Fenix Caixeiral

No dia 24 de maio de 1891 um grupo de empregados do comércio de Fortaleza se juntou e fundou uma associação a que deram o nome de Fênix Caixeiral. Aquela época, os vendedores em casas comerciais tinham o nome de caixeiros. A entidade tinha de tudo para atendimento a seus sócios e funcionava como um instituto de previdência já que na época tal não existia. Em 1905, no dia 24 de junho, inaugurava-se a sede própria, na praça José de Alencar, na esquina da Rua General Sampaio com Rua Guilherme Rocha. Em 1915, no dia 24 de junho, foi inaugurada Continue lendo Fenix Caixeiral

Comissão Matuta

O fim da Confederação do Equador e a morte de muitos inocentes e patriotas, não pôs fim ao tormento dos cearenses. Um grupo de adeptos da monarquia, representados por pessoas influentes da comunidade, criaram no Icó em 26 e outubro de 1824, um governo provisório, chamado de “Comissão Matuta”, uma organização civil formada com o objetivo de capturar membros sobreviventes da revolução, mas na verdade, essa comissão agia à margem da lei, servindo unicamente a vinganças pessoais. Era comandada pelo Ten. Cel. João André Teixeira Mendes e tinha ainda como adeptos: Henrique Luiz Pedro de Almeida, Padre Manoel Felippe Gonçalves, Continue lendo Comissão Matuta

Relatos da seca – Prof. Manoel Ximenes de Aragão

SÃO JOSÉ DO MOCÓS/SANTA QUITÉRIA-CE. – ARQUIVO PESSOAL Depois da terrível seca de 1825, 1826 e 1827 que quase assolou o Ceará, em 1828 o inverno foi abundante, mas infelizmente, o povo desnutrido não tinha forças para o trabalho nas roças, além da falta de sementes para plantar, pois tudo que havia foi usado como alimento. Mesmo assim, houve abundancia de legumes, além de uma imensidade de preás e mel de abelha, que saciava a fome do povo. Não era raro se ver, em poucas horas, um homem matar centenas de preás e tirar tanto mel que não podia carregar. Continue lendo Relatos da seca – Prof. Manoel Ximenes de Aragão

A Sedição de Juazeiro e a tomada do Crato

Enquanto acontecia a sedição em Juazeiro contra a “Política das Salvações” (criada durante o governo de Hermes da Fonseca), o clima de rebelião se apoderava dos cratenses. Um capitão chamado Ladislau, homem insensato e mau, delegado de polícia e comandante da 4ª Cia. do 2º Batalhão Estadual, sediada no Crato, praticou inúmeros desatinos no intuito de amedrontar os revoltosos. Os dias passavam sem notícias de Juazeiro, os adeptos de Franco Rabelo gritavam nas ruas do Crato, em comícios, em boletins (jornais), à destruição da “Raça maldita dos romeiros”. A cidade ficou em estado de sítio, e depois das 18 horas Continue lendo A Sedição de Juazeiro e a tomada do Crato

O suplicio de Padre Mororó

Tristão Gonçalves organizava a revolução de 1824, conhecida como “Confederação do Equador”, convocava partidários e não partidários, lhe bastava saber que eram homens de instrução. Nesse contexto convocou o Padre Gonçalo Mororó, que na época residia em Quixeramobim, este pediu dispensa  alegando ser um padre do interior, sem conhecimentos suficientes para aderir a causa, mas na verdade, Padre Gonçalo Mororó não acreditava no sucesso da causa, pois o Ceará não tinha meios para sustentar-se sozinho e achava o ideal de Tristão sem fundamentos que firmasse o castelo comparado aos dos contos das “Mil e uma noites”. Tal desculpa não convenceu Tristão que o Continue lendo O suplicio de Padre Mororó

A contribuição de Silva Paulet na urbanização de Fortaleza

Antônio José da Silva Paulet nasceu na Vila Nogueira de Azeitão, 1778 e faleceu em 1837. De ascendência francesa, com a patente de Tenente coronel do Real Corpo de Engenheiros, chegou à então Província do Ceará acompanhando o seu novo governador, Coronel Manuel Inácio de Sampaio e Pina Freire, o “Governador Sampaio”. Regressou para Portugal com Sampaio em 1820. Engenheiro militar português, foi o autor do primeiro plano urbanístico para a cidade de Fortaleza, em 1812. Entre as obras que executou naquela cidade, destacam-se a Fortaleza de Nossa Senhora da Assunção e o Passeio Público. A ideia central do seu plano urbanístico Continue lendo A contribuição de Silva Paulet na urbanização de Fortaleza

A primeira escola pública do Ceará

Em 09 de Junho de 1759, em Soure (atual Caucaia) é aberta a primeira escola pública do Ceará, com 142 alunos de ambos os sexos, sendo alguns casados. O mestre-escola chamava-se Manuel Félix de Azevedo. Na mesma época foi aberta outra escola em Paiacus (Pacajus), com matrícula de 29 meninos e 34 meninas. Em agosto chegou a Viçosa do Norte, Albano de Freitas, nomeado mestre da escola também ali criada. O ensino saía da órbita exclusivamente religiosa para a orientação de leigos e compreendia aulas de leitura, escrita e tabuada. Fonte: Portal da história do Ceará O Ceará obteve o Continue lendo A primeira escola pública do Ceará

