Francisca Carla

Francisca Quirino nasceu em Ubajara em 1910 e faleceu em Tianguá, no dia 23 de Abril de 1953. Mais conhecida como Francisca Carla, foi uma empregada doméstica falecida vítima de hanseníase, que virou mártir na cidade de Tianguá e região da Ibiapaba. Francisca Carla, era filha de Ana Quirina e pai desconhecido, foi adotada aos 8 anos por um casal de lavradores e padrinhos, Joaquim Carlos de Vasconcelos e Maria Rodrigues de Vasconcelos. Daí surgiu o nome “Francisca Carla”, em virtude do “Carlos”, de seu adotante. Depois da adoção, passou a trabalhar como lavradora e eventualmente em casas de família Continue lendo Francisca Carla

Fideralina Augusto Lima

Fideralina Augusto Lima nasceu em na Vila de São Vicente Férrer das Lavras da Mangabeira, no dia 24 de agosto de 1832 e faleceu no Sítio Tatu, de sua propriedade também em Lavras da Mangabeira, no dia 16 de janeiro de 1919. Era a filha mais velha de Isabel Rita de São José e do Major e político local João Carlos Augusto. Foi casada com o Major Ildefonso Correia Lima, Capitão da 1ª Companhia do Batalhão nº 28 e Major Fiscal da Guarda Nacional de Lavras, com quem teve doze filhos. Senhora de inúmeras propriedades rurais no município e prédios Continue lendo Fideralina Augusto Lima

José Antonio do Fechado

José Antônio de Sousa Uchôa nasceu em Canindé, em 1824 e faleceu na Fazenda Lagoa das Pedras, no dia 21/06/1918, também em Canindé. Tinha fama de valente, os amigos diziam que o jovem era homem corajoso, cavalheiro e generoso, já seus inimigos, diziam que não passava de uma fera e o perseguiam implacavelmente. Era filho do Capitão José Bernardo de Sousa Uchôa, antigo presidente do senado da câmara, proprietário da Fazenda do Fechado e um dos homens mais influentes da localidade. Tinha como maior inimigo o Coronel Manoel Mendes da Cruz Guimarães e como no sertão, o ódio dos pais Continue lendo José Antonio do Fechado

Zé Tatá

José Benedito de Lima (José Vicente de Carvalho) nasceu em Salvador em 1929. Aos 2 anos de idade perdeu seu pai, vítima de um acidente em treinamento militar. Filho único de mãe viúva, foi criado em Fortaleza, em um conjunto habitacional do Exército. Para complementar a renda, pois a pensão que recebia era modesta, trabalhava como empregada doméstica. José Benedito estudou no Colégio Marista, onde ganhou o apelido de “Zé Tatá”, pois dizem que quando a professora o repreendia, nervoso ele respondia: “tá, tá”, dai veio “Zé Tatá”. Sua infância foi como de toda criança, passou por todas as fases, Continue lendo Zé Tatá

Mártir Benigna

Benigna Cardoso da Silva nasceu no dia 15 de outubro de 1928. Era filha de José Cardoso da Silva e de Thereza Maria da Silva, ficou órfã de pai e mãe na infância, juntamente com seus três irmãos mais velhos. Benigna então, passou a ser criada pelas senhoras Rosa e Honorina Sisnado Leite, filhas de Leonor e Cirineu Sisnando, proprietários do sítio Oitis. Lá, a menina estudava e ajudava nos afazeres domésticos. Era fim de tarde do dia 24 de outubro de 1941, Benigna carregava um pote, quando foi violentamente atacada e assassinada com golpes de facão por Raul Alves Continue lendo Mártir Benigna

Santa Adelaide

Adelaide Elias Tahim, também conhecida por Milaide, nasceu no dia 01 de julho de 1882 em Belém, na Palestina. Casou-se com Demétrio Elias Tahim, também natural da Palestina. Fugindo da guerra, foram para os Estados Unidos e depois vieram para o Brasil fixando residência na Praia das Almas, no município de Barroquinha. Adelaide e seu esposo eram negociantes de tecidos, conta-se que ela era uma pessoa muito caridosa e sempre dava roupas aos mais necessitados. Faleceu no dia 26 de março de 1929 durante o parto do seu décimo filho, que nasceu vivo e saudável. No dia 03 de maio Continue lendo Santa Adelaide

Sebastião Grande de Arruda

Sebastião Grande de Arruda foi um abolicionista negro que, embora tendo nascido em Aracati, atuou durante muito tempo em Pernambuco. Serviu na Guerra do Paraguai, na Armada Imperial, tendo feito parte da guarnição do transporte de guerra “Jaguaribe”. Após a guerra, retornou a Recife, onde passou a viver de empregos modestos, como zelador da Sociedade Recreativa da Juventude e mais tarde, sacristão da Igreja da Conceição dos Militares. Descendente de africanos, dedicou-se com entusiasmo e abnegação à causa abolicionista, tendo sido um dos fundadores do Clube do Cupim, onde exerceu a função de auxiliar, sob o pseudônimo de “Mucuripe”. Faleceu Continue lendo Sebastião Grande de Arruda

A noite das garrafadas

A noite das garrafadas foi um conflito ocorrido no Rio de Janeiro no dia 13 de abril de 1831, entre portugueses pró-monarquia, e brasileiros revoltados com o autoritarismo de D. Pedro I e desconfiados que ele pudesse, de alguma forma, tentar unir Portugal ao Brasil, pois, apesar da declaração de independência, todos os cargos importantes do governo, eram ocupados por portugueses. Assumindo uma postura cada vez mais autoritária, o imperador fechou a assembleia nacional constituinte e impôs aos brasileiros, a primeira constituição do país. A tensão entre os liberais ampliou-se até a imprensa, quando o monarca mandou processar o jornalista Continue lendo A noite das garrafadas

