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Joaquim de Oliveira Catunda

Jaqueline Aragão Cordeiro, 12 de junho de 20196 de fevereiro de 2025

Joaquim de Oliveira Catunda nasceu em Santa Quitéria, no dia 02 de dezembro de 1834, e faleceu no Rio de Janeiro, no dia 29 de julho de 1907. Foi enterrado nesta cidade, no Cemitério São João Batista. Era um dos cinco filhos do capitão Antônio Pompeu de Sousa Catunda e de Inocência Pinto de Mesquita. Seu pai era irmão de Tomás Pompeu de Sousa Brasil e primo dos padres Gonçalo Mororó e Miguelinho(*). Antônio e Inocência eram primos em segundo grau e eram bisnetos de João Pinto de Mesquita, o colonizador pioneiro da região de Santa Quitéria.

Antônio e Inocência tiveram outros filhos: Thomaz de Aquino Sousa Catunda, Ludovico Praxedes de Sousa Catunda e Maria de Souza Lopes.

Senador Thomaz Pompeu

Ainda jovem, em 1849, Joaquim foi levado por seu tio e padrinho, Senador Thomaz Pompeu, para estudar em Fortaleza, no Liceu do Ceará. Em 1853, ingressou no Exército Brasileiro, indo prestar serviço no Primeiro Batalhão de Artilharia, no Rio de Janeiro, e, entre 1857 e 1860, estudou Agrimensura na Escola Militar. Após sua baixa, seguiu para Alagoas em comissão para o governo, a demarcar as terras devolutas do Urucu.

Aprovado em concurso público, tomou-se funcionário da Alfândega do Ceará, em 1864, servindo também em Maceió. Três anos depois, foi nomeado professor de instrução primária no Ipu. No ano seguinte, foi nomeado oficial maior da Secretaria do Governo e, em 1879, Secretário da Relação do Distrito. Foi professor de Filosofia do Liceu do Ceará (1882) e professor de Alemão da extinta Escola Militar do Ceará, representou o Ceará na Assembleia Provincial nos biênios de 1866/67, 78/79, 80/81 pelo Partido Liberal e fez parte do Conselho de Instrução Pública.

Em Ipu, foi aliado do Padre Francisco Correia de Carvalho e Silva, Vigário Colado da Paróquia e importante liderança política local, que também foi Deputado na Assembleia Provincial em várias legislaturas e chegou a presidir em 1866. Após uma ruptura com o antigo aliado, publicou em 1861, pela Tipografia de “O Cearense”, uma curiosa e furiosa “Biografia do Rev. Padre Correia – Vigário do Ipu”, na qual atacava sem piedade o pároco local. O documento foi republicado no livro “O Bacamarte dos Mourões”, de Nertan Macedo (Instituto do Ceará, 1966). Consiste num panfletário ataque que mostra com riqueza uma forma usual de se fazer política no século XIX, com agressões pessoais. Conste que o Padre não era simples vítima, uma vez que o sítio da Assembleia Legislativa do Ceará nos informa que “era político militante e decidido, e ocupava constantemente a tribuna da Assembleia.

As suas falas cercavam-se de vigor e veemência, quase sempre chegando às raias da agressão verbal, como se depreende das notas contidas nos Anais da Casa” Ex-Presidentes da Assembleia Legislativa do Ceará.”
Enquanto seu tio foi vivo, respeitou suas ideias monárquicas e tomou parte nas lutas do Partido Liberal. Depois de sua morte, juntamente com alguns amigos, como Adolfo Caminha, José do Amaral, João Cordeiro, João Lopes, Jovino Guedes e Antônio Sales, fundou o Centro Republicano do Ceará.

Nas eleições de 1890 foi eleito Senador da República, sendo reeleito seguidamente até o seu falecimento, aos 73 anos de idade.

No Instituto do Ceará, de que era membro conspícuo (ilustre), exerceu desde sua criação o lugar de 1º secretario e para sua Revista contribuiu em 1887 com o trabalho “Origens americanas, Imigrações pré-históricas” e em 1888 com um outro sob o título, “As evoluções do clima”.

Foi casado com Maria Libânia Catunda, com quem teve os filhos: Ab-del-kader de Sousa Catunda e Abdel Rhamam Catunda.

Obras: Biografia do Reverendo Padre Correia e Estudos de história do Ceará

(*) Miguel Joaquim de Almeida e Castro, o Padre Miguelinho (Natal, 17 de setembro de 1768 — Salvador, 12 de junho de 1817). Participou em 1817 da revolução Pernambucana. Foi preso no dia 21 de maio de 1817 e levado à Fortaleza das Cinco Pontas, junto com outros 72 revolucionários, que depois também seguiram para Salvador, onde desembarcaram em 10 de junho. Foi condenado pelo crime de lesa-majestade e fuzilado no dia 12 de junho de 1817, sendo enterrado no Cemitério do Campo da Pólvora.

Fonte: Wikipedia / Academia Cearense de Letras
Jaqueline Aragão Cordeiro

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Comment

  1. Ararendá disse:
    20 de janeiro de 2024 às 07:25

    “O Bacamarte dos Mourões”, de Nertan Macedo (Instituto do Ceará, 1966)
    Todo cearense deveria ler…

    Responder

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