Edifício com características neoclássicas, construído no século XIX (1860), pelo médico francês Dr. Pedro Thebérge, então radicado no Icó.
A parte posterior do edifício, ou de complemento, foi alterada no primeiro quartel desse século, conferindo-lhe feições hoje predominantes. Serviu durante anos como casa de espetáculos cinematográficos, sofrendo algumas descaracterizações pela adaptação ao uso de então.
Somente nos anos 30, já no século XX, a historiografia do velho teatro ganha contornos precisos, quando, então, tem-se noticia de seu precário estado de conservação e de seu posterior processo de recuperação e reforma, empreendimento da gestão do prefeito José Pereira Curado.
A 17 de abril de 1935, o jornal O Povo noticia que, com recursos municiais e verbas provenientes de festivais artísticos, a Prefeitura inicia os reparos. A construção do piso de cimento em placa de duas cores, a reconstrução das alas esquerda e direita em alvenaria e os retoques na fachada principal são algumas das melhorias apontadas. Inativo em 1934, o teatro é reaberto em maio de 1935, recuperado e parcialmente reformado.
Após 1950, houve um período em que o prédio serviu de forma adaptada a exibições de filmes e na década de seguinte, no salão, funcionou uma emissora de rádio. Nos anos setenta, o teto da plateia chegou a ruir e novamente o prédio sofreu interdição.
Praticamente em ruínas, chegou a ter sua coberta totalmente destruída. Tendo sido listado pelo no Programa Cidades Históricas, o teatro foi totalmente recuperado no período de 1979/80, com projeto da Divisão do Patrimônio Histórico e Artístico da Secretaria de Cultura e Desporto do estado.
Protegido pelo Tombo Estadual segundo a lei n° 9.109 de 30 de julho de 1968, através do decreto n° 16.237 de 30 de novembro de 1983. (15.237 de 14 de setembro de 1982).
Segundo a história oral, no dia da inauguração; a elite de Icó, muito ciosa de sua importância, mandava os empregados ao teatro para ver se alguém havia chegado e que roupa estava vestindo: ninguém queria chegar primeiro e todos queriam brilhar mais. Nessas idas e vindas, o baile programado acabou não acontecendo e o teatro nunca foi inaugurado.
Em 1862, durante a epidemia de cólera que matou 1/3 da população de Icó, Dr. Pedro Thebérge usou o Teatro da Ribeira como hospital, para atender aos pobres.
Fonte: Secult-Ce / icoce.blogspot.com.br / Jornal O Povo
Jaqueline Aragão Cordeiro