Cidade da criança

O lugar, frequentado por adultos e crianças no Centro de Fortaleza, tem uma área de 26.717 metros quadrados e foi iniciada a sua urbanização em 1890 quando recebeu o nome de Parque da Liberdade, referência à libertação dos escravos no Ceará. A inauguração oficial só aconteceu em 1902, quando o muro que cerca a área e as primeiras construções foram concluídas. O local teve a denominação de Parque da Liberdade até o ano de 1922, quando em homenagem ao centenário da independência do Brasil, passa a chamar-se Parque da Independência. O novo nome vai permanecer por apenas 14 anos, quando Continue lendo Cidade da criança

Messejana

Messejana é um bairro de Fortaleza, localizado na zona sudeste da cidade. É um bairro rico em fatos históricos e no qual nasceram, o escritor José de Alencar e o ex-presidente Castelo Branco. Antes das chegada dos portugueses com as missões militares e religiosas, neste local habitavam os índios Potyguara, segundo o relato do navegador Jan Baptist Siyns, que em 1600 foi recebido por estes índios. Em 1607, os padres Jesuítas Francisco Pinto e Luís Figueira, durante a jornada no Ceará rumo ao Maranhão, mantiveram contatos com os Potyguara e no local onde este tinham suas habitações, estes nomearam de Continue lendo Messejana

Sociedade Cearense Libertadora

Fundada em 8 de dezembro de 1880, a Sociedade Cearense Libertadora lutava pela libertação dos escravos na província do Ceará. Contava com 225 sócios, dentre eles: José Correia do Amaral, Frederico Borges, José Marrocos, Isaac Amaral, Francisco do Nascimento, Alfredo Salgado, Carlos de Alencar, Justiniano Serpa, Cruz Saldanha, José Albano, Felipe Sampaio e Antonio Martins, o presidente provisório foi João Cordeiro. Para divulgar seus ideais, em 1881, fundaram o Jornal O Libertador, que começou a circular em 1º. de janeiro, e teve como redatores: José Joaquim Teles Marrocos, Antônio Bezerra de Menezes e Antônio Martins; circulou até 9 de abril de Continue lendo Sociedade Cearense Libertadora

Soldados da borracha

Soldados da Borracha foi o nome dados aos brasileiros que entre 1943/1945 foram alistados e transportados para a Amazônia pelo Semta (Serviço Especial de Mobilização de Trabalhadores para a Amazônia), com sede no nordeste, em Fortaleza criado pelo então Estado Novo. A escolha do nordeste como sede deveu-se essencialmente como resposta a uma seca devastadora na região e à crise sem precedentes que os sertanejos da região enfrentavam, com o objetivo de extrair borracha para os Estados Unidos da América (Acordos de Washington) na II Guerra Mundial. Para a extração da borracha neste período, acontece uma migração de nordestinos, pois o estado sofria as consequências Continue lendo Soldados da borracha

A feitoria da Ibiapaba

Em 1590, uma expedição francesa sob o comando de Adolf Montbille se estabeleceu no litoral da Ibiapaba, erguendo uma feitoria (Nome dado aos entrepostos comerciais europeus em territórios estrangeiros) e um forte para a sua defesa (Fort Saint Alexis). Dedicavam-se à exploração de pau-brasil, com o auxílio dos Tabajaras da região, com quem mantinham relações amistosas. Em 1603-1604, a expedição do Capitão-mor Pero Coelho de Souza percorreu a costa do Ceará à frente de 86 soldados e 200 indígenas, com ordens de descobrir por terra o porto do Jaguaribe, e dificultar o comércio dos estrangeiros, descobrir minas e oferecer pazes Continue lendo A feitoria da Ibiapaba

A indústria da seca no Ceará

A Indústria da seca refere-se ao planejamento dos grupos políticos e econômicos que se aproveitam do fenômeno natural da seca da região Nordeste do Brasil em beneficio próprio como receber doações do governo de outro estado e usá-las para seu próprio uso. Trata-se de um fenômeno político segundo o qual latifundiários nordestinos e seus aliados políticos nas diversas esferas de governo utilizam a seca para angariar recursos públicos a pretexto de combatê-la. Tais recursos são aplicados em benfeitorias em suas propriedades particulares, como por exemplo, a utilização de “frentes de trabalho”, pagas pelo governo, para construir açudes em suas terras. Continue lendo A indústria da seca no Ceará

A sedição de Sobral

Sedição de Sobral, Rebelião de Sobral, Levante de Sobral e ainda Levante Torres-Jacarandá, foi uma rebelião ocorrida em Sobral, com o objetivo de depor o então presidente da província do Ceará, padre José Martiniano de Alencar e criar novas autoridades adeptos da monarquia. Em meados de novembro de 1840, Martiniano foi até Sobral, acredita-se que essa ida, foi para garantir o triunfo do partido liberal nas eleições que se aproximava, pois era quase certa a vitória da oposição, o partido conservador. Para garantir a vitória, Martiniano destituiu do comando da força de linha, o Ten. Cel. Francisco Xavier Torres, oficial Continue lendo A sedição de Sobral

A batalha do jenipapo

D. João VI, ao retornar a Portugal em 1821, reconheceu que a Independência do Brasil era impossível de conter-se. Desejava preservar o norte do país, reunido, como colônia portuguesa, Pará, Maranhão e Piauí. Este, de grande riqueza em gado bovino, poderia cortar o suprimento de carne a outras regiões brasileiras, inclusive ao sul. Para o comando das armas em Oeiras, então Capital do Piauí, o rei nomeou o militar português João José da Cunha Fidié, empossado a 9 de agosto de 1822. A 7 de setembro de 1822, às margens do Ipiranga, o Príncipe Regente D. Pedro proclama a Independência Continue lendo A batalha do jenipapo