Matias Beck e o forte Schoonenborch

Matias Beck (Holanda, 16?? – Curaçao, 1668) foi um militar e administrador colonial neerlandês. Serviu a Companhia Neerlandesa das Índias Ocidentais no século XVII. No ano de 1635, o jovem Matias deixou Amsterdã, a bordo do navio ‘t Land van Belofte (Terra Prometida), com o destino ao Brasil, onde chegou em 1636. Chegou a residir em Itamaracá, onde possuiu plantações de mandioca. Ativo na vida política, militar e religiosa holandesa no Brasil, chegou a ser membro do Conselho Municipal e da Câmara dos Escabinos. Como militar, chegou a atuar em batalhas contra os portugueses no Rio Grande do Norte e Continue lendo Matias Beck e o forte Schoonenborch

O inverno de 1960 e o rompimento da barragem do açude Orós

Aos 17 minutos do dia 26 de março de 1960, se rompia a barragem do açude Orós, com as obras ainda em andamento, causando destruição na região do baixo Jaguaribe, na época, 170 mil pessoas, correspondente a 60% da população, foram atingidas. O segundo Comando Aéreo acionou a Base Aérea de Fortaleza, e teve inicio, então, uma das maiores operações de ajuda humanitária no Estado. A emissora Ceará Rádio Clube fez campanha pedindo a população que enviasse câmaras de ar, que foram lançadas de avião nas áreas alagadas. As informações chegavam a capital, por meio de radioamador do DNOCS, que Continue lendo O inverno de 1960 e o rompimento da barragem do açude Orós

Libertação dos escravos do Ceará – Cronologia

O Ceará foi o primeiro estado do Brasil a libertar os escravos, isso é motivo de orgulho para todos nós. Leia matéria já publicada neste blog e a cronologia da libertação abaixo: 1883 1º de janeiro – Acarape (vila na época) 25 de março – Baturité e Icó 23 de maio – Aquiraz 24 de maio – Fortaleza e Viçosa 03 de junho – Soure (hoje Caucaia) 08 de junho – Pedra Branca 04 de outubro – Canindé 11 de outubro – Ibiapina 27 de dezembro – São Mateus 1884 02 de janeiro – Santa Quitéria, Sobral, Aracati e União. 18 Continue lendo Libertação dos escravos do Ceará – Cronologia

O Rio Ceará

Exibir mapa ampliado O Rio São Gonçalo, que a principio tem o nome de riacho da Munguba, nasce na serra do Lajedo, uma das ramificações da de Baturité, lado norte, nos sítios São Bento e Munguba, recebe as águas da Serra Verde, dos Pocinhos, banha o pequeno vale do Rato, passa pela povoação de Cruz, corre para o norte, passa junto aos serrotes do Boticário e Santa Luzia (Caucaia), banha Sítios Novos (Caucaia), passa perto da povoação de São Gonçalo e desemboca no Atlântico a 14 léguas (84 km) ao noroeste da cidade de Fortaleza. São seus contribuintes o riacho Continue lendo O Rio Ceará

Martiniano de Alencar e a revolução de 1817

O rápido progresso da revolução no Brasil contagiou os patriotas pernambucanos, pensavam que as províncias do norte (NE) mais distantes da corte, seriam mais solícitas com o movimento, a base do plano era apressar a revolução na Bahia e no Ceará, dois pontos da maior importância. Dois sacerdotes foram enviados como agentes secretos a essas duas províncias; para o Ceará ofereceu-se o jovem subdiácono José Martiniano de Alencar. A sua oferta foi aceita por ser ele natural da Vila do Crato e pessoa muito querida pelo pároco dessa Vila, os párocos do Sertão tinham grande influência. O Capitão-Mor da mesma Continue lendo Martiniano de Alencar e a revolução de 1817

