Anônimos da história – Coronel Isaías Arruda

Naquela tarde cinzenta de sábado, dia 4 de agosto de 1928 quando muitos já se esqueciam dos episódios um ano antes relacionado à presença do rei do cangaço na região, aconteceu novo fato que deixou a cidade em polvorosa. A pedra da estação estava lotada de passageiros e visitantes que  esperavam o trem vindo da capital que trazia consigo as notícias e as novidades da Fortaleza e do mundo. Curiosos, viajantes, chapeados, crianças e vendedores ambulantes, todos se aglomeravam na expectativa da passagem do trem. O que todas essas pessoas não esperavam é que ali fosse ser palco de um Continue lendo Anônimos da história – Coronel Isaías Arruda

Anônimos da história – Padre João Alveres da Encarnação

O padre João Alveres da Encarnação nasceu dia 04 de março de 1634 em Portugal, era descendente de uma ilustre família local. Desde cedo mostrou seus dons religiosos, sua bondade e boa índole tornaram fácil sua educação. Veio se congregar no Convento de Santo Amaro em Olinda, o padre foi destinado para ensinar e converter os nativos pagãos que não se preocupavam em buscar a salvação de suas almas. A confiança em Deus o fazia desprezar perigos, não fraquejar na sua missão, não temer demônios ou perseguições e viver contente com as diversidades impostas à sua missão. Quando doente, esperava Continue lendo Anônimos da história – Padre João Alveres da Encarnação

Francisco Dias, um amigo anônimo de Martiniano de Alencar

Fugindo das tropas que perseguiam os envolvidos na Confederação do Equador (1824), o padre José Martiniano de Alencar saiu de Exu e veio para o Ceará, na esperança que em sua terra natal fosse mais fácil se esconder. Chegando em Riacho da Brígida, hospedou-se numa pousada do lugar. Já se sentia aliviado, quando no terreiro da hospedaria, ouve um homem contar que um grupo de soldados se encontrava ali perto, a procura de um fugitivo. Ao ouvir tais comentários, Alencar sai em disparada pelos prados e matas que se estendiam a perder de vista. Foi dar em um sítio, onde Continue lendo Francisco Dias, um amigo anônimo de Martiniano de Alencar

Domiciano e Luiza Felício

Na manhã de 05 de novembro de 1850 correu em Aracati a notícia do assassinato de Joaquim Pereira Chaves, conhecido como “Coringa”. Havia sido morto de madrugada por sua mulher Luiza Felício do Nascimento  e pelo negro Domiciano Francisco José. Após o crime, os dois fugiram juntos. O sub-delegado Raymundo Antunes de Oliveira mandou o perito Dr. Marcos José Theóphilo fazer as averiguações no local do crime, onde o mesmo constatou que a morte foi causada por 13 ferimentos feitos por um instrumento perfuro-cortante, e apesar de testemunhas afirmarem que a vítima tinha na fronte um ferimento parecido com corte Continue lendo Domiciano e Luiza Felício

ANÔNIMOS DA HISTÓRIA – CAPITÃO MANOEL HONORATO

Seguia o jovem Luciano Rodrigues de Araújo para seu casamento na fazenda Tapuiará de Cima, com Joanna Barreira, filha do fazendeiro Ignácio da Silva Barreira, quando foi alvejado a tiros pelo matador de aluguel Estácio José da Gama, que fora pago para cometer este crime. Luciano morava em Boa Viagem, onde era um rico fazendeiro e prometeu casar-se com a sobrinha de Helena Maciel, irmã de Antonio Conselheiro, mulher terrível, que mandou matar o jovem por ter deixado sua sobrinha predileta, a quem prometera casamento. Mas tamanho era o amor de Luciano e Joanna, que mesmo atingido no peito por Continue lendo ANÔNIMOS DA HISTÓRIA – CAPITÃO MANOEL HONORATO

Anônimos da história – José Balthazar (Dedé)

Em 1865, em Romão, distante 3 quilômetros de Quixadá, morava um vaqueiro chamado José Balthazar, conhecido como “Dedé”. Homem branco, baixo, barbado, falador e visivelmente nervoso. Criatura mesquinha, conhecido por sua excessiva sovinagem, de modo que possuía alguns animais e guardava todo dinheiro que ganhava, deixando a mulher e os filhos a míngua. Era casado com uma sobrinha chamada “Naninha”, com quem tinha cinco filhos, e costumava bater. Um dia viajou, e sua mulher, que estava prestes a dar a luz ao sexto filho, não tendo um cueiro sequer, vendeu um dos pequenos queijos que produziam, os quais ele deixava Continue lendo Anônimos da história – José Balthazar (Dedé)

Os escravos Iria e Luiz

Era viúva em Quixeramobim, Joaquina Eufrazina de Almeida, esta, mantinha um caso amoroso com Thomaz Pinto Pereira, que sempre a visitava em horas impróprias da noite. Em certa ocasião, este esbofeteou a mulata Iria, escrava estimada pela viúva. Revoltada, Iria procura o preto Luiz, escravo que mantém grande amor por ela, mas esta sempre o rejeitou, sem jamais corresponder a um carinho seu, ela promete, que se ele matar Thomaz atenderá aos desejos dele.  Cheio de esperança e movido pelo amor que sentia pela maliciosa Iria, trata de armar um plano. Como já era sabido, Thomaz sempre visitava a viúva Continue lendo Os escravos Iria e Luiz

Anônimos da história, José Vieira de Matos

Era o ano de 1860 quando chegou de Pernambuco em Quixadá, José Vieira de Matos. Homem branco, estatura mediana, espirituoso, queixo largo, barba espessa, sobrancelhas grossas e bastante peludo, aparentava ter muitos bens. Vestia-se com elegância e costumava cavalgar a tarde pelo vilarejo, exibindo seu belo cavalo. Seu carisma logo conquistou a todos, e algum tempo depois casou-se com Antonia Fernandes, filha do rico fazendeiro Manoel Fernandes. Fixou-se na Serra do Estevam e envolveu-se em política, com sua influência, levava grande número de eleitores para votar em Quixeramobim, quando as eleições ainda eram pelo voto indireto. Não demorou muito para Continue lendo Anônimos da história, José Vieira de Matos

Anônimos da história – José de Fogo

José Soares de Souza nasceu na fazenda São Francisco, município de Ipu, em 1840. Filho de Félix Souza Soares e Anna Rodrigues de Farias. Era um menino audaz, sagaz e meio atrevido, tinha a pele rubra, cabelos alourados e pequenos olhos castanho amarelado. Certa vez, na fazenda Evangelina, os vaqueiros abriram a porteira do curral para levar de volta ao campo, um grande lote de cavalos bravos, Zé, que estava sentado num mourão do curral observando atento os animais, salta de repente sobre um potro e o animal dispara furioso como um raio, atravessou o vasto pátio, sumindo no mato. Continue lendo Anônimos da história – José de Fogo