A “Política das Salvações” foi implantada por Hermes da Fonseca, originalmente contra a “campanha civilista” nome dado à campanha de Rui Barbosa à Presidência da República, em 1910. Consistia em promover intervenções militares, nem sempre pacíficas, nos Estados de Pernambuco, Bahia, Ceará e Alagoas, alegando a prática de corrupção e a fim de colocar militares na chefia dos Estados, em substituição aos políticos. Começaria em São Paulo, o que não se conseguiu realizar, para enfraquecer os cafeicultores. Com o fracasso em São Paulo, o general Mena Barreto assumiu o governo de Pernambuco. Esses golpes se repetiram no Ceará e Alagoas. O governo acreditava que, com isso, estaria moralizando o país.
Colocava interventores militares ou apoiados pelo Exército em substituição às oligarquias dominantes. Mas o sucesso das intervenções abalou as bases governistas, acabando por enfraquecer Hermes da Fonseca. A “política das salvações” só fez substituir o poder de velhas oligarquias por outras e o projeto original de “moralizar os costumes políticos e reduzir as desigualdades sociais” não se realizou.
As intervenções provocaram violenta oposição, que resultou no bombardeio a Manaus e Salvador. O caso mais famoso ocorreu no Ceará, quando o padre Cícero e o deputado Floro Bartolomeu, aliados de Nogueira Acioly, impediram as ações do governo com o movimento que ficou conhecido como Sedição de Juazeiro.
Fonte: Wikipédia
Jaqueline Aragão Cordeiro