Dona Luiza Távora

Luiza Távora em 24/07/1988

Filha de Luiz Moraes Correa, professor da Faculdade de Direito do Ceará, e adepto da filosofia teosofista, e de Esmerina Silva Correia, Luíza Silva Moraes Correia, nascida em 01 de julho de 1923, era uma dos 15 filhos do casal. Faleceu no dia 14 de fevereiro de 1992.

Seu primeiro emprego foi como secretária do então Secretário de Educação Dr. Valmik Sampaio de Albuquerque. Nessa época seu pai veio a falecer, deixando a mãe com a responsabilidade da criação de todos os filhos, papel que desempenhou com muita responsabilidade.

Casou em 1953 Virgílio de Morais Fernandes Távora, passando a se chamar Luíza Moraes Correia Távora, com este, teve dois filhos: Carlos Virgílio e Tereza Maria.

A eleição de Virgílio ao governo do Ceará deu a Luíza oportunidade de incrementar seu trabalho social com os recursos e a máquina do Estado. No primeiro mandato do marido, assumiu a Legião Brasileira de Assistência (LBA), ajudando a criar os Centros Maternais Profissionalizantes.

No segundo mandato de Virgílio, presidiu o Centro Administrativo de Ação Social e o conselho administrativo da Fundação Estadual do Bem-Estar do Menor (Febemce), entre outras funções na área, contribuindo na urbanização do Morro de Santa Terezinha e o Pirambu e na criação dos conjuntos habitacionais São Miguel, Santa Cecília, Lagamar e Tancredo Neves, além de idealizar a CEART.

Dona Luíza Távora não media esforços em realizar ações que melhorasse a vida da população cearense. Nos dois mandatos de governador de seu marido, Dona Luíza pode participar ativamente e mudou o perfil de uma primeira-dama. Todo seu trabalho voltado para a filantropia, lhe rendeu o apelido de “Grande Mãe”.

Técnica em assunto de promoção social, conseguiu criar sua metodologia de ação comunitária, das inúmeras benfeitorias que implantou em nosso estado, podemos falar do Conjunto Habitacional São Miguel, Projeto Lagamar, Projeto Maranguapinho, promoções artesanais, FUNCESCE (Fundação dos Serviços de Assistência Social do Estado do Ceará) com o objetivo de unificar as ações assistenciais e evitar desperdício de tempo e recursos, dentre muitos outros projetos desenvolvidos por ela.

Foi presidente da Legião Brasileira de Assistência (LBA), de 1963 a 1966; Presidente e fundadora da Fundação dos Serviços de Assistência Social do Estado do Ceará (FUNSESCE); Presidente do Movimento de Promoção Social do Estado do Ceará; Presidente do Conselho de Administração da Fundação Estadual do Bem Estar do Menos (FEBEMCE), em 1980; Presidente do Conselho Superior do PROAFA em 1979; Coordenadora Estadual do Programa Nacional do Voluntariado da LBA/PRONAV secão do Ceará; Presidente da Comissão Estadual do Ano Internacional das Pessoas Deficientes do Ceará; Vice-Presidente da Casa do Ceará em Brasilia; Vice-Presidente da Ação Social do Planalto.

Quando Virgílio foi nomeado por Juscelino Kubitschek como um dos diretores da Companhia Urbanizadora da Nova Capital, a família se mudou para uma Brasília ainda em construção, onde Luíza reunia amigas para ajudar os cearenses que chegavam buscando emprego e vida melhor na nova cidade e nem sempre encontravam, criando assim, a “Casa do Candango“. “Ela dava almoços, merendas”, conta o ex-deputado federal Mauro Benevides.

Fonte: Jornal O povo / TV Diário / Forças Vivas do Ceará – Biografia das personalidades cearenses (Tribuna do Ceará) / Trabalho de mestrado de Ana Flavia Gois Moraes (UECE)
Leia mais no livro “Primeiro-Damismo no Ceará: Luíza Távora Luíza Távora na gestão do social”, de Moíza Siberia Silva de Medeiros
Jaqueline Aragão Cordeiro

COISA DE CEARENSE

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