A origem do Café no Ceará

O Capitão-Mor José de Xerez Furna Uchôa era de nobre descendência portuguesa, moradores das terras brasileiras desde 1550. Após o falecimento de seu pai, José de Xerez vem com sua mãe para o Ceará, indo fixar residência na ribeira do Acaraú. Morrendo sua mãe, foi morar em Sobral, passando a maior parte do tempo em seu sítio na serra da Meruoca, onde construiu um engenho de cana de açúcar, casa de farinha e uma casa para moradia. Na frente da casa havia um grande terreiro onde ninguém podia passar a cavalo e deveria se o chapéu para poder entrar na Continue lendo A origem do Café no Ceará

A “Política das Salvações” de Hermes da Fonseca

A “Política das Salvações” foi implantada por Hermes da Fonseca, originalmente contra a “campanha civilista” nome dado à campanha de Rui Barbosa à Presidência da República, em 1910. Consistia em promover intervenções militares, nem sempre pacíficas, nos Estados de Pernambuco, Bahia, Ceará e Alagoas, alegando a prática de corrupção e a fim de colocar militares na chefia dos Estados, em substituição aos políticos. Começaria em São Paulo, o que não se conseguiu realizar, para enfraquecer os cafeicultores. Com o fracasso em São Paulo, o general Mena Barreto assumiu o governo de Pernambuco. Esses golpes se repetiram no Ceará e Alagoas. Continue lendo A “Política das Salvações” de Hermes da Fonseca

A Estrada de ferro de Baturité

A Estrada de ferro de Baturité foi a primeira ferrovia do Ceará. Iniciou a operação ferroviária em 1873 com o primeiro trecho de pouco mais de 7km entre a Estação Central, em Fortaleza e a localidade de Parangaba. Funcionou com esse nome até 1909. EFB foi fruto da sociedade surgida no dia 5 de março de 1870, entre o Senador Tomás Pompeu de Sousa Brasil, Gonçalo Batista Vieira (Barão de Aquiraz), Joaquim da Cunha Freire (Barão de Ibiapaba), o negociante inglês Henrique Brocklehurst e o engenheiro civil José Pompeu de Albuquerque Cavalcante. O objetivo era o escoamento da produção serrana Continue lendo A Estrada de ferro de Baturité

Prisão e morte de Pinto Madeira

Joaquim Pinto Madeira era filho de Ponciano Madeira e, nasceu na fazenda Silvério, na povoação da Barbalha. Homem de caráter rijo e lutador, foi um dos realistas que mais se salientaram em 1817 e 1824, e ao lado do Padre Antônio Manoel assumiu a chefia dos movimentos que em 1831 e 32 tantas perturbações trouxeram á ordem publica na Província. A sociedade secreta Coluna do Trono, a que Pinto Madeira se filiara, fora estabelecida em Pernambuco em 1829, a ela pertenceu também o Padre Francisco Ferreira Barreto. Leal aos interesses da monarquia e pronto a se sacrificar por eles, conseguiu reunir Continue lendo Prisão e morte de Pinto Madeira

Pinto Madeira e a Insurreição do Crato

Insurreição do Crato foi um movimento ocorrido na então província do Ceará, durante o período regencial, como decorrência da abdicação de D. Pedro I, tendo por principal líder o Coronel Joaquim Pinto Madeira, monarquista convicto, pessoa rancorosa e vingativa, que acumulava inimigos. Participou ativamente, no Cariri, combatendo a Revolução Pernambucana em 1817 e a Confederação do Equador, em 1824. Coube a ele transportar os presos cratenses de 1817 até Fortaleza, conta-se que esses presos, na maioria da família Alencar, sofreram várias humilhações por parte de Pinto Madeira. Joaquim Pinto Madeira nasceu em Barbalha em 1783, foi um rico proprietário rural e Continue lendo Pinto Madeira e a Insurreição do Crato

Presidente Belfort X Comandante Conrado

Conrado Jacob de Neimeyer foi a alma das agitações em seu tempo, e ainda responsável pelas que se seguiram após sua saída. Controlou, como um ditador, a Província durante o governo de José Félix, com a chegada de Antônio de Salles Belfort, presidente da Província do Ceará de 5 de fevereiro de 1826 a 5 de janeiro de 1829, não pode mais agir com tanta autoridade e logo se indispôs com este e começou aí, uma batalha pessoal pelo poder. A convocação de 3.000 homens para o exército, em plena seca devastadora, causou a morte de centenas de cearenses nos Continue lendo Presidente Belfort X Comandante Conrado

A seca de 1825 e a corrupção no Ceará

A seca de 1825, 26 e 27 foi uma das piores da história e assolou o Ceará. O presidente da província Antônio de Salles Belfort pediu ajuda ao governo, mas antes que essa ajuda chegasse, particulares mandaram do Pará, grande volume em dinheiro para socorrer as vítimas. Infelizmente, a distribuição desse socorro, foi marcada pela corrupção. Em 1826, o Cel. José Antônio Machado foi incumbido de receber e distribuir os recursos, mas, ao invés de distribuir aos necessitados, foi usado para pagamento de dívidas entre Machado e seus comparsas. O presidente Belfort, notando a fraude, reclamou com Machado por duas Continue lendo A seca de 1825 e a corrupção no Ceará

