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Maranguape

Jaqueline Aragão Cordeiro, 9 de novembro de 20168 de novembro de 2016

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Intendência municipal – 1878

Maranguape está localizada na Região Metropolitana de Fortaleza, a 27 Km da capital. É a cidade natal de Álvaro da Cunha Mendes, da abolicionista Elvira Pinho, do Tenente Jaime Benévolo, do jurista Capistrano de Abreu, do humorista Chico Anysio, dentre outros.

As origens do município datam do século XVII, quando a frota de Matias Beck, composta de três iates e outras embarcações menores, chegou ao Ceará, conduzindo cerca de 298 homens, entre soldados, índios e negros escravos.

Os holandeses tiveram notícia da existência de minas de prata no monte Itarema, na Serra da Aratanha, próximo ao lugar onde acamparam e não muito distante da Serra de Maranguape. Por meio de promessas e dádivas, conseguiram dos chefes indígenas algumas indicações sobre o local exato onde se encontravam as cobiçadas jazidas.

A expedição holandesa ao Monte Itarema constitui a primeira penetração do homem branco nas terras do atual município de Maranguape, àquela época habitada por índios potiguaras, que dominavam a faixa litorânea, desde o Rio Grande do Norte até a barra do Ceará e daí ao Piauí.

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Grupo Escolar Capistrano de Abreu – 1951

As primeiras sesmarias concedidas no início do Século XVIII tiveram como donatários o tenente Pedro da Silva e Amaro Morais, em 12 de julho de 1707; Jorge Silva, em 29 de dezembro de 1711; capitão Soares de Oliveira, em 17 de julho de 1717; José Gonçalves Ferreira Ramos e Felipe Loureço, em 1790.

O povoamento, entretanto, efetivou-se nos primórdios do Século XIX com a atuação do português Joaquim Lopes de Abreu que, por doação do governo na metrópole, entrou no domínio de algumas sesmarias, incorporando-as a outras anteriormente compradas.

Logo surgiram ruas na margem do riacho Pirapora, em torno de uma capelinha, construída para atender às necessidades religiosas dos moradores, que se ocupavam nas atividades agrícolas, especialmente na cultura do café. Em 1851-1852 a produção de café da província era obtida quase toda nas serras de Maranguape.

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Casa de Chico Anisio – Foto: Jamile Andrade

O processo definitivo de povoamento das terras de Maranguape somente ocorreu no inicio do século XIX, com a chegada do português Joaquim Lopes de Abreu. Com Abreu nasceu o núcleo original da atual cidade de Maranguape, mais ruas na margem esquerda do riacho Pirapora, ao lado de uma capelinha a Nossa Senhora da Penha, erguida pelo colonizador lusitano para que os moradores das suas terras pudessem rezar. O aglomerado recebeu o nome de Alto da Vila, hoje denominado Outra Banda. Em 1760 foi rebatizado como Maranguape.

As primeiras manifestações de apoio religioso decorrem de Lei Provincial nº 485, de 4 de agosto de 1849. A primitiva capela, que teve como padroeira Nossa Senhora da Penha, situava-se à margem direita do Riacho Pirapora, no lugar posteriormente denominado de Outra Banda.

Por falta de condições físicas, a primeira capela foi demolida e em seguida, foi construído um templo com estruturas mais amplas. As obras foram suspensas por motivo de desavenças entre os habitantes de Outra Banda e moradores da margem esquerda do riacho Pirapora.

A questão girava em torno do padroeiro cuja preferência se dividia entre Nossa Senhora da Penha e São Sebastião. Resultou, então, o impasse a edificação do templo dedicado a São Sebastião e o reerguimento da extinta capela em honra de Nossa Senhora da Penha, dividindo-se também o padroado.

Maranguape foi elevada à categoria de Vila em 17 de novembro de 1851. Em 1869, ganhou o status de Cidade, emancipando-se de Fortaleza.

Em 1875 a cidade recebe um grande impulso econômico, com a inauguração da Estrada de Ferro de Baturité e a estação do trem, funcionando até o ano de 1963, quando foi desativada. Na segunda metade do século XIX, os portugueses que aqui estavam iniciam mais uma atividade econômica, a plantação de cana de açúcar e a produção da cachaça.

Um grande atrativo da cidade, é o IPark, museu e parque de esporte, antes pertencente ao Grupo Ypioca.

Os principais eventos culturais são:
Festa de São Sebastião (20 de janeiro)
Carnaval das Cinzas (fevereiro)
Farinhada e Cavalgada – Cachoeira (em março – sábado que antecede o dia 19 de março)
Festival do Feijão verde – Cachoeira (abril)
Festival do humor (maio)
Festival junino (junho)
Festa de Santa Ana – Cacimbão (16 a 26 de julho)
Feira de Artesanato (agosto)
Dia da Independência (7 de setembro)
Festa de Nossa Senhora da Penha (8 de setembro)
Vaquejada – Itapebussu (fim de setembro)
Festa de São Miguel – Itapebussu (29 de setembro)
Festa de Nossa Senhora do Rosário – Umarizeiras (7 de outubro)
Dia do Município (17 de novembro)
Parada Pela Diversidade Sexual de Maranguape (último domingo de novembro)
Festa de Santa Luzia – Lages (3 a 13 de dezembro)
Corrida de Jumentos em Lages.
Réveillon da cidade (31 de dezembro)
Festejos do Distrito de Tanques (11 a 21 de Setembro) – Terceiro Sábado do Mês de Setembro
Festa de Santa Terezinha – 1º de Outubro
Festa de Nossa Senhora da Conceição (28 de Nov. a 08 de Dez) – Paróquia de Tabatinga

Jaqueline Aragão Cordeiro

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