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Jaqueline Aragão Cordeiro
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Entre histórias, cultura e os caminhos do nosso turismo, celebramos os encantos do povo cearense: saberes, curiosidades e tradições que embalam a alma do nosso lugar.

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Algaroba e Palma

Jaqueline Aragão Cordeiro, 15 de abril de 201118 de fevereiro de 2017

A seca tem obrigado os sertanejos a alimentarem seus rebanhos com dois tipos de pastagens conhecidas como algaroba e palma. A algaroba é uma árvore alta, folheada de verde independentemente da estação, de raízes profundas, vagens grandes, sementes nutritivas, além de abundante na região dos Inhamuns (Tauá, Parambu, Arneiroz, Catarina, Saboeiro e Aiuaba). A vagem produzida em abundância é catada e depois moída, além das folhas verdes que, cortadas servem de alimento para os animais.

A palma é um cacto quase rasteiro que cresce em forma de palmatória. As palmas depois de dois anos poder ser cortadas sem atingir seu pé, para que produza novas palmatórias um ano depois do primeiro corte.

A algaroba demora dois anos para soltar suas primeiras vagens e um pé vive muitos anos se escapar dos ventos fortes dos Inhamuns. Originária do Chile e introduzida no Nordeste do Brasil, resiste à seca e não perde as folhas como outras árvores.

A palma resiste à seca e cresce melhor na caatinga e para dar aos animais pode-se fazer uma pasta ou em pedaços. Na caatinga úmida e no agreste, constitui a reserva mais volumosa e mais barata de alimento para o gado leiteiro e de corte, é fraca em proteínas, porém, faz boa mistura com outros alimentos, pura, não mantém o gado em boas condições de saúde e de peso, mesmo num prazo curto.

Segundo o Dr. Tomaz Pompeu Sobrinho, existia antigamente nas fazendas como planta ornamental, e, em 1912 DNOCS a importou dos EUA. Elas foram plantadas em Quixadá e em 1933 já existiam plantações em Caruaru e Custodio, em Pernambuco. Foi nesses municípios que o serviço agroindustrial comprou palmas e plantou 220 campos do Piauí até a Bahia, em 1933/34, por ordem do Dr. José Américo de Almeida, então Ministro da Viação. Data dessa época a maior disseminação da palma no polígono das secas. Em 1935, o Dr. J. A. Trindade, chefe do SAI, importou variedades da palma sem espinho da África do Sul. Fora plantadas no açude Conrado (PB), sendo, porém, muito graúdas, não apresentaram vantagem sobre as variedades já existentes na região.

Fonte: Revista do Instituto do Ceará – A seca: Algaroba e Palma (Aroldo Mota, sócio efetivo do Instituto do Ceará).
Imagens: Internet

A seca não poupa ninguém da miséria e da fome, já tivemos relatos aqui no Ceará, de sertanejos que escapavam da fome comendo uma pasta feita com palma e sal…

Jaqueline Aragão Cordeiro

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