Otacílio Ferreira de Azevedo nasceu em Redenção, 11 de fevereiro de 1892 e faleceu em Fortaleza, no dia 3 de abril de 1978. Era filho de Bernardino Ferreira de Azevedo e Felismina Maria da Conceição.
De família modesta, humilde e esforçado, autodidata graças ao interesse sempre revelado pela leitura de bons livros, acumulou apreciável cultura. Começou como pintor, e seus quadros logo se tornaram preciosos e disputados até no estrangeiro: em Londres, quadro seu ornamenta as paredes da BBC (British Broadcasting Corporation), e grandes colecionadores do Brasil também os possuem.
Foi o cenógrafo das primeiras versões da Valsa Proibida (1941 e 1943). Poeta, ensaísta, memorialista. Publicou: Dentro do Passado (1916); Alma Ansiosa (1918 e 1955); Musa Risonha (1920); Réstia de Sol (1942); Redenção (1944); Desolação (1947 e 1967); A Origem da Lua (1960); Adágios, Meisinhas e Superstições (1966); Fortaleza Descalça.
Foi casado com Tereza Almeida de Azevedo e pai do astrônomo Rubens de Azevedo, do escritor Sânzio de Azevedo e do escritor e historiador Miguel Ângelo de Azevedo, o Nirez.
Ingressou na Academia Cearense de Letras no dia 21 de fevereiro de 1969 quando foi saudado pelo acadêmico Jáder de Carvalho. Ocupou a vaga deixada por Andrade Furtado, cadeira número 26, cujo patrono é o filólogo Manuel Soares da Silva Bezerra.
Fonte: Portal da História / Jornal Diário do Nordeste / Academia Cearense de Letras
Jaqueline Aragão Cordeiro