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Coisa de Cearense
Jaqueline Aragão Cordeiro
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Entre histórias, cultura e os caminhos do nosso turismo, celebramos os encantos do povo cearense: saberes, curiosidades e tradições que embalam a alma do nosso lugar.

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Entre histórias, cultura e os caminhos do nosso turismo, celebramos os encantos do povo cearense: saberes, curiosidades e tradições que embalam a alma do nosso lugar.

Ipu

Jaqueline Aragão Cordeiro, 3 de novembro de 2018

Ipu nasceu às margens do riacho Ipuçaba, cuja nascente fica no sítio São Paulo, neste Município e fica a 257 km de Fortaleza. No seu percurso forma no rochedo da Ibiapaba a linfa cor de Prata chamada Bica do Ipu, se desprendendo de uma altitude de 120 metros formando na sua queda a imagem de um verdadeiro Véu de Noiva como diz a canção de Zezé do Vale. Nas imediações do Riacho se formaram plantios de cana-de-açúcar, bananeiras e outros.

O pequeno córrego inspirou muitos de nossos poetas. IPU está localizada em partes de 20 léguas de terra doadas à D. Joana de Paula Vieira Mimosa pelas Cortes Portuguesas de Lisboa em 1694.

Segundo Silveira Bueno, Ipu provém do Tupi y-pu, que significa água que surge, que borbulha, ou seja, fonte, bica.

Estação Ferroviária, atualmente Biblioteca Municipal

D. Joana era missionária Portuguesa que aqui chegou para dar inicio a nossa civilização era, esposa de João Alves Fontes muito enérgica e habilidosa colonizou suas propriedades contribuindo para a catequese dos Índios.Os Índios eram os Tabajaras, o nosso primitivo que aqui viveu dando origem a lenda de IRACEMA de José de Alencar.

Inicialmente o povoado nasceu dentro das terras dadas em sesmarias pelo estado português a alguns colonos radicados em Pernambuco. Ligada às terras da Matriz de São Gonçalo da Serra dos Côcos (hoje em Ipueiras) e à sede da primeira Vila (Guaraciaba do Norte), a povoação fora construída em cima de um velho cemitério indígena. A sua praça central (chamada por seus habitantes de “Praça da Igrejinha”) está localizada neste “útero inicial” em que aquela sociedade veio a nascer ainda no século XVII. A região entrou em disputa entre padres Jesuítas e colonos; até que, após a expulsão dos jesuítas do Brasil pelo Marquês de Pombal, as terras e os infelizes indígenas que nela habitavam ficaram entregues aos “cuidados” dos colonos brancos. Reduzidos a escravos (ou semiescravos), os indígenas foram incorporados àquela sociedade colonial na condição precária de “cabras” agregados às terras que um dia foram deles.

Bica do Ipu – Infelizmente está seca por causa dos longos anos de estiagem que vem passando o Ceará

Apenas em 1840/41 a Vila Nova do Ipu Grande fora transformada em sede da Vila. Em 1885 é elevada à condição de cidade; em 1894, com a instalação da Estrada de Ferro de Sobral, a cidade passou a crescer e urbanizar-se lentamente. A economia comerciária, promovida pela ferrovia, possibilitou à classe comerciária local adquirir capitais gerados do trabalho e do comércio algodoeiro. A cidade crescia e com isso aumentavam os problemas.

As elites conheceram um crescimento significativo, para depois mergulharem numa estagnação econômica acarretada pela desativação da ferrovia e do comércio a ela ligado. Nos anos 40 do século XX, a cidade mergulha num processo de decadência até culminar com o completo desmonte da ferrovia nos anos 50, 60 e 70 do século passado. Decadente, a cidade transforma-se num verdadeiro “curral-eleitoral” para a oligarquia local; momento em que a prefeitura da cidade transforma-se na maior empregadora do município. Em 1987 o então distrito Pires Ferreira, se emancipa de Ipu, transformando-se em um novo município.

Fonte: Site da P. M. de Ipu
Fotos: Arquivo Pessoal
Jaqueline Aragão Cordeiro

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