O Ceará, ferreiro da maldição, por Rodolfo Teófilo (Parte 2)

A humanidade será sempre uma vasa infecta. Da vermineira surgem divindades. Da podridão brotam lírios imaculados. É o contraste da noite e do dia. Pasteur, São Vicente de Paulo, Jenner e São Francisco de Assis vem das trevas projetando luz!… Cabral foi um criminoso arrancando o Brasil do desconhecido. Na comunhão brasileira, tu és o ferreiro da maldição. Tuas irmãs contam com a regularidade das estações, com a estabilidade do clima. Se não tem certas pragas que as perseguem, se não conheces o frio das geadas, a chuva de granizo, que arrasa as searas em instantes, a praga de gafanhotos, Continue lendo O Ceará, ferreiro da maldição, por Rodolfo Teófilo (Parte 2)

O Ceará, ferreiro da maldição, por Rodolfo Teófilo (Parte 1)

Bela terra de Iracema, terra de areias brancas, de mar verde esmeralda, em que, à noite, o céu é azul como em paragem alguma do mundo. Terra minha amada, como és formosa, como és infeliz! Quando saíste do caos, quando te individualizaste à face do planeta, estranho na comunhão do cosmos, os fardos te sangraram mártir, e a natureza te deu belezas como não as deu às tuas irmãs. Nasceste sofrendo as inclemências de um clima vario, predestinada ao martírio, ora calcinada pelo sol, ora afogada nas águas que caem do céu. Mártires são os teus filhos desde os tempos Continue lendo O Ceará, ferreiro da maldição, por Rodolfo Teófilo (Parte 1)