Doença do tatu

tatu
TATU

A coccidioidomicose, mais conhecida como “doença do tatu” é uma micose pulmonar e vem sendo descrita desde 1892. É uma doença adquirida através da inalação do fungo Coccidioides. Restringe-se principalmente a áreas de clima árido, solo alcalino e regiões com baixo índice de chuvas, dessa forma, a maioria dos casos descritos no Brasil ocorreram na região Nordeste.

Havia um número reduzido de casos publicados no país, mais precisamente, 12 casos até 1997. Em 1994 houve um surto epidêmico em Oeiras (PI), em 1997 foram relatados quatro casos em Aiuaba (CE), até que em 2013, a doença causa pavor no Piaui, atingindo 40 municípios com mais de cem casos.

O tatu é um mamífero utilizado no Nordeste como alimento, ao ser perseguido em caçadas, penetra em sua toca, os caçadores então escavam o solo e ficam suscetíveis a inalação do fungo.

Devido à predominância de homens nos trabalhos rurais, a micose pulmonar tende a afetá-los mais que as mulheres. Dentre os sintomas, estão a falta de apetite, enjoos e diarreia com potencial para fazer a pessoa perder peso rapidamente.

Além disso, podem ser percebidas alterações nos pulmões, na cavidade oral, no nariz, na pele e até no sistema nervoso central. A doença inicialmente é semelhante a uma infecção respiratória comum.  Como os sintomas são compartilhados por outras doenças mais corriqueiras, as pessoas geralmente têm dificuldade para perceber que se estão sofrendo de uma doença diferente e, por isso demoram a procurar tratamento. A maior dificuldade em diagnosticar a infecção, consiste em não considerá-la.

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