Antônio Gonzaga Marreiro (Tonico Marreiro) – O poeta dos sertões

tonico marreiro

Antônio Gonzaga Marreiro (Tonico Marreiro) nasceu em Canindé, no dia 17 de junho de 1943. Filho de Raimundo Rodrigues Marreiro, comerciante da cidade de Canindé, e de Laura Gonzaga Marreiro, era o 4º irmão dos seis filhos do casal. O apelido de “Tonico”, que o acompanhou até seu falecimento, recebeu de pai, três dias após seu nascimento.

Iniciou os estudos na Escola Dom Bosco, depois, estudou no Instituto Canindeense Presidente Vargas, no Ginásio Paulo Sarasate e por fim na CNEC, todos em Canindé.

Foi vereador de sua cidade natal, Canindé, por dois mandatos: 1967 a 1970 e de 1977 a 1982. Nessa época, o vereador não era remunerado e o cargo era um ônus exercido com paixão e dedicação. No exercício do segundo mandato, participou na cidade de Salvador (BA) do III Congresso de Vereadores do Brasil. Em 1971 foi fiscal do Departamento de Obras e Urbanismo de Canindé, chegando a diretor do referido departamento em 1973. Mudou-se para a cidade vizinha, Caridade, onde foi Secretário de Administração e Relações Públicas da Prefeitura Municipal, no ano de 1983.

Comunicador nato, ingressou como radialista na Rádio Uirapuru de Fortaleza em 01/10/1977 e paralelamente, foi produtor do programa “Ceará Caboclo” na extinta TV Educativa, onde além da produção, apresentava o quadro “Sertão em foco”. Também foi radialista nas rádios: “Rádio Jornal de Canindé AM”, “Rádio São Francisco AM (Canindé)”, “Rádio Aquarela FM de Canindé”, “Rádio Assunção (Fortaleza)” e “Rádio Cidade de Fortaleza”.

Ainda na área de comunicação, apresentou, por 40 anos, nas manhãs de domingo, os programas “Luiz Gonzaga e seus convidados” e “Fim de semana com o Tonico”, na Rádio Vanguarda de Caridade, restaurando a música da velha guarda dos anais do esquecimento. Em suas palavras “sempre fez rádio por diletantismo, é um sonho de criança, por Deus realizado”.

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Entusiasta da cultura cearense, fundou a “Academia Canindeense de Letras, Artes e Memória (ACLAME)”, era filiado ao “Sindicato dos Radialistas profissionais do Ceará” e a “Associação Profissional do Cronistas Desportistas do Estado do Ceará (APCDEC)”. Escreveu três livros: “Raimundo Marreiro, o poeta popular”, “No centenário do Poeta” e “Apuiarés do meu destino”, além do Cordel “Francisco Fonseca Lopes, 80 anos construindo história”. Incansável em sua missão de fortalecer a cultura cearense, trabalhava em mais dois projetos: “História de Caridade” e “Antes do Alzheimer”, trabalhos que pretendia lançar antes de seu falecimento.

Das suas passagens pela política e pela cultura, acumulou condecorações como: “Titulo de Cidadão Honorário de Caridade”, “Troféu Américo Barreira”, “Troféu da Fundação Musical Maestro Jota Ratinho”, “Honra Ao Mérito da Câmara Municipal de Caridade”, “Medalha Deputado Luciano Magalhães” da Câmara Municipal de Canindé, “Troféu Honra Ao Mérito – 70 Anos de Fundação da Paróquia de São Sebastião de Apuiarés”, dentre outros.

Foi casado com Patrícia Alves Marreiro, com quem tem três filhas: Soraya, Sayara e Saynara. De seus casamentos anteriores, tem mais seis filhos: Demétrius, Demóstenes, Dayse, Andrelisa, Andressa e Andrea.

Tonico se classificava como bairrista, um apaixonado por sua terra, defensor fervoroso da cultura cearense, e como um soldado, sempre foi no front desse pequeno exercito que luta incansavelmente, para não deixar a história cearense ser consumida por estilos inovadores que tendem a dizimar a cultura e a tradição, apagando a memória das cidades e cultuando o novo.

