a sua astúcia calculista em suas plenitudes.
* Getúlio (1882 – 1930): Dos Anos de Formação à Conquista do Poder (Companhia das Letras, 2012) – o 1° volume da trilogia biográfica sobre o advogado e político brasileiro Getúlio Dorneles Vargas. O livro é baseado ao profundo em documentos a exemplos de cartas pessoais, memorandos oficiais, diários íntimos, autos judiciais, boletins de ocorrência, notícias de jornal, anúncios de publicidade, charges, hinos, marchinhas, livros de memórias, entrevistas, depoimentos… dentre outros.
* Padre Cícero: Poder, Fé e Guerra no Sertão (Companhia das Letras, 2009) – biografia do sacerdote Cícero Romão Batista, figura carismática e polêmica que foi excomungado, mas arrebatou milhões de fiéis.
* Maysa: Só numa multidão de amores (Editora Globo, 2007) – biografia da cantora Maysa Matarazzo, um dos maiores nomes da música popular brasileira, ícone das canções de “fossa” e uma das pioneiras da bossa nova. O livro mostra toda a trajetória pessoal e profissional da artista, a cujo acervo (diários, correspondência, bilhetes, álbuns de recortes etc.) o autor teve livre acesso, pelas mãos do filho da biografada, Jayme Monjardim.
* O Inimigo do Rei: Uma biografia de José de Alencar (Editora Globo, 2006) – biografia do escritor, jornalista e político brasileiro José de Alencar, autor de obras-primas do Romantismo como O Guarani, Iracema e Lucíola. Baseada em documentos inéditos ou pouco visitados pela historiografia, a obra mostra um lado menos conhecido do famoso escritor romântico: o de mordaz polemista.
* Castello: A marcha para a ditadura (Contexto, 2004) – biografia do ex-presidente Humberto de Alencar * Castello Branco, o primeiro dos generais a assumir o poder após o movimento militar deflagrado em 1964. Baseado em documentos do período, o livro mostra como um general que sempre trabalhou nos bastidores da caserna conseguiu aglutinar em torno de seu nome um expressivo grupo de empresários, ruralistas e militares para chegar à presidência após derrubar o então presidente João Goulart, constitucionalmente eleito.
Jaqueline Aragão Cordeiro