A coluna Prestes no Ceará

No ano de 1924, estouraram revoltas armadas tenentistas no Rio Grande do Sul e São Paulo, as quais acabaram sufocadas. Os “revoltosos”, contudo, unidos sob a liderança de Luís Carlos Prestes, continuaram a lutar contra as estruturas oligárquicas pelo interior do país. Esses homens – formadores da coluna prestes – percorreram mais de 24 mil Km do território nacional, tentando conscientizar as massas de sua exploração, fazendo propaganda contra contra o governo, exigindo a queda de Artur Bernardes e anistia política. A coluna enfrentou tropas regulares do Exército e da polícia e até grupos de cangaceiros e jagunços (os “batalhões Continue lendo A coluna Prestes no Ceará

A seca no Ceará e os campos de concentração

O objetivo dos campos era evitar que os retirantes da seca de 1915,  alcançassem Fortaleza, trazendo “o caos, a miséria, a moléstia e a sujeira”, como informavam os boletins do poder público na época. Naquele ano, criou-se o campo de concentração – era assim mesmo que se chamava – no bairro alagadiço, que chegou a juntar 8 mil pessoas, que recebiam alguma comida e permaneciam vigiados por soldados do exército. A segregação dos miseráveis era a lei, mas chegou um momento em que o flagelo ema massa era tão chocante, com uma média de 150 mortes diárias, que o governo Continue lendo A seca no Ceará e os campos de concentração

Lampião, o rei do cangaço

28 de julho de 1938. Chega ao fim a trajetória do mais popular cangaceiro do Brasil. Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião, foi morto na Grota do Angico, interior de Sergipe. Por sua inteligência e destreza, Lampião até hoje é considerado o Rei do Cangaço. Virgulino Ferreira da Silva nasceu em 1897, na comarca de Vila Bela, região do Vale do Pajeú, Estado de Pernambuco. Dos 9 irmãos, Virgulino foi um dos poucos a se interessar pelas letras. Frequentava as aulas dadas por mestres-escolas que se instalavam nas fazendas. No sertão castigado por secas prolongadas e marcado por desigualdades sociais, Continue lendo Lampião, o rei do cangaço

A criação da capitania do Siará

Com a decisão do rei de Portugal D. João III em dividir o Brasil em capitanias hereditárias, coube ao português Antônio Cardoso de Barros, em 1535, administrar a Capitania do Siará (como era chamada a região correspondente as capitanias do Rio Grande, Ceará e Maranhão). Entretanto a região não lhe despertou interesse. Só então, em 1603, é que o açoriano Pero Coelho de Sousa liderou a primeira expedição a região, demonstrando interesse em colonizar aquelas terras. Pero Coelho se instalou às margens do rio Pirangi (depois batizado rio Siará), onde construiu o Forte de São Tiago, depois destruído por piratas Continue lendo A criação da capitania do Siará

Fortaleza, a capital da alegria

Fortaleza, capital do estado do Ceará, também chamada de “Terra da Luz”, onde o Sol brilha 365 dias do ano, no Brasil é conhecida como ” capital da alegria”, um lugar onde sempre há festa e diversão, belas praias, e uma vida noturna agitada, barzinhos, casa de show e muita música. A cordialidade de seus habitantes é uma caraterística marcante, assim como o clima quente durante todo do ano,sem inverno. Tudo isso faz desta cidade o local ideal para férias, principalmente se você gostar de Sol, praia e se divertir a noite. Fortaleza é uma metrópole com cerca de 3 milhões de habitantes, é uma cidade Continue lendo Fortaleza, a capital da alegria

O Garoto

“O Garoto” foi um tabloide de sátira e humor crítico lançado em Fortaleza, a 3 de novembro de 1907. Seu subtítulo peculiar dava o tom do estilo editorial: “Critico, desopilante, molieresco, rabelaiseano”. O título vinha sempre acompanhado da imagem de uma mascote, um garoto de camisa listrada, chapéu e ares travessos, situado na paisagem fortalezense. A impressão era feita em tipografia própria. O Garoto apresentava-se jocosamente como jornal que “publica-se indeterminadamente”, não aceitando “collaboração de pessoa alguma nem assignaturas, ouviu?”. Cada exemplar custava 100 réis e a correspondência dos leitores deveria ser remetidas ao nº 236 da rua 24 de Maio. Seu Continue lendo O Garoto

Jean-Baptiste Debret

Jean-Baptiste Debret ou De Bret, nasceu em Paris, no dia 18 de abril de 1768 e faleceu também em Paris, no dia 28 de junho de 1848. Foi pintor, desenhista e professor. Integrou a Missão Artística Francesa (1817), que fundou, no Rio de Janeiro, uma academia de Artes e Ofícios, mais tarde Academia Imperial de Belas Artes, onde lecionou. De volta à França (1831) publicou Viagem Pitoresca e Histórica ao Brasil (1834-1839), documentando aspectos da natureza, do homem e da sociedade brasileira no início do século XIX. Uma de suas obras serviu como base para definir as cores e formas Continue lendo Jean-Baptiste Debret