Tonico faleceu em Fortaleza, no dia 08 de junho de 2018, aos 74 anos de idade, vítima de AVC (Acidente Vascular Cerebral), muito tendo contribuído com a cultura cearense e seu legado sempre será lembrado por todos que o admiravam. Seu corpo foi velado no prédio da Congregação de São Vicente de Paulo, em Canindé, e seu corpo foi sepultado Cemitério São Miguel, nesta mesma cidade.

Jaqueline Aragão Cordeiro

5 Replies to “Antônio Gonzaga Marreiro (Tonico Marreiro) – O poeta dos sertões”

  1. DEUS LHE PAGUE JAQUELINE. APENAS FIZ E FAÇO O QUE VOCÊ FAZ COM TANTO BRILHO, ZELO E ABNEGAÇÃO… DEFENDER E CULTUAR A NOSSA HISTÓRIA DE NORDESTINOS QUE SOMOS. SOU BARRISTA SIM! SEM CURA…

    A MINHA GRATIDÃO. SUA FINEZA ME LEMBRA O SEU AVÔ, MEU IMORTAL AMIGO AUTON CORDEIRO. QUE SE ENCONTRA NO CÉU.

    UM ABRAÇO.

    Tonico Marreiro

  2. Parabéns padrinho Tonico. Homenagem Boa e aquela que o sujeito ainda está no meio de nós. Muito bom. Fiquei orgulhosa do meu padrinho…

  3. Olá Sr. Antonio Gonzaga Marreiro. O senhor ligou hoje para o programa do Professor Cid Carvalho e teceu elogios rasgados ao entrevistado do dia para ele, em ato falho, lhe chamar logo depois de Tonico “Marreco”.

    Ao que parece, o senhor abandonou a ideologia do PCdoB, legenda sob a qual concorreu à Câmara de Vereadores de Canindé, uma vez emprestar tanta incondicional admiração a um lacaio da FIESP que defende um governo de usurpadores e entreguistas, além de concordar com todas as reformas que estão pretendendo implantar em prejuízo dos trabalhadores e do povo sofrido e trabalhador.

    Procure se inteirar das ameaças que rondam nosso país Sr. Tonico Marreiro. Ouvir exclusivamente a Globo e o que dizem os jornalões e a revista da chantagem como bem denominava o saudoso Lustosa da Costa, resulta e obturação total de raciocínio.

    • Senhor Franco says.

      Em primeiro lugar, larguei o PC do B, como também não sou mais filiado a nenhum partido político. Não pretendo nem lhe conhecer pois detesto quem patrulha a vida das pessoas mesmo sem conhecê-las.

      Pra começo de conversa, fui fundador do então MDB na minha terra, Canindé, no auge ou no começo do Regime Militar. Aliás, não confunda o saudoso e aguerrido MDB com o pálido PMDB de hoje. Naquela época, 1965, fui aclamado Presidente do Comitê Estudantil Pro Fundação do MDB em Canindé. Fui eleito vereador com carinhosa votação. Hoje eu quero é distancia de partidos políticos do Brasil, pois nenhum defende IDEOLOGIA. O que se constatou tempos depois, e se vê agora, a grande maioria dos pseudos “esquerdistas” e “direitistas” presos como ladrões do dinheiro da Nação. Alguns cretinos portadores de mandatos e outros na condição de apaniguados destes. Hoje eu não simpatizo nem com os chamados “esquerdistas” e muito menos os da extrema direita, centro, etc. Para mim, (não sei se faço rara exceção) são ladrões do dinheiro público. Com raríssimas exceções. COM RELAÇÃO AO PAULO LUSTOSA não me dirigi a ele sobre política pois o assunto em pauta era outro. Aliás, com muita honra, ele é primo da minha saudosa mãe. E ele não afirmou “MARRECO” falou “MARREIRA”, deixe de ser doente e mentiroso…

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