O primeiro voluntário cearense da Guerra do Paraguai

O dia 28 de janeiro de 1865 amanheceu com um movimento fora de seus costumes, nas imediações da praia de desembarque, pois chagara do sul, o navio que trazia as correspondências  Por volta das 11 hs, a sede dos correios se encheu de gente em busca de suas cartas e jornais do Rio de Janeiro, para saberem das novidades.   No meio da multidão, no salão estreito, em um canto, aguardando a sua vez, estava um rapaz de 20 anos, de olhar vivo, fisionomia inteligente, assobiando despreocupado. O carteiro iniciou a distribuição chamando pelos nomes. Um popular lia o “Jornal do Continue lendo O primeiro voluntário cearense da Guerra do Paraguai

José Leão e Pataca

PINTURA DE RUGENDAS Manuel da Cunha Pereira era proprietário da fazenda Senhorial do Boqueirão, na margem esquerda do rio Jaguaribe. Seus antecedentes se estabeleceram no Jaguaribe no final do século XVII, vindos de Pernambuco. Eram descendentes dos Barbosa Cordeiro e dos Cunhas, de nobre genealogia. Na região não se davam conta da descendência nobre dos Cunhas Pereira e os rotulavam, desde o final do século XVIII, simplesmente como os “Cunhas do Boqueirão”, respeitando, porém, seu prestígio e sua força. Manuel da Cunha Pereira, tornara-se no começo do século XIX, um dos homens mais poderosos do Jaguaribe, acostumado a fazer justiça com as Continue lendo José Leão e Pataca

A tragédia de Antonio Gomes Grangeiro

Antonio Gomes Grangeiro era casado com D. Maria Celina e tiveram onze filhos, dentre eles, o empresário João Grangeiro. Eram proprietários do Sitio Salvaterra, cerca de 300 hectares plantados com cafezal, cana-de-açúcar e gado, na zona serrana de Brejo Santo. Antonio era grande amigo e compadre de Chico Chicote, homem corajoso e insolente, de família tradicional, controlava a pequena cidade de Brejo Santo, no Cariri cearense. Chico envolveu-se em uma briga com Zé Salviano e o matou. A família da vítima, pensando que Antonio Grangeiro teve envolvimento com a morte de Zé Salviano, se apropriaram de uma faixa de terra do Continue lendo A tragédia de Antonio Gomes Grangeiro

Anônimos da história – Cosme Bento das Chagas

Cosme Bento das Chagas nasceu em Sobral por volta de 1800 a 1802 e faleceu em Itapecuru-Mirim, no dia 20 de setembro de 1842. Em 1830, já alforriado, foi preso em São Luís, no Maranhão, por ter assassinado Francisco Raimundo Ribeiro. Fugiu da prisão e, após um período em que pouco se sabe sobre sua vida, se torna líder de quilombos e passa a ser conhecido em 1839 por alguns incidentes provocados por negros na Vila de Itapicuru-Mirim. Em dezembro do ano anterior o movimento conhecido como Balaiada eclodiu no Maranhão a partir da invasão da cadeia da Vila da Continue lendo Anônimos da história – Cosme Bento das Chagas

Antônio de Oliveira Pluma

Antonio de Oliveira Pluma foi um dos desafetos do Ten. Cel. João André, que a frente da “Comissão Matuta” tirou a vida de muitos inocentes, foi a única vítima a sobreviver, conforme veremos. Pluma estava com os olhos vendados, sentado na cadeira em que seria fuzilado, na Praça do Paço da Câmara Municipal de Icó. A uma distancia de 9 passos estava o algoz de granadeira na mão, disparou o primeiro tiro, que não atingiu o alvo, disparou o segundo e logo depois o terceiro, e a vítima, que durante os disparos fazia fervorosas orações ao Senhor do Bomfim, foi Continue lendo Antônio de Oliveira Pluma

Anônimos da história – José Luiz Napoleão

A libertação dos escravos no Ceará teve vários personagens, o mais destacado foi sem dúvida Chico da Matilde, o Dragão do Mar. Mas, falham os relatos da história ao obscurecerem a participação de José Luiz Napoleão, negro liberto, chefe da capatazia do porto e o responsável pela greve dos jangadeiros nos dias 27, 30 e 31 de janeiro de 1881.Napoleão comprou sua liberdade, e com suas economias também libertou quatro irmãs. Juntamente com sua mulher, a preta “Tia Simoa”, aliciou pessoas e deu impulso à greve dos jangadeiros que impediu o embarque de inúmeros escravos para outras províncias.Sua participação não Continue lendo Anônimos da história – José Luiz Napoleão

Dona Marica Lessa

Maria Francisca de Paula foi a primeira filha de Francisca Maria de Paula e de seu primo, o Capitão-Mor José dos Santos Lessa. Na região, ninguém superava o Capitão-Mor em riqueza e prestígio.Maria Francisca nasceu em Quixeramobim, em dias de janeiro de 1804 e por ser a única filha mulher do casal com quatro filhos, foi criada com certa liberdade, o que motivava algumas queixas dos parentes mais íntimos. Na adolescência dividia seu tempo na fazenda ou em temporadas na vila de Quixeramobim, ali frequentava as casas das amigas ou perambulava pelas ruas para saber do dia-a-dia dos moradores e Continue lendo Dona Marica Lessa