A indústria têxtil no Ceará

Importante indústria para o desenvolvimento econômico do Ceará, o setor têxtil começou a se desenvolver no Estado impulsionado pela cultura do algodão, ainda no período colonial. A fibra natural brotava em abundância em solo cearense. Foi o primeiro produto de exportação do Estado, considerado o “ouro branco” da lavoura. O salto do algodão na região ocorreu no período da Guerra de Secessão (1861-1865), nos Estados Unidos, quando aumentou a procura pelo produto. A Revolução Industrial (1760-1900) favoreceu ainda mais o consumo do algodão com o crescimento das indústrias têxteis no País e no Estado. Mas essa história nem sempre esteve Continue lendo A indústria têxtil no Ceará

Engenhos de cana-de-açúcar

Uma usina (do francês usine), engenho de açúcar ou simplesmente engenho (do latim ingeniu) é, stricto sensu, a moenda de cana-de-açúcar. Lato sensu, designa todo o estabelecimento agroindustrial especializado na transformação da cana-sacarina em açúcar, melaço, aguardente de cana e etanol. Os modelos de engenho central e usina passaram a ser utilizados no final do século XIX quando houve necessidade de desativar os antigos engenhos das fazendas e produzir açúcar em uma planta industrial moderna com economia de escala e controle de qualidade rigoroso. O primeiro engenho de açúcar registrado em território português pertenceu a Diogo Vaz de Teive, escudeiro Continue lendo Engenhos de cana-de-açúcar

Universidade Estadual do Ceará (UECE)

A Universidade Estadual do Ceará (UECE) é uma universidade pública, com atuação em ensino, pesquisa e extensão, mantida pela Fundação Universidade Estadual do Ceará (FUNECE). A instituição é uma das três universidades mantidas pelo governo do estado do Ceará, ao lado da Universidade Estadual Vale do Acaraú (UEVA) e da Universidade Regional do Cariri (URCA). Seu principal campus é o Campus do Itaperi, que está localizado no bairro do Itaperi, na cidade de Fortaleza. A universidade conta ainda com campi no Bairro de Fátima, em Fortaleza, e nas cidades de Mombaça, Limoeiro do Norte, Itapipoca, Tauá, Crateús, Quixadá e Iguatu. Continue lendo Universidade Estadual do Ceará (UECE)

Ceará Republicano

Fonte: Fundação Demócrito Rocha Jaqueline Aragão Cordeiro COISA DE CEARENSE

Ceará Imperial

Os anos que sucederam a proclamação da Independência no Brasil foram marcados por muitos conflitos. No Ceará e estados vizinhos, as batalhas do Jenipapo e a Confederação do Equador ajudaram a definir a composição geográfica e política da região. Seus personagens emblemáticos como Barbara de Alencar, Tristão Gonçalves e Padre Mororó viraram exemplos de resistência política em uma época em que a repressão era silenciada com pena capital. O mito de que não havia negros do Ceará foi desfeito com a luta dos jangadeiros e do Dragão do Mar. A abolição da escravatura marca o declínio do Período Imperial e Continue lendo Ceará Imperial

Ceará Colonial

De 1.500 até 1.822, os portugueses chegaram oficialmente no Brasil e marcaram o que conhecemos hoje como Período Colonial. Era uma época de batalhas entre holandeses, portugueses e nativos indígenas pelo domínio das terras. O Ceará testemunhou a sucessão de ciclos econômicos e incorporou essa ​mistura de elementos em sua cultura, que permanece enraizada no povo até os dias de hoje. Fonte: Fundação Demócrito Rocha Jaqueline Aragão Cordeiro COISA DE CEARENSE

O primeiro automóvel do Ceará

O primeiro automóvel de Fortaleza, veio dos Estados Unidos no vapor “Cearense” e desembarcou no cais do porto no dia 26 de março de 1909. Era um veículo de segunda mão, da marca Rambler, comprado pela Auto Transporte, de propriedade do Dr. Meton de Alencar e de Julio Pinto, também proprietários do Cassino Cearense (Cinema Julio Pinto). Não houve quem não parasse para ver, no trajeto da Alfândega até o edifício do Cinema Julio Pinto, aquele automóvel sendo puxado por um pobre jumento, pois ninguém sabia como ligar o motor. Pela empresa compradora, John Peter Bernard acompanhava o carro. Depois, Continue lendo O primeiro automóvel do Ceará

Projeto para a transposição do Rio São Francisco durante o império

Embora só agora se torne realidade, o sonho de fazer o sertão virar mar tem pelo menos dois séculos. O primeiro plano de transposição de que se tem notícia remonta à década de 1810, no fim da Colônia, mas a ideia só começaria a ser levada a sério anos mais tarde, no Império. Dom Pedro II esteve bem perto de executar o “encanamento” (a palavra usada na época) das águas do Rio São Francisco. Documentos históricos sob a guarda do Arquivo do Senado e do Arquivo da Câmara mostram que vários projetos de lei que previam a transposição passaram pelas Continue lendo Projeto para a transposição do Rio São Francisco durante o império