A primeira missa do vaqueiro, realizada da cidade de Canindé, aconteceu no dia 01 de outubro de 1970, as 16 hs, na praça da Gruta, parte inferior da Igreja de São Francisco, abaixo da escadaria. A missa foi ideia do folclorista canindeense Raimundo Marreiro. A ideia logo foi aceita pelo administrador do patrimônio de São Francisco, Juarez Coutinho e pelo vigário da paróquia, saudoso Frei Licas Dolle.
O altar foi decorado com as vestimentas tradicionais do vaqueiro: gibão, perneira, chapéu de couro, selas, chicotes, arreios… todas esses incríveis acessórios usados pelos vaqueiros para se protegerem dos perigosos espinhos da caatinga.
Centenas de vaqueiros, tanto da cidade de Canindé como das regiões vizinhas, compareceram ao evento, prestigiando a celebração. No meio da “vaquerama” estava uma jovem conhecida na região por ser muito boa na “pega de boi”. Aquela jovem, na época, desconhecida, hoje é conhecida nacionalmente como “Dona Dina, a vaqueira”, mestre da cultura cearense.
Em 2014 a missa do vaqueiro reuniu 1.500 fiéis e foi noticiada pela mídia de todo o país.
Fonte: Livro “Raimundo Marreiro, o poeta popular”, de Tonico Marreiro, Gráfica Encaixe, 1a edição, 2012 / Jornal “Diário do Nordeste” / Jornal “O povo” (clique aqui e leia mais)
Fotos e colaboração: Escritor Tonico Marreiro
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Muito grato a senhora, jovem pesquisadora Jaqueline Aragão Cordeiro, por publicar retalhos da história da minha terra Canindé e citar o nome do meu saudoso pai e ídolo Raimundo Marreiro, poeta popular e folclorista.
Raimundo Marreiro nasceu no dia 31 de agosto de 1913, no sítio “Cana Brava”, no distrito de “Catolé”, que pertencia ao município serrano de Aratuba, hoje pertencente a Mulungu, também na Serra de Baturité. O poeta popular e folclorista, aos seis anos de idade foi levado por sua mãe, viúva, para Canindé. Amou tanto a “Terra de São Francisco” que fez dela a sua morada eterna, falecendo aos 67 anos, sepultado no Cemitério São Miguel, nesta cidade.
Os meus aplausos para a jovem senhora Jaqueline Aragão Cordeiro pelo seu precioso trabalho em defesa da nossa cultura regional. Como a genética não faz curvas, Jaqueline trás nas veias o sangue do seu tio/bisavô Clóvis Pinto Damasceno, imortal poeta canindeense, também exímio folclorista, destacando aqui, de sua autoria, a letra do hino “Raia a Aurora”, com arranjo musical de outro brilhante canindeense, maestro Josias Gondim, cantado pela primeira vez na tradicional solenidade do levantamento da bandeira do Glorioso Padroeiro São Francisco, na madrugada do dia 24 de setembro de 1926.
Tonico Marreiro.
Caro Tonico Marreiro, só tenho a agradecer por suas lindas palavras, seu comentário é o combustível que preciso para continuar nessa missão de não deixar nossa história e nossas personalidades caírem no esquecimento. Obrigada!!!
Muito bacana esse site aqui. A situação econômica está séria. Adorei esse novo video sobre como ganhar uma grana a mais filmando videos no youtube. Quero que dê uma mão para algumas pessoas por ai. https://www.youtube.com/playlist?list=PLEtEtE3JUy6-fiLp7YRidSEsN8saUQikY