As reformas da Praça do Ferreira

Após a sua criação a Praça do Ferreira, passou por varias reformas – a partir de 1902, na gestão do Cel. Guilherme César da Rocha; além de arborizar cercou o centro com grades de ferro e construiu nele o famoso “Jardim 7 de Setembro”. Em 1914, quando era Prefeito Raimundo de Alencar Araripe, a praça foi reformada, recebendo iluminação moderníssima, tendo os cabos condutores, que era moderno, instalação subterrânea. Em 1920 se deu nova reforma durante a primeira gestão do Prefeito Godofredo Maciel. Este mandou demolir os quiosques “Café do Comércio”, “Café Iracema”, “Café Elegante e “Café Java”, o mais antigo, Continue lendo As reformas da Praça do Ferreira

A safra de 2012 no Ceará

  A produção de grãos em 2012 mostra uma variação negativa da ordem de 88,02% do total de grãos colhido ou a colherem. Comparado à produção de grãos colhida em 2011 é 85,85% inferior a safra de grãos estimada no início deste ano. A produção de mandioca esperada é 47,82% inferior à produção colhida em 2011 e 50,29% inferior a estimada no inicio deste ano.   O total da produção de grãos em sequeiro e mandioca, estimada até este período é inferior em 71,51% à produção total de sequeiro colhida em 2011 e inferior em 69,37% ao total da safra Continue lendo A safra de 2012 no Ceará

O Abrigo Central de Fortaleza

O Abrigo Central, localizado na Praça do Ferreira, teve pouco tempo de duração permanecendo apenas por 18 (dezoito) anos de serventia quando se transformou num reduto para abrigar pessoas desocupadas, que ali faziam seu ponto de permanência. Foi demolido para dar maior espaço e beleza à Praça, na administração do General Murilo Borges em 1963/67, merecendo essa iniciativa muitos aplausos por parte dos fortalezenses. Por falta de cuidados higiênicos para melhor conservação do espaço, que se desgastou pelo próprio uso e descuido de manutenção não tardou a deterioração daquele prédio mal cuidado, teve pouco tempo para marcar, assim, história na Continue lendo O Abrigo Central de Fortaleza

O dia em que o cearense vaiou o sol

  Início dos anos 1940. O Ceará vivia uma das mais duras secas de sua história. Mas, em 30 de janeiro de 1942, houve quem chorou ao abrir a janela. O céu de Fortaleza estava completamente coberto por nuvens negras. A população saiu às ruas para comemorar as primeiras gotas, que logo se transformaram num belo temporal.   A chuva, porém, começou a cessar. Quando os primeiros raios de sol apareceram entre as nuvens, um cidadão que estava na praça do Ferreira, no centro da cidade, não hesitou: voltou-se para o astro rei, pôs as mãos em torno da boca Continue lendo O dia em que o cearense vaiou o sol

Dom Mauricio Prichzy

Dom Mauricio Prichzy, era o segundo Prior do Mosteiro Beneditino da Serra do Estevão, em Quixadá. Nasceu na Boêmia, parte da antiga Tchecoslováquia, em 1870, e foi batizado com o nome de Adalberto. Ficou órfão de mãe aos quatro anos, e de pai aos sete anos, quando foi então, adotado por um tio. Cresceu trabalhando no serviço de encadernação de livros do tio, e a noite, lia os livros que encadernava durante o dia. Aos 19 anos foi admitido como postulante no Mosteiro de Praga, mas em 1892, foi despedido por causa da tuberculose que o acometeu e prostrou. Jovem Continue lendo Dom Mauricio Prichzy

Boticário Ferreira

Antonio Rodrigues Ferreira nasceu em Niterói, Rio de Janeiro, em 1801. Órfão de mãe e abandonado pelo pai, precisou trabalhar, ainda quase menino. Foi então, admitido na farmácia de um partidário liberal, cuja perseguição sofrida pelos conservadores, resultou na fuga de Ferreira para Recife. Lá, encontrou-se com o comerciante português Manuel Caetano de Gouveia, que residia no Ceará e o trouxe para Fortaleza em 1825. Manoel era homem reto, inflexível, mas extremamente bondoso e caridoso. Prático em farmácia desde sua juventude, Ferreira empenhou-se em salvar a esposa de Manoel Caetano, que se encontrava muito doente e já desenganada pelos médicos. Obteve Continue lendo Boticário Ferreira

Os Jesuítas no Ceará

A presença dos Jesuítas no Ceará data de 1606 com a chegada dos padres Francisco Pinto e Luís Figueira. Desde então, os Jesuítas da “Companhia de Jesus”, após passarem por treinamentos em Portugal e na Bahia para sobreviverem nas matas brasileiras, se embrenharam no interior inóspito e fundaram colégios, capelas, aldeias e orientaram na transformação de pagãos em cristãos. Os índios nômades foram aldeados e aprenderam a viver em grupos organizados, e apesar de serem criticados por fazerem esses índios largarem seus costumes milenares, um estudo profundo dos historiadores esclarece que não foi bem assim, pois as cartilhas que usavam Continue lendo Os Jesuítas no Ceará

Atualização: A seca no Ceará

Veja postagem atualizada: A SECA NO CEARÁ Jaqueline Aragão Cordeiro

SECA NO NORDESTE, MAIS UMA…

O Nordeste está atravessando mais uma grande seca que deixa milhares de pessoas sem alimento, sem água e sem nenhum meio de subsistência. Procure a defesa civil ou corpo de bombeiros da sua cidade e colabore com água e alimentos, sua doação é muito importante!  