Academia de Letras dos Municípios do Estado do Ceará – ALMECE

A Academia de Letras dos Municípios do Estado do Ceará – ALMECE – foi fundada em 09 de setembro de 1983, pela escritora Cândida Maria Santiago Galeno, ou como era conhecida pelos literatos e amigos cearenses, Nenzinha Galeno, que tinha espírito patriótico e larga visão culturaL. Resolveu somar às associações já existentes na Casa de Juvenal Galeno, uma outra, que tinha sede em São Paulo, veiculo divulgador das letras municipais do todo o Brasil. Sendo aqui instalada, como um segmento da de São Paulo, passou-se a denominar “Academia de Letras Municipais do Brasil – seção do Ceará”, tendo como primeira Continue lendo Academia de Letras dos Municípios do Estado do Ceará – ALMECE

Mainha, o maior pistoleiro do Nordeste

Idelfonso Maia Cunha, conhecido como “Mainha”, nasceu em Alto Santo-CE, no dia 28 de outubro de 1955. Era considerado o maior pistoleiro do Nordeste, acusado de quase 100 mortes nos anos 80, nos estados do Ceará, Paraiba, Pará, Pernambuco e Rio Grande do Norte. O primeiro crime assumido por ele aconteceu em 23 de janeiro de 1982, quando foi chamado de “ladrão de cavalos” por Orismilde Rodrigues da Silva, seu vizinho. Mainha o Matou sem hesitar, alegando que nunca foi ladrão e precisava manter sua honra. Contudo, os crimes a ele etribuídos remontam a 1977. Protegido pelo fazendeiro Chiquinho Diógenes Continue lendo Mainha, o maior pistoleiro do Nordeste

Retrospectiva 2010

Tasso encerra carreira política após derrota histórica – Contra Tasso, estavam os dois candidatos ao Senado apoiados pelo presidente Lula: José Pimentel e Eunício Oliveira. Ideb coloca educação cearense como melhor do Nordeste – Uma escola no município de Russas ficou entre as seis melhores do país no Prêmio Nacional de Referência em Gestão Escolar. 400 mil cearenses deixam linha de pobreza – Segundo o Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece) tirou mais de 400 mil cearenses da linha de pobreza. Ceará é o maior fraudador do DPVAT no Brasil – O Ceará seria responsável por mais Continue lendo Retrospectiva 2010

Enterros no tempo antigo

Até 1848 em Fortaleza, os enterros eram feitos nas igrejas, a exemplo, o padre Mororó e Pessoa Anta, enterrados na Sé. Em visita a essa igreja, a esposa do então presidente Moraes Sarmento, teve um desmaio em consequência do odor fétido exalado pelos cadáveres, por esse motivo o presidente resolveu fundar o cemitério do Croatá, para onde passaram os enterros a partir de 1848. Essa decisão foi recebida como falta de compaixão do presidente. Os enterros eram feitos à noite e os convidados levavam velas acesas dentro de lanternas de papel para proteger do vento. Avisado o padre que alguém Continue lendo Enterros no tempo antigo

Os Cafés da Praça do Ferreira

Na Praça do Ferreira, antes de 1920, existiam quatro quiosques, um em cada canto, abrigando cafés e restaurantes. O Café Elegante ficava na esquina sudeste (Rua Pedro Borges com Rua Floriano Peixoto), o Restaurante Iracema na esquina sudoeste (Rua Pedro Borges com Rua Major Facundo), o Café do Comércio, na esquina noroeste (Rua Major Facundo com Rua Guilherme Rocha) e o Café Java, na esquina nordeste (Rua Guilherme Rocha com Rua Floriano Peixoto). O Café Comércio e Café Elegante datam de 1891 e o Café Java de 1887. No café Java, de propriedade de Manuel Pereira dos Santos, o Manuel Continue lendo Os Cafés da Praça do Ferreira

Os campos de concentração de Senador Pompeu

No alto de uma colina esturricada pela seca no município de Senador Pompeu, sertão do Ceará, as ruínas de uma antiga vila operária escondem um pedaço da História do Brasil que poucos cearenses gostam de contar. Erguidos em 1919 para abrigar operários e engenheiros ingleses que construiriam ali um açude de grande porte, os casarões tornaram-se palco de doença e morte. Durante a impiedosa seca que assolou a região em 1932, a Vila dos Ingleses sediou um campo de concentração para o confinamento de flagelados. O gueto era vigiado por soldados, como em uma guerra. O objetivo era isolar os Continue lendo Os campos de concentração de Senador Pompeu

Lampião em Aurora

Em virtude da amizade com o Coronel Isaías Arruda, na verdade um dos grandes coiteiros de Lampião no Ceará, o rei do cangaço, como era chamado, esteve, mais de uma vez, no município de Aurora. Em suas incursões pelo município sul-cearense, o bandoleiro se acoitava na fazenda Ipueiras, de José Cardoso, cunhado de Isaías. Uma dessas vezes foi nos primeiros dias de junho de 1927. Na fazenda Ipueiras, onde já se encontrava Massilon Leite, que chefiava um pequeno grupo de cangaceiros. Lampião foi incentivado a atacar a cidade norte-riograndese de Mossoró, plano que Lampião pôs em prática no dia 13 Continue lendo Lampião em Aurora

Lampião em Limoeiro do Norte

Poucos acontecimentos de apenas algumas horas perpetuam na história do Ceará, como a passagem de Virgulino Ferreira da Silva, o “Lampião”, por Limoeiro do Norte. O cabra foi posto para correr de Mossoró, no Rio Grande do Norte, onde até hoje festejam a resistência ao cangaceiro. Depois de receber a “chuva de balas” dos potiguares, aceitou os cumprimentos “tensos” dos limoeirenses, no dia 15 de junho de 1927. O rebuliço foi consolado pela “visita em paz” do rei do cangaço nas terras de seu Padim Ciço. Nunca mais Limoeiro foi o mesmo. “Prefeito de Limoeiro, Urgente. Lampião acaba atacar Mossoró. Continue lendo Lampião em Limoeiro do Norte

O fogo das Guaribas

“O Fogo das Guaribas” refere-se à mais violenta batalha ocorrida no Ceará, no município de Porteiras, tendo como protagonista o considerado mais valente de todos os coronéis do sertão do Cariri, Francisco Lucena, conhecido por “Chico Chicote”, que não era propriamente um cangaceiro, mas um daqueles valentões típicos da sociedade sertaneja de 1920, no sul do Ceará. “Nascido em 7 de janeiro de 1879, filho mais jovem do Capitão Francisco Pereira de Lucena , se destacava dos demais irmãos pela rebeldia e total desapego á autoridade constituída. De cor alva, olhos castanhos claros, cabelos pretos, esbelto, espadaúdo, estatura regular, usava Continue lendo O fogo das Guaribas

Membros da 1ª Assembleia Provincial do Ceará

  PRÉDIO DA ASSEMBLÉIA PROVINCIAL – INÍCIO DA OBRA, 1856 – INAUGURADA EM 04/07/1871 – HOJE ABRIGA O MUSEU DO CEARÁ MEMBROS DA 1ª ASSEMBLÉIA PROVINCIAL DO CEARÁ – BIÊNIO 1835/36 1.    Dr. Clemente Francisco da Silva 2.    Dr. José Pereira da Graça 3.    Padre Ambrósio Rodrigues Machado (Natural de Quixeramobim) 4.    Padre Carlos Augusto Peixoto de Alencar (Natural do Crato) 5.    Padre Antonio de Castro e Silva (Natural de Sobral) 6.    Padre José Ferreira Lima Sucupira (Natural do Crato) 7.    Padre Francisco de Paula Barros (Natural de Natal/RN – Capelão de Canindé) 8.    Padre Frutuoso Dias Ribeiro 9.    Padre Continue lendo Membros da 1ª Assembleia Provincial do Ceará