Pinto Madeira e a Insurreição do Crato

Insurreição do Crato foi um movimento ocorrido na então província do Ceará, durante o período regencial, como decorrência da abdicação de D. Pedro I, tendo por principal líder o Coronel Joaquim Pinto Madeira, monarquista convicto, pessoa rancorosa e vingativa, que acumulava inimigos. Participou ativamente, no Cariri, combatendo a Revolução Pernambucana em 1817 e a Confederação do Equador, em 1824. Coube a ele transportar os presos cratenses de 1817 até Fortaleza, conta-se que esses presos, na maioria da família Alencar, sofreram várias humilhações por parte de Pinto Madeira.

Joaquim Pinto Madeira nasceu em Barbalha em 1783, foi um rico proprietário rural e chefe político da Vila de Jardim, e acompanhado de um grupo de partidários, entre eles o vigário de Jardim, Padre Antônio Manuel de Sousa, levantou o grito de rebelião, em 2 de janeiro de 1832. Buscando a restauração do Imperador Pedro I, que após abdicar rumou para a Europa, os rebelados dirigiram-se até a Vila do Crato, onde proclamaram nula sua abdicação e instalaram um governo provisório para todo o Cariri.

De imediato, prendeu seus adversários liberais e readmitiu todos os que haviam sido demitidos por ordem do governo da Regência.  Após combates em Icó em 6 de outubro, e em Missão Velha em 3 de novembro de 1832, o general Pedro Labatut, um mercenário francês que atuava no Brasil desde as lutas pela independência, foi o encarregado de combater Madeira, que na iminência de ser derrotado rendeu-se às forças legais perto de Icó. Condenado à forca pelo júri da vila do Crato, composto pelos seus antigos adversários, recorreu ao júri da capital, sendo então fuzilado na manhã de 28 de novembro 1834.

Fonte: Wikipédia e Cariri Cangaço
Jaqueline Aragão Cordeiro

3 Replies to “Pinto Madeira e a Insurreição do Crato”

  1. Meu pai contava que meu bisavô (Joaquim Fernandes Lucena )participou dessa revolta, inclusive com riqueza de detalhes. Após esse fato meu bisavô foi enviado ao Ico com mais alguns homens para combater os (Monte do Ico )família inimiga da família Feitosa que dominava desde às do rio Jaguaribe até os Inhamuns. Os Monte foram empurrados para São José de Piranhas-PB.Como recompensa meu bisavo ganhou uma leva de terras que se estendia desde onde hoje se encontra a parede do acude Oros voltando doze quilômetros até sua represa no sítio Timbauba município de Iguatu. Salientando que se estedia por três quilômetros de largura. Essa propriedade pertenceu a minha família até 1990.Os fatos que vocês narram batem com fatos narrados por meus ancestrais.

  2. Pena que a juventude de hoje na sua maioria não conhecem as histórias do passado do Cariri tão importante mo contesto regional e até nacional.
    Os educadores de hoje precisão também conhecerem as ditas histórias, para estimular os jovens a conhecerem a nossa formação histórica.

    José Luzimar Macário – Assar[e.

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