Coisa de cearense (54)

Passeio Público em um dia de domingo

Quem conhece o “Passeio público”, vem logo a mente, a praça repleta de prostitutas que ali se amontoaram por muitos anos. Mas o passeio público não foi sempre assim, já foi palco para a execução de Azevedo Bolão, Feliciano Carapinima, Francisco Ibiapina, Padre Mororó e Pessoa Anta, revolucionários da Confederação do Equador, em 1825.     Atualmente, ouvimos falar na “Revitalização do centro de Fortaleza”, e inserido nesse projeto, está o Passeio público. Foi com grande alegria que vi a transformação sofrida pela praça centenária e parte importante da nossa história.     A praça ainda é o local do “ganha-pão” de algumas pessoas, Continue lendo Passeio Público em um dia de domingo

Boteco do Arlindo

Foi com a missão de preservar o legado de Arlindo Amora que Alexandre Lima assumiu este ícone da boemia cearense, estão instalado num estreito espaço no bairro Dionisio Torres. A princípio arriscada, a decisão de transferir o bar para outro imóvel, mais amplo, mostrou-se certeira: no novo endereço, a casa reassumiu o posto de melhor boteco da cidade, na eleição de “Veja Fortaleza – Comer & Beber”, edição 2011. Grande parte da clientela, porém, prefere ficar de pé, circulando pelo salão, pela calçada ou na pracinha em frente. A grande atração é a cerveja gelada e a diversidade de tira-gostos, Continue lendo Boteco do Arlindo

Renda de Bilros

A renda, presente em roupas, lenços, toalhas e outros artigos, têm um importante papel econômico nas regiões Norte, Nordeste e Sul. A chamada renda de almofada ou de bilros é desenvolvida pelas mãos das rendeiras que trabalham com uma almofada, um papelão cheio de furos, linha e bilros (pequenas peças de madeira semelhantes a fusos). Trazida pelos portugueses e pelos colonos açorianos, esta técnica é um trabalho tradicional de vários pontos do litoral brasileiro. Os papelões são passados de geração a geração e alguns motivos são exclusivos de uma família. Apesar de a renda não ser um produto originalmente brasileiro, Continue lendo Renda de Bilros

Coisa de cearense (53)

História, cultura, turismo, curiosidades e os costumes da nossa terra e da nossa gente

Ceará em versos – Baião

  Baião Luiz Gonzaga Eu vou mostrar pra vocês Como se dança o baião E quem quiser aprender É favor prestar atenção Morena chega pra cá Bem junto ao meu coração Agora é só me seguir Pois eu vou dançar o baião Eu já dancei balancê Xamego, samba e xerém Mas o baião tem um quê Que as outras danças não têm Oi quem quiser é só dizer Pois eu com satisfação Vou dançar cantando o baião Eu já cantei no Pará Toquei sanfona em Belém Cantei lá no Ceará E sei o que me convém Por isso eu quero Continue lendo Ceará em versos – Baião

Os bondinhos de Fortaleza

Em agosto de 1875 foi assinado o contrato para o assentamento dos trilhos para os bondes de tração animal, a ligação seria do centro de Fortaleza aos seus bairros. Os bondes eram movidos unicamente por tração animal em seus 4.210 metros de trilhos, que eram administrados pela Cia. Ferro Carril do Ceará. Em 1912 os direitos são transferidos para a companhia inglesa “The Ceará Light & Power Co. Ltd.”, que passa a explorar os bondes puxados a burro e ao mesmo tempo, instala os de tração elétrica, que começaram a circular a partir de 1913 e vão até 1947, quando Continue lendo Os bondinhos de Fortaleza

Traçado de fibras e cipós

A arte de trançar fibras, deixada pelos índios, inclui esteiras, redes, balaios, chapéus, peneiras e outros. Quanto à decoração, os objetos de trançados possuem uma imensa variedade, explorada através de formas geométricas, espessuras diferentes, corantes e outros materiais. Os índios possuem grande habilidade para tecelagem, já que sua prática e conhecimento dos trançados e cestarias é bastante desenvolvida. No artesanato de cestas e trançados, destacam-se as tribos do alto Amazonas e Solimões, influenciados pelos povos andinos. Na confecção manual de tecidos, utilizam-se dois processos, o vertical e o horizontal. O vertical foi um processo que muito difundiu-se entre os índios Continue lendo Traçado de fibras e cipós

Coisa de cearense (52)

História, cultura, turismo, curiosidades e os costumes da nossa terra e da nossa gente

