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Os Jesuítas no Ceará

Jaqueline Aragão Cordeiro, 18 de agosto de 201228 de junho de 2017

“Índios” do artista Rugendas

A presença dos Jesuítas no Ceará data de 1606 com a chegada dos padres Francisco Pinto e Luís Figueira. Desde então, os Jesuítas da “Companhia de Jesus”, após passarem por treinamentos em Portugal e na Bahia para sobreviverem nas matas brasileiras, se embrenharam no interior inóspito e fundaram colégios, capelas, aldeias e orientaram na transformação de pagãos em cristãos. Os índios nômades foram aldeados e aprenderam a viver em grupos organizados, e apesar de serem criticados por fazerem esses índios largarem seus costumes milenares, um estudo profundo dos historiadores esclarece que não foi bem assim, pois as cartilhas que usavam para introduzir a fé católica eram embasadas em estilo próprio, acomodado ao interesse e a cultura indígena, associando as figuras lendárias dos nativos com seus correspondentes e verdadeiros sentidos. A ação dos jesuítas no Ceará se desenvolveu entre 1606 a 1759, foram 153 anos de desbravamento, catequização e grandes obras arquitetônicas.

Após a trágica missão dos padres Francisco Pinto e Luís Figueira, os jesuítas só voltaram ao Ceará em 1656, novamente para a Ibiapaba, por ordem do padre Antônio Vieira. Apesar das dificuldades na relação com os índios, agora submissos aos franceses, os jesuítas permaneceram aqui até serem expulsos pelo Marques de Pombal em 1759, quando o Marquês de Pombal conseguiu destruir todas as missões jesuítas do Brasil, mandando prender, torturar e executar os padres

Além da missão da Ibiapaba, outra fase importante dos jesuítas no Ceará, foi a fundação de um “hospício”, pelo padre João Guedes e mais dez padre alemães. Aqui chegando, receberam o apoio incondicional do Ten. Dantas de Aguiar e do Cap. João de Barros Braga, ambos residentes nas proximidades de Aquiraz. A obra teve inicio no dia 31 de julho de 1748 e os padres passaram a dar assistência espiritual às aldeias de Caucaia, Parangaba, Paupina, Paiacus e Parnamirim. Essa catequização durou até a expulsão em 1759.

Mais de cem anos se passaram até que uma nova missão de jesuítas chegasse ao Ceará, isso aconteceu em 1920, com a vinda do Padre Antônio Pinto, que depois de muita pesquisa, escolheu Baturité para fundar um seminário e teve a felicidade de encontrar o Cel. Ananias Arruda que lhe deu total apoio no arrojado empreendimento. Com a ajuda de alguns amigos, o Cel . Ananias comprou o sitio Olho D’Água para a fundação do “hospício”. A Câmara Municipal de Baturité empenhou-se em ajudar para que nada obstruísse o empreendimento. O DNOCS construiu uma estrada de acesso ao local e o Eng. Dr. Manuel Cavalcante administrou a obra.

Em fevereiro de 1922 chegaram os primeiros jesuítas destinados por seus superiores para o acompanhamento dos trabalhos, e em outubro o Padre Alexandrino Monteiro começa seu trabalho de direção e fiscalização.  Vários percalços apareceram, mas o Padre Pinto continuava lutando e enfrentando objeções de alguns companheiros e até superiores que temiam o fracasso, tanto de vocações como de meio de subsistência.

Aproveitando-se das comemorações do centenário da independência, elaboraram uma campanha internacional para angariar fundos, o que deu resultado. Em 15 de agosto de 1927 a “Escola Apostólica” foi inaugurada com a bênção oficiada por D. Manuel, na presença de duas mil pessoas e dos sete primeiros alunos. Até 1938 passaram pela escola, 168 seminaristas, dos quais 37 entraram no Noviciado.

Referência: Revista do Instituto do Ceará
Jaqueline Aragão Cordeiro

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