Papangu é um mascarado que sai pelas ruas na época de reisado, geralmente em grupos, embrulhado de lençóis, coberto de dominós ou disfarçado de todas as maneiras; fantasia sem luxo, nem brilhos.
O termo vem de uma espécie grosseira, à espécie de farricoco, que tomava parte nas extintas procissões de cinzas, caminhando à sua frente, armado de um comprido relho, com que ia fustigando o pessoal que impedia a sua marcha.
O papa-angu nasceu de uma brincadeira de familiares dos senhores de engenhos, que saiam mascarados e mal vestidos para visitar os amigos nas festas de entrudo (antigo carnaval do século dezenove) e comiam angu, comida típica do Nordeste. Por isso, as crianças passaram a chamar os mascarados de papa-angu.
Antigamente o papangu tinha a máscara confeccionada com coité (cuia do fruto) ou com jornal e goma, cuja pintura era feita com azeitona preta, açafrão e folha de fava. Possuía chocalhos ao redor da roupa, que era enfeitada com palha de banana e na mão levava um maracá de coco seco com pedra dentro, trajavam roupas velhas, rasgadas com remendos e meias nas mãos, por isso eram conhecidos como Papangus Pobres (Versão 1)
Segundo o pesquisador e dramaturgo Oswald Barroso, “Os papangus são como espíritos da floresta, que vão nutrir o sítio do Judas com alimentos apanhados para o grande banquete final. É uma migração de elementos de rituais pagãos ou nativos para uma festa cristã, ou melhor, do catolicismo popular. Antigamente, eles saiam pelas casas pedindo como jejum de hoje, muitas vezes, angu de milho, daí o nome papangu. Eram geralmente ex-escravos ou pequenos sitiantes ou trabalhadores agregados da fazenda. Eles já existem aos montes na Península Ibérica, onde, até hoje, brincam abundantemente. Lá se chamam caretos ou chocalheiros” (Versão 2)
A história foi mudando e a partir dos anos 60, as roupas velhas foram substituídas por caftas ou túnicas compridas e estampadas, que vestem dos pés à cabeça, colocam as máscaras para ficarem totalmente cobertos, pois a meta é se esconder, ganhando a farra sem ser identificados.
Significado:
- Pessoa que, no carnaval ou nos reisados, usa fantasia e/ou máscara.
- Indivíduo tolo, apalermado.
- Pessoa desajeitada, que se veste mal; indesejável; desprovida de beleza.
Fonte: O Nordeste.com / SESC-CE / Roteiro Ceará
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