Notas Cronológicas de Canindé – 1877 a 1909

1877 – Houve uma grande seca depois de 32 anos de inverno, o governo socorreu a população criando frentes de trabalhos, construíram nesta cidade o açude Mateus, uma casa para escola e iniciaram as obras da Igreja das Dores. Com recursos do cofre de São Francisco foi iniciada a construção de uma casa para o hospital de caridade. 1878 – A seca continuou e a cidade estava quase despovoada, a fome e a varíola mataram muitas pessoas. O povo, enfurecido contra a má distribuição dos gêneros, tendo a frente José Campos, arrombou e saqueou o armazém dos alimentos. 1879 – Houve um Continue lendo Notas Cronológicas de Canindé – 1877 a 1909

A GÍRIA DOS MARGINAIS

  Abofelar – FurtarAcorda João – Furtar bêbado dormindoAfanar – FurtarAliviar – Furtar a carteira de alguémAmparo – “Teve um amparo” – Praticou furtoArrastar – Roubar um carro para “depenar”Bola – Situação oportuna para furtoCasa engodada – Casa com os proprietários ausentes em situação de ser assaltada sem perigoDepenar – FurtarDica – Indicação de furtoEnrustir – EsconderFazer uma limpa – Levar tudoFilar – FurtarFurtar o mudo – Roubar igrejasGalinha morta – Roubar com facilidadeIr na valsa – Cair no conto do vigárioJanela – Bolso externo do paletóLalau – LadrãoLapada – Vigaristas que vendem nas calçadasManjar – ObservarMarreteiro – FalsificadorMaloqueiro – Continue lendo A GÍRIA DOS MARGINAIS

Legio Crucis – Legião da Cruz

A Legião da Cruz foi instalada no povoado Varjota, município de Ipu, em 12 de setembro de 1897, como extensão da legião existente em Riacho dos Guimarães, em Sobral. Seu objetivo, como reza o regulamento, era sustentar e defender a igreja de Deus na pessoa do papa João XIII e arrecadar coletas e esmolas em favor do papa que seriam remetidos ao diretório da Legião da Cruz em Juazeiro do Norte. O regulamento dizia ainda que podia sustentar-se com o suor do rosto e força dos braços de seus associados e defender o papa, a quem Deus deixou como rei Continue lendo Legio Crucis – Legião da Cruz

As minas de salitre do Ceará

O fracasso pela busca de ouro e prata no Ceará, levou a uma nova investida, a busca por salitre (nitrato de potássio) usado na fabricação de pólvora. Em 1799, o governador Bernardo Manuel de Vasconcelos trouxe de Lisboa o naturalista João da Silva Feijó, com o objetivo de estudar a geografia da região, de modo particular, as nitreiras de que tinham roteiro. O salitre tinha grande importância por ser insubstituível na fabricação de pólvora, então, grande foi o interesse de Portugal em extraí-lo de suas colônias, pois até então, exportava da Índia. Por muitos anos Feijó fez estudos em Tatajuba, Continue lendo As minas de salitre do Ceará

Pero Coelho de Sousa e a conquista do Siará Grande

Pero Coelho de Sousa foi um explorador português, oriundo dos Açores, primeiro representante da Coroa portuguesa a desbravar os territórios da capitania do Ceará no inicio do século XVII. Em 1603, requereu e obteve da Corte Portuguesa por intermédio de Diogo Botelho, oitavo Governador-geral do Brasil, o título de Capitão-mor para desbravar, colonizar e impedir o comércio dos nativos com os estrangeiros que há anos atuavam na capitania do “Siará Grande”. No mês de julho, seguiu com 65 soldados e 200 índios pela beira Mar, da Paraíba ao Ceará. Só descansaram na embocadura do rio Pirangi, que foi batizado de Continue lendo Pero Coelho de Sousa e a conquista do Siará Grande

O uso do couro do boi na vida do cearense

Durante o século XVIII, a criação de gado alcançou seu apogeu no Ceará, o caráter salino do solo e a abundância de pastos, determinou a multiplicação dos rebanhos e a “época do couro”. < Dele fabricavam-se todas as coisas, pois era a matéria prima de mais fácil acesso e duradoura. De couro se produzia as portas das cabanas, o rude leito aplicado no chão duro e mais tarde, a cama para os partos, as cordas, o cantil para carregar água, o mocó ou alforge para carregar comida, a maca para guardar roupa, a mochila para dar milho aos cavalos, a Continue lendo O uso do couro do boi na vida do cearense