Entalhe em madeira

A produção de entalhes em madeira é outra manifestação da cultura material brasileira, utilizada pelos índios nas suas construções, armas e utensílios, embarcações e instrumentos musicais, máscaras e bonecos. A arte e o artesanato em madeira produzem objetos diversificados com motivos como a natureza, o universo humano e a fantasia. As carrancas, ou cabeças-de-proa, muito conhecidas no Rio São Francisco, são figuras reais ou mitológicas, com formas humanas ou de animais, geralmente com expressões de ira, que os navegantes costumam colocar na frente de suas embarcações, para afugentar os maus espíritos. Utensílios como cocho, pilão, gamela e móveis simples e Continue lendo Entalhe em madeira

Cerâmica e bonecos de barro

A cerâmica é uma das formas de arte popular e de artesanato mais desenvolvidas no Brasil. Dividida entre cerâmica utilitária e figurativa, essa arte feita pelos índios misturou-se depois à tradição barrista européia, e aos padrões africanos, e desenvolveu-se em regiões propícias à extração de sua matéria-prima – o barro. Nas feiras e mercados do Nordeste, podem-se ver os bonecos de barro que reconstituem figuras típicas da região: cangaceiros, retirantes, vendedores, músicos e rendeiras. Os mais famosos são os do pernambucano Mestre Vitalino (1909-1963), que deixou dezenas de descendentes e discípulos. A cerâmica figurativa destaca-se também nos estados do Pará, Continue lendo Cerâmica e bonecos de barro

Angico

Nome científico: Anadenanthera colubrina (Vell.) Brenan var. cebil (Griseb.) Altschul Família: Leguminosae-mimosoideae Sinônimos: Acacia cebil Griseb; Anadenanthera macrocarpa (Benth.) Brenan; Piptadenia colubrina Benth; Piptadenia peregrina Benth; Piptadenia macrocarpa Benth. Nomes populares: angico-amarelo; angico-brabo; angico-branco; angico-castanho; angico-cedro; angico-de-caroço; angico-de-casca; angico-de-curtume; angico-do-banhado; angico-do-campo; angico-do-mato; angico-dos-montes; angico-fava; angico-jacaré; angico mama-de-porco; angico-manso; angico-preto; angico-preto-rajado; angico-rajado, angico-rosa; angico-verdadeiro; angico-vermelho; Arapiraca; brinco-de-saoim; brincos-de-sagüi; brincos-de-sauí; Icambuí; cambuí-angico; cambuí-ferro; curupaí, guarapira; guarapiraca; guarucaia, moro e paricá. O angico, assim como as aproximadamente 80 espécies inicialmente abrigadas sob o gênero Piptadenia, é árvore nativa de regiões tropicais americanas. No Brasil, ocorre no Maranhão, Ceará, Piauí, Rio Grande do Norte, Continue lendo Angico

Coisa de cearense (51)

Açude Araras

O açude Paulo Sarasate ou Açude Araras está localizado no município de Reriutaba, a cerca de 250 km da cidade de Fortaleza e tem capacidade para 1.000.000.000m³ de água. Barra o rio Acaraú, pertencente ao sistema do mesmo nome. A sua bacia hidrográfica cobre uma área de 3.520 km2. Os estudos de projeto tiveram início no ano de 1920 e, após uma série de paralisações, foram concluídos no ano de 1938. Posteriormente foi projetada e construída pelo Departamento Nacional de Obras Contra as Secas – DNOCS, com a consultoria da Cementation do Brasil S.A. – Engenharia Geral. As obras civis Continue lendo Açude Araras

Jucazeiro

Nome científico: Caesalpinia ferrea Mart. Ex Tul.var. férrea Família: Fabaceae-Caesalpinoideae Nome vulgar: jucá, jucazeiro, pau-ferro, pau-de-jucá, muirá-obi (Maia 2004), ibirá-obi, imirá-itá,  yucá (tupi). Árvore de pequeno porte com 6 a 10 m de altura e com copa arredondada aberta e ampla. Caule com diâmetro que pode atingir 10 a 30cm, casca cinza escuro, lisa, um pouco lustrosa quando nova, apresentando manchas irregulares mais claras, resultantes da perda de placas de ritidoma. Folhas alternas, compostas. Flores amarelas, pequenas, dispostas em panículas terminais. Frutos em forma de vagens escuras, pequenas, curvas e indeiscentes, contendo 2-5 sementes lisas, duras, de cor marrom. A Continue lendo Jucazeiro