Escola Normal do Ceará

A pedra fundamental do edifício foi lançada em 2 de outubro de 1881 e a escola foi inaugurada em 22 de março de 1884. O edifício foi projetado pelo engenheiro civil austríaco Henrique Foglare. A obra ficou a cargo do engenheiro civil Henrique Theberge, responsável pelas obras públicas provinciais, sendo executada pelo mestre pedreiro Francisco de Sousa Brasil. Concluída em 6 de dezembro de 1882, a edificação só veio a ser utilizada dois anos depois. O edifício sediou a Escola Normal até 1923, quando foi ocupada pelo Grupo Escolar Norte da Cidade. O aspecto da edificação foi provavelmente “modernizado” nessa Continue lendo Escola Normal do Ceará

Assalto ao Banco Central em Fortaleza

Entre os dias 6 e 7 de agosto de 2005, ladrões cometeram um assalto ao Banco Central do Brasil, em Fortaleza. Foi o segundo maior assalto a banco do mundo e o maior assalto a um banco brasileiro. A escavação para se fazer o túnel que possibilitou a invasão demorou cerca de três meses. Segundo a Polícia Federal, com base em estimativas a partir do peso das notas roubadas (3,5 toneladas), foram roubados aproximadamente R$164,7 milhões. As notas todas empilhadas daria uma altura de quase 33 km. O assalto foi feito num fim de semana, enquanto o banco estava fechado. Continue lendo Assalto ao Banco Central em Fortaleza

As minas de prata do Siará Grande

Os neerlandeses já tinham perdido muitos dos seus assentamentos em batalhas com os portugueses, desde agosto de 1645. A situação piorou com o passar dos anos e com as derrotas nas batalhas dos Guararapes, em 1648 e 1649, mas apesar das derrotas, a Companhia Neerlandesa das Índias Ocidentais estava decidida a levar adiante o plano para descoberta de minério no interior do Brasil, já cartografado pelo ex-governador da Paraíba, Herckmans, e outros exploradores como Astetten e Schout Hoeck. Em 1º de março de 1649, Matias Beck foi escolhido para a expedição ao Ceará, com a desistência do chefe do Conselho Continue lendo As minas de prata do Siará Grande

Relatos da seca – Gov. Antonio de Salles Belfort

Carta do presidente da província do Ceará, Antonio de Salles Belfort (Presidente da província do Ceará de 1826 a 1829), ao Ministro do Império, em 8 de fevereiro de 1826 (Respeitando a ortografia do narrador) relatando sobre a seca que se iniciou em 1825: Apenas de posse do governo desta província sinto a necessidade de levar ao conhecimento de S.M.I. o miserável estado, a que se acha reduzida, implorando socorro à fim de que não fique de todo aniquilada a província. A cidade capital do Ceará apresenta um quadro tocante e desconsolador: as ruas estam apinhadas de um sem nº de mendigos, Continue lendo Relatos da seca – Gov. Antonio de Salles Belfort

O primeiro acidente aéreo do Ceará

Em 22 de janeiro de 1923, saíram de Cuba dois aparelhos, ambos empreendiam a Raid (viagem através de uma região ou pais) Havana – Rio de Janeiro – Buenos Aires. O primeiro hidroavião era tripulado pelos jovens alemães Hermann Mueller, 27 anos, e Werner Junkers, 21 anos, este último, filho do fabricante do avião que levava seu nome, o outro por Willy Thill. Infelizmente Willy sofreu um acidente na bacia do Marajó, no Pará, onde perdeu a vida e um dos hidroaviões. Contudo, Hermann e Werner não se deixaram abater e prosseguiram com sua incursão. Passariam por São Luiz (MA), Continue lendo O primeiro acidente aéreo do Ceará

Aeroporto Internacional Pinto Martins

O Aeroporto Internacional Pinto Martins teve suas origens na pista do Alto da Balança, construída na década de 1930 e utilizada até 2000 pelo Aeroclube do Ceará. Durante a II Guerra Mundial, serviu de base de apoio às forças aliadas, época em que foi construída a segunda pista de pousos e decolagens, a atual pista principal do Aeroporto de Fortaleza. Em 13 de maio de 1952, o Aeroporto ganhou o nome de Pinto Martins, em homenagem ao cearense Euclides Pinto Martins que realizou o primeiro voo sobre o Oceano Atlântico entre Nova Iorque e o Rio de Janeiro, no início Continue lendo Aeroporto Internacional Pinto Martins

A passagem de Amelia Earhart por Fortaleza

Amelia Mary Earhart nasceu em Atchison, Kansas, no dia 24 de Julho de 1897 e desapareceu em 2 de Julho de 1937, foi a primeira mulher a cruzar o atlântico pilotando um avião, foi também pioneira no movimento de emancipação feminina, pois acreditava que as mulheres podiam exercer as mesmas funções dos homens. O ano era 1937, e Amélia lançava um desafio ainda mais ousado: dar a volta ao mundo margeando a linha do Equador, a maior circunferência da terra. A primeira tentativa falhou por problemas com o avião, na segunda tentativa, Fred Noonan foi o único membro da tripulação Continue lendo A passagem de Amelia Earhart por Fortaleza

O Jumento na história do nordestino

O asno (Equus africanus asinus), chamado ainda de burro, jumento, jegue ou asno-doméstico é um mamífero perissodátilo de tamanho médio, focinho e orelhas compridas, utilizado desde tempos pré-históricos como animal de carga. Os ancestrais selvagens dos asnos foram domesticados por volta de 5000 a.C., praticamente ao mesmo tempo que os cavalos, e desde então tem sido utilizados pelos homens como animais de carga e montaria. Os asnos se classificam dentro da ordem dos Perissodáctilos, e à família dos Equídios, à qual também pertencem os cavalos, pertencendo ambos a um único gênero Equus. Sua origem está ligada a Abissínia, onde era Continue lendo O Jumento na história do nordestino