Tristão Gonçalves era um entusiasta e revolucionário idealista. Participou da revolução pernambucana em 1817, foi preso, juntamente com sua mãe Bárbara de Alencar, por forças do governo provincial, sob o comando do capitão-mor Pereira Filgueiras, obedecendo as ordens do Gov. Sampaio.
Filgueiras era leal a coroa e considerado por muitos uma pessoa cruel. Em 1817, após haver prometido a Martiniano de Alencar que não iria interferir nos planos da revolução pernambucana, chegou de surpresa na reunião organizada por Martiniano e prendeu a todos.
Após a proclamação da Independência no dia 7 de setembro de 1822, Filgueiras parte de Barbalha para combater as tropas portuguesas de Fidié. Dom Pedro I havia prometido título de nobreza a quem derrotasse Fidié, mas não cumpriu o prometido, despertando a fúria de Filgueiras. Após essa decepção, se une aos antigos adversários e forma uma sólida parceria com Tristão Gonçalves, combatendo juntos na Confederação do Equador, em 1824.
De passagem por Icó, em busca de apoio para a causa, nomearam João André Teixeira Mendes, comandante geral da Vila, o que foi uma péssima ideia, pois João André tornou-se o maior ditador dos sertões cearenses, perseguindo os patriotas, e mais tarde, tornou-se inimigo de ambos.
Tristão e Filgueiras, antes prisioneiro e opressor, tornaram-se aliados e amigos, morreram em nome de uma causa que visava libertar o Brasil, considerado na época, celeiro de Portugal.
Fonte: Wikipédia / Ceará, Homens e fatos, João Brígido
Jaqueline Aragão